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Carta para freira Paula (Lettre à soeur Paula, em português)

Carta para freira Paula

drapeau-portugal

(tradução em português : Monica POGGI)

 

Paula é uma freira missionária portuguesa da Comunidade dos Servidores do Evangelho. Ela tem 46 anos, mora e trabalha, atualmente, no Japão.

 

Foi uma amiga em comum, que deixou minhas coordenadas com freira Paula. Seu email de « entrada em contato » me pareceu rico de questões pertinentes em relação à posição da Igreja sobre a homossexualidade, tão revelador da ignorância e da febrilidade de muitos crentes, catolicos e praticantes, frente ao desejo homossexual, que eu decidi respondê-lo com demasiado tempo e cuidado.

 

A busca da Verdade desta mulher, bem como sua humidalde me tocaram.

 

Eis aqui seu email e em seguida minha tentativa de resposta :

 
 

« Caro Philippe, como vai ? Prazer em conhecê-lo, mesmo que seja por email. Sou missionária portuguesa da mesma comunidade que a Céline, Servidores do Evangelho. Me chamo Paula e moro no Japão. Acho que a Céline já lhe escreveu  à  propósito do assunto que me interpela neste momento. Vou explica-lo a situação. Se trata de um rapaz japonês que é católoco e que decidiu desde alguns meses deixar seu trabalho para refletir melhor sobre seu futuro. Porque durante o Caminho de Santiago de Compostela, ele se perguntou que talvez Deus o chamava para seguir a vocação sacerdotal. Ele ainda não tem certeza se seu lugar é entre nós, os Servidores do Evangelho, portanto ele nos pediu que o acompanhássemos no seu caminho de discernimento. Nós percebemos que mesmo que ele seja batizado desde sua infância (o que é raro no Japão, ja que a maioria é batizada quando adultos), ele tem dificuldades em confiar nos ensinamentos da Igreja e, às vezes, isso se torna um verdadeiro obstáculo para o aprofundamento da sua vocação. Quando eu o explico que, muitas vezes, é preciso distinguir entre a posição oficial da Igreja e a Pastoral, ele acha muito dificil de entender, porque isso parece hipocrisia .Ultimamente, ele duvidou sobre os ensinamentos da Igreja sobre a homossexualidade. Ele nos disse que não era homossexual e que  não conhece ninguém que fosse. Contudo, ele quer compreender o ensinamento da Igreja à esse respeito, caso contrário ele teme que quando se tornar padre, não consiga pôr em pratica o que a Igreja ensina e acabe por abandonar a vocação religiosa. Neste momento, ele está realmente começando a questionar sua vocação sacerdotal por causa disso. Ele tem lido comentários sobre a « Carta da Congregação para a Doutrina da Fé » sobre a pastoral à respeito de pessoas homossexuais e discorda com o posicionamento. Ele conclui que os comentários não refletem a misericórdia de Jesus. Isso seria portanto uma contradição com o Evangelho. Ele tampouco acha justo, à despeito dos homossexuais, que haja duas opções : a vida matrimonial e a castidade consagrada à Deus ; sabendo que para os homossexuais exista somente a castidade. Posto que eu  não sou homossexual, é verdadeiramente, dificil pra mim julgar. Eu me informei um pouco, mas  não sei qual opinião validar como justa. Confesso minha ignorância neste âmbito e por isso lhe peço ajuda. Já que você é homossexual e católico, será que poderia me responder essas perguntas ? Por exemplo, você está de acordo com : « A inclinação particular da pessoa homossexual constitui, no entanto, uma tendência, mais ou menos pronunciada, em direção à um comportamento, intrinsecamente mau, do posto de vista moral. É a razão pela qual a inclinação em si deve ser considerada como, objetivamente desordenada »? (segundo « Carta da Congregação para a Doutrina da Fé » sobre a pastoral à despeito de pessoas homossexuais). Isto é, para você a inclinação homossexual, é desordenada e você considera o comportamento homossexual intrinsecamente mau ? Para mim, é dificil de entender que sendo a homossexualidade uma estrutura da pessoa, mesmo que não sendo ela génética na maioria dos casos, seja algo de ruim e desordenado. Se eu for sincera, na minha ignorância, eu prefiriria que a homossexualidade pudesse ser mudada com alguma terapia e se tornasse heterosexualidade. Mas segundo o que li, em psicologia isso não é tolerado nem aconselhável mesmo se existe grupos que promovam chamando-a de conversão, correto ? Então, como você entende e vive sua orientação sexual? Com respeito à frase seguinte, da mesma carta, você concorda com esta afirmação? « Na realidade, é preciso também reconhecer naqueles que têm uma tendência homossexual a liberdade fundamental que caracteriza a pessoa humana e dá-lhe a sua dignidade particular. Devido a essa liberdade, como em toda rejeição do mal, o esforço humano, iluminado e sustentado pela graça de Deus, poderá lhes permitir de evitar toda atividade homossexual « Você acredita que uma pessoa homossexual pode evitar a atividade sexual e deve fazê-lo para seu próprio bem? Você concorda com a opção de castidade para todos os cristãos gays? Ou, você pensa que a Igreja deve ser mais aberta? Em que direção? Por exemplo, você pensa que a pastoral católica para os homossexuais deveria apoiar a fidelidade dos casais homossexuais, estáveis? Você tem uma experiência na Igreja, diferente da imagem que nós fazemos ao ler esta carta? Você também poderia me recomendar uma bibliografia que me informaria melhor sobre este assunto? Me permita mais uma pergunta: o que você acha dos casamentos entre homossexuais e a adoção de crianças por parte destes ? Peço desculpas pelo interrogatório. Isso reflete toda a minha ignorância sobre este assunto. Obrigada de todo meu coração pela sua cooperação. Aguardo noticias suas. Deus lhe abençoe. Paula« 

 
 

Querida Paula,

Finalmente, vou tentar responder por escrito ao teu email : ele me inspira muitas respostas que me parecem importantes de desenvolver, porque poderão servir à muitas outras pessoas além de ti. Poderemos discutir, de novo, por telefone se quiseres…e sobretudo se conseguirmos coordenar nossos compromissos.

 

Se não te importa, vou fazer uma espécie de leitura linear do teu e-mail para não perder o ritmo.

 

Me dizes que este rapaz « tem dificuldades em confiar nos ensinamentos da Igreja e às vezes isso se torna um verdadeiro obstáculo face ao aprofundamento de sua vocação ». Com medo de parecer um pouco ríspido e direto desde o início, eu acredito que não seja possível se comprometer no caminho sacerdotal sem amar profundamente a Igreja Católica, sem confiar inteiramente Nela, se a gente se deixa influenciar em demasiado pela reputação da mídia falaciosa e injuriosa que a esmaga com força neste momento (de como a Igreja seria « atrasada » em determinados assuntos, defasada com as mutações sociais e de espírito obtuso). A Igreja Católica é humana, defeituosa, mas apesar de tudo de inspiração divina : ela é portanto santificada, embora sua humanidade seja imunda. E isso não se deve pôr em dúvida ! A confiança requer algo de, necessariamente, arbitrário e cego, mas eu tive a oportunidade de experimentar muitas vezes a precisão da mensagem do Evangelho, mas também do Papa e da instituição do Vaticano. Por exemplo, partindo da homossexualidade, sempre confiei na mensagem um pouco abrupta e áspera do Catecismo da Igreja Católica. Me dizendo que a Igreja tinha razão sem ter ainda entendido o porquê, que eu entenderia mais adiante, que eu devia fazer minha própria investigação para encontrar outras palavras mais pessoais e compensar a brevidade do discurso eclesial. E, finalmente, hoje eu não me arrependo em absoluto de ter sido obstinado na minha cegueira ! Mesmo se eu não vivenciei os fatos como o Papa ou mesmo  São Paulo, mesmo se eu me apropriei da mensagem sobre a homossexualidade para humanizá-la ainda mais, eu  volto para a minha Igreja dando-a razão e sustentado-a em Suas posições. Ela viu com justiça em relação à hossexualidade, dizendo que os atos homossexuais eram intrinsecamente desordenados. Ela viu com justiça, pedindo pelo celibato continente (castidade). Ela viu com justiça expressando Sua desconfiança em relação aos casais homossexuais e ao desejo homossexual. E é alguém como eu, que estudou o assunto à fundo, através quatro livros e que passou 10 anos no mundo associativo homossexual e no « meio das bibas » que diz isso ! Não é um rapaz que exprime um opinião distanciada, por não conseguir assumir  nem sua homossexualidade nem o fato de abordá-la. A confiança na Igreja – que  não é absolutamente sinônimo de ausência de um olhar crítico nem submissão escolar à tudo que se diz –  jamais decepciona porque ela é profundamente justa e surpreendente, acredito. Sim, assumo cada vez mais fazer parte desta família que é a Igreja Católica e fico escandalizado que a maltratemos assim meu avô, porque ele teve coragem de dizer de viva voz o que deve ser a homossexualidade e sobre várias outras coisas além da moral sexual também. É quando a gente lê, diretamente, os textos e o que Bento XVI diz neles, que a gente se dá conta que nada existe da frustração que a mídia retrata. Ele está particularmente “ligado” nas atualidades.

 

« Quando eu o explico que muitas vezes é preciso distinguir entre a posição da Igreja e a Pastoral, ele acha isso dificil de entender, porque parece hipocrisia ». Na verdade, entendo que ele não possa receber este discurso dissociando a teoria da prática, a Igreja do alto e a Igreja de baixo (mesmo se eu percebo qual sentido você deu : o Vaticano é obrigado a impor um quadro moral, um discurso generalista, tudo sendo adaptado em seguida à cada caso, às exceções, às pessoas e às situações humanas imprevistas). É ,amplamente, louvável, que este rapaz se sinta constrangido diante da nossa tibieza ou de nossas próprias tentações de nos dessolidarizar de nossa Instituição para não assumir tudo que ela nos pede ou então da imagem negativa que Ela nos dá. Inconscientemente, isso quer  dizer que ele considera a Unidade da Igreja, que ele busca a Verdade, que ele deseja ardentemente a coerência dos discursos e dos atos, que ele quer desposar a Igreja na sua totalidade ou então nada disso tudo ! Talvez, ele precise conservar uma parte da beleza que contém sua revolta (isto é,  a busca da Verdade) e acatar, por outro lado,  o mistério da obediência. « Obedecer » significa « amar » quando a gente dá sua obediência ao bom mestre.

 

« Ultimamente, ele vem exprimindo dúvidas à respeito dos ensinamentos da Igreja sobre a homossexualidade. Ele nos disse que não é homossexual e que não conhece ninguém que seja. Contudo, ele quer compreender o ensinamento da Igreja à esse respeito, caso contrário ele teme que quando se tornar padre, ele não consiga pôr em pratica o que a Igreja ensina e acabe por abandonar a vocação religiosa. » Eu acho genial que este rapaz almeje tornar-se um ser tão inteiro, que ele ultrapasse suas fronteiras para pisar num terreno que ele não conhece ou pouco (o mundo homossexual), que ele queira estar no centro de um apostolado dentro e próximo da realidade do mundo. Parabenize-o e estimule-o a continuar a « xeretar » à nunca se intimidar ou assinar um contrato onde ele não conheça as cláusulas. Desde que ele aceite que a gente não pode dominar tudo ou adivinhar a inteligência de Deus.

 

«Neste momento, ele está realmente começando a questionar sua vocação sacerdotal por causa disso. Ele leu comentários sobre a « Carta da Congregação para a Doutrina da Fé » sobre a pastoral à respeito de pessoas homossexuais e discorda com o posicionamento. Ele conclui que os comentários não refletem a misericórdia de Jesus. Isso seria portanto uma contradição com o Evangelho. » Entendo a primeira reação dele. Esta aparente falta de abertura, não é tanto do conteúdo quanto da brevidade dos artigos desta « Carta da Congregação para a Doutrina da Fé ». E está claro que a mensagem da Igreja, mesmo se ela não é falsa, deve ser apurada, mais precisa, para ser mais amorosa. Pessoalmente, acho que  ainda não se trata da questão do desejo homossexual em si, nem a sua ligação com  o estupro. O garoto a quem você se refere  não deve esquecer que o amor ao próximo  não é um « sim » sem reservas, mas às vezes um «  não » e uma exigência estabelecida com firmeza. Jesus acolhe sempre o outro sem reservas, mas aos atos humanos com bastante reservas e exigências ! Porque Ele quer amar tanto quanto as pessoas amadas por este Amor. E porque Ele nos responsabiliza, nos põe diante de nossos limites humanos e nossa liberdade. Se a gente não valesse nada aos olhos Dele, Ele  não se daria ao sacrifício de se opor as nossas fantasias, por vezes bem intencionadas, de querer se passar por Ele. Ora, Jesus, não acolheu a mulher adúltera com um sorriso presunçoso e uma abertura de espírito relativista : Ele a ama, profundamente, e é por isso que diz à ela sem rodeios : « Vá e  não peques mais » Ele acolhe a pessoa mas recusa o pecado. Ele formula, de modo explícito, um pedido que condena o ato ainda que reerguendo a alma pecadora. É a razão pela qual eu acho a mensagem da Igreja sobre a homossexualidade exigente mas muito evangélica. É a amargura do cálice oferecido. Ele tampouco acha justo, à despeito dos homossexuais, que haja duas opções : a vida matrimonial e a castidade consagrada à Deus ; sabendo que para os homossexuais exista somente a castidade. Então, agora, sejamos claros nos termos. A castidade não é o equivalente da continência ou abstinência : ela tambem é vivida entre um casal heterossexual ou entre amigos, ou mesmo entre um artista e sua obra de arte. A castidade é essa justa distância que permete à relação, essa resitência à fusão destruidora. Em seguida, o apelo à continência para as pessoas homossexuais, verdade seja dita, ainda é um “esboço”. Eu mesmo, me questionei muito num dado momento, quando comecei a assumir meu desejo homossexual. Me encontrava assistindo  missas onde a condição homossexual não era abordada (tipo « Jornada anual para as vocações » ou o « Domingo para a família). Os padres, em suas homilias, propunham somente duas opções de vocações possíveis para seguir o Cristo : ou um casal de marido e mulher (que  não era adaptado ao meu caso), ou o celibato consagrado vivido no sacerdócio (que tambem  não era adaptado ao meu caso porque os seminários barravam os homessexuais). Naquela época, eu achava isso um pouco reduzido como raciocínio ; eu chorava e gritava dentro de mim ao Senhor : « Mas Senhor qual caminho nos resta, para nós homossexuais ??? Quais saidas de emergência??? Por que eu, tambem, não teria direito de amar, já que você me deu um coração para amar ? » Portanto, essa revolta não me fez abandonar a Igreja (minha fé era forte demais). Ao contrário, ela me deu o ímpeto de me questionar e de desbravar um novo caminho. E de quebra, com o passar do tempo, eu entendi que esta estrada restrita e estreita da continência proposta às pessoas homossexuais não tinha nada de uma condenação do Amor, mas precisamente de um pedido específico que reconhecia nossa singularidade, à nós, pessoas homossexuais, e também que ele representava o mesmo grau de dificuldade de viver que o matrimônio ou sacerdócio : ele implica a mesma renúncia, o mesmo inteiro dom de si, a mesma liberdade. Não é menos um caminho onde se pode realmente amar.  Não é o número de escolhas do qual dispomos que determina nosso grau de liberdade ou nossa felicidade, mas nossa entrega por inteiro à uma única pessoa, seja esta do sexo oposto ou de Jesus. E as pessoas homossexuais  não  são privadas de Jesus : elas são até mesmo, por causa dos limites impostos pelo desejo delas, mais especificamente destinadas para a « melhor parte ». Então porque elas reclamam ou choram por terem sido postas de lado, do modelo do Casal apresentado pela nossa sociedade ultra-erotizada como a única  estrutura do amor verdadeiro ? Pensando bem, a condição homossexual delas, as prepara diretamente e solidamente para as bodas reais celestes. É uma sorte pra elas serem de alguma forma encurraladas por um desejo convicto que elas não escolheram, ao dom total à pessoa de Jesus, já que elas  não são chamadas pela Igreja para viver algo diferente com outra pessoa. A Igreja lhes pede logo de cara, algo de grandioso, de completamente louco, no sentido humano, mas glorioso na Eternidade. Elas deveriam regozijar-se ! Tudo isso, portanto, só tem sentido na luz da fé e da Ressurreição. Não temas, Paula, suas impressões, suas opiniões ou seus juízos fundamentados. A homossexualidade é humana. Mesmo se todo mundo não a experimenta ela continua a pertencer à todo mundo e todos podemos discutir sobre ela – inclusive os padres « heterossexuais » ! Porque a reflexão sobre o Desejo concerne todos nós. A homossexualidade não é um assunto que pertence, especificamente, às pessoas homossexuais, embora a maioria delas finje não ouvir o que o mundo alheio tem de pertinente a dizer sobre os vários limites dos desejos delas. Temos o dever, como cristãos, de nos posicionar. E tenho visto pessoas « heterossexuais » tratar da homossexualidade com muito mais relevância e distância do que aqueles que não vêem um palmo diante do nariz e que se distanciam pouco deles mesmos ! Então, confie em você.

 

« Já que você é homossexual e católico, será que poderia me responder essas perguntas ? Por exemplo, você está de acordo com : « A inclinação particular da pessoa homossexual constitui, no entanto, uma tendência, mais ou menos pronunciada, em direção à um comportamento, intrinsecamente mau, do posto de vista moral. É a razão pela qual a inclinação em si deve ser considerada como, objetivamente desordenada »? (segundo « Carta da Congregação para a Doutrina da Fé » sobre a pastoral à despeito de pessoas homossexuais). Isto é, par o senhor a  inclinação homossexual, é desordenada e o senhor considera o comportamento homossexual intrinsecamente mau ? »  Sim, concordo com esses propósitos. Eles são explícitos, mas corretos. Tendo sido testemunho da desordem interior e exterior que provocava a justificação do desejo homossexual na vida das pessoas que à ele se submetiam cegamente como se se tratasse de um desejo que os definisse totalmente ou que era equivalente ao sentimento entre um   homem e uma mulher que se amam verdadeiramente ou entre um homem continente e Deus, eu posso dizer que concordo. Em seguida, acrescentaria a estes comentários minha análise por experiência própria. Eu identifiquei em obras homossexuais (filmes, romances, biografias, discursos vários sobre o assunto..) todas as ocorrências inconscientes que foram feitas à palavra « desordem » e elas são vastas ! (contudo, elas foram feitas por pessoas que defendiam a autenticidade do desejo homossexual  delas!) Da mesma forma, descrivi a natureza dispersante, isto é mais divisora do que unificadora, do desejo homossexual através do estudo de símbolos recorrentes nas ficções tratando da homossexualidade :rostos cortados em dois, corpos desmembrados, animais de duas cabeças, gêmeos, espelhos rachados,  vínculos esquizofrênicos, etc., enfim todas estas figuras simbólicas da divisão. Pra mim, essas imagens são uma linguagem do desejo homossexual, um impulso que conduz muito mais à dispersão onde a fantasia narcisista e as pulsões fazem a lei, ao invés da Realidade e da Verdade (o que não significa que eles sejam totalmente desconectados dessas duas últimas). Para mim, é dificil de entender que sendo a homossexualidade uma estrutura da pessoa, mesmo que não sendo ela génética na maioria dos casos, seja algo de ruim e desordenado. Se eu for sincera, na minha ignorância, eu prefiriria que a homossexualidade pudesse ser mudada com alguma terapia e se tornasse heterosexualidade. Mas segundo o que li, em psicologia isso não é tolerado nem aconselhável mesmo se existe grupos que promovam chamando-a de conversão, correto ? É verdade, que não é recomendável classificar a homossexualidade no campo da genética ou doenças, já que ela não é uma escolha pessoal. No entanto, mesmo se não tenho a pretensão de decidir entre o inato e o adquirido (para mim a homossexualidade continua sendo um enigma que não deve ser totalmente elucidado, à fim de permitir àquele que a vive a liberdade plena – para não transformá-la em destino – para não fazer dela uma patologia nem essencializar o desejo homossexual de forma à não dá-lo uma importância exagerada em relação ao individuo homossexual), tenho constatado que o desejo homossexual foi ao mesmo tempo a marca de uma ferida relacionada à um contexto de violência real (estupro, desprezo de si, desejo de ser o centro das atenções, isolamento, etc.) e também um revelador de coincidências e de terrenos férteis (determinantes ou não) marcados por uma ausência de desejo. Então, é claro que é preciso ser cauteloso quanto às terapias coletivas e à todas essas seitas que estigmatizam os “gays” e os reduzem ao seu desejo homossexual para melhor privá-los deste e assim criar a ilusão de uma milagrosa conversão à heterossexualidade. Pessoalmente, não acredito que isto seja possivel. Em parte porque não considero a orientação homossexual como determinante da integridade do individuo que a vive, nem como um mal absoluto. Além do mais, o que acontece à nivel da sexualidade é muito misterioso e profundo : acredito na mudança de orientação somente quando se trata de bissexuais. Tudo depende da profundidade da dominância homossexual em nós. Em suma, a ferida homossexual continua a ser um enigma do qual  não tenho a chave. Depois, todos nós temos algo em nós a ser curado … e é claro que o desejo homossexual, se a gente se entrega à ele, fere e indica uma fragilidade que deve ser levada em conta. Tenho visto, ao meu redor,  muitos homossexuais frustrados, temerosos, tímidos, com ódio de si, misantropos (declinado em misoginia ou misandria), baixa estima. Isto  não é específico do desejo homossexual (existem outros desejos dispersantes) mas ele é marcado por esta desordem.

 

« Então, como você entende e vive sua orientação sexual? » No momento em que escrevo estas linhas, tento vivê-la na continência. Depois de 29 anos de celibato completo, em seguida um ano e meio de experimentação da relação carnal homossexual com rapazes, retorno  lentamente mas seguramente à continência. De qualquer forma, mais confiante. Só o tempo e a alegria me confirmarão esta promessa. Mas, por ora, parece estar no bom caminho! Meu coração está ardente e mais ardente do que antes!

 

« Com respeito à frase seguinte, da mesma carta, você concorda com esta afirmação? ‘ »Na realidade, é preciso também reconhecer naqueles que têm uma tendência homossexual a liberdade fundamental que caracteriza a pessoa humana e dá-lhe a sua dignidade particular. Devido a essa liberdade, como em toda rejeição do mal, o esforço humano, iluminado e sustentado pela graça de Deus, poderá lhes permitir de evitar toda atividade homossexual « Você acredita que uma pessoa homossexual pode evitar a atividade sexual e deve fazê-lo para seu próprio bem? Você concorda com a opção de castidade para todos os cristãos gays? Ou, você pensa que a Igreja deve ser mais aberta ? Em que direção ? Por exemplo, você pensa que a pastoral católica para os homossexuais deveria apoiar a fidelidade dos casais homossexuais, estáveis? » Sim, concordo com a frase citada acima, porque acredito na força da ação de Deus em nós. Em seguida, esta ação não é nem espetacular (a gente não pede à um ferido de correr os 100 metros !), nem eufórica, nem um chamado ao matrimônio forçado, nem um encorajamento ao abandono do desejo homossexual. Pelo contrário, quanto mais nos aproximamos sem temor do desejo homossexual e do mundo gay para conhecê-lo e entendê-lo como funcionam, menos a gente corre o risco de se confundir com ele e de deixá-lo conduzir nossa existência. Se não, é evidente que incentivo o respeito de casais homossexuais e apóio a fidelidade entre eles sem se iludir quanto à sua fragilidade objetiva. Não há a idealizar o amor homossexual, porque ele possui limites (e não é só porque a sociedade o entrava ; é o desejo homossexual que, por natureza, é fraco e violento). Também não se deve retirar o qualificativo de « amor », porque mesmo se este é limitado, ele é, em raras ocasiões, o lugar de trocas de diferenças, de ternura, de compromisso sincero que a gente não deve menosprezar.

 

« Você tem uma experiência na Igreja, diferente da imagem que nós fazemos  ao ler esta carta? » Confesso que até agora, não encontrei nenhum casal homo que me entusiasme verdadeiramente (e olha que encontrei muitos!) Mas nunca se deve dizer nunca. Meu ceticismo não é obtuso. Se um dia me deparar com um casal homo que me pareça sólido e feliz à longo prazo, não hesitarei em me declarar. Diria que atualmente « pago pra ver » mesmo se ainda não estou convencido da força do amor homossexual  e que sei melhor por quê. Do ponto de vista da experiência da Igreja, propriamente dito, não encontrei verdadeiramente pessoas homossexuais que vivam uma combinação harmoniosa entre fé e homossexualidade : estejam elas tentando constituir uma « gay Church » mantendo uma distância da Igreja-Instituição (como na associação cristã David and Jonathan), seja eu cruzando com alguns rapazes isolados que reprimem sua homossexualidade na prática religiosa na qual eles calam suas inclinações (casos muito raros… E nesta penca há alguns eclesiásticos…)  Mas confesso que não conheci, até hoje, nenhum rapaz como eu que assumisse publicamente, ao mesmo tempo, sua pratica religiosa e sua homossexualidade.

 

No que concerne o acolhimento das pessoas homossexuais, ainda acho os padres, tímidos, até temerosos, em relação ao assunto. Isso os torna desajeitados, com tendência a julgar-nos.  A Igreja católica, neste âmbito, ainda sente dificuldades em abordar o assunto com determinação. Seria necessário uma formação, um discurso, uma voz ativa, sobre a qual se basear, para evitar as derrapagens e o distanciamento de determinadas pessoas da Igreja  por causa da questão homossexual.

 

« Você também poderia me recomendar uma bibliografia que me informaria melhor sobre este assunto? » Eu te recomendaria Xavier Thévenot, Jacques Arènes ou ainda Xavier Lacroix ; ou num registro mais profano e psicanálitico, Jean-Pierre Winter. Para mim são os melhores ! E é claro, meu próprio livro…;-)

 

« Me permita mais uma pergunta: o que você acha dos casamentos entre homossexuais e a adoção de crianças por parte destes ? » Justamente, falo disso nos meus ensaios. Em poucas palavras, não sou favorável nem ao casamento nem à adoção de crianças por parte de casais homossexuais. Nos dois casos é em nome do respeito da diferença dos sexos (que consolida o casamento do amor verdadeiro) e da realidade da família, que avanço esta opinião. Não basta que as crianças existam fisicamente ou que um casal seja constituído de um homem e uma mulher, para que o amor exista. É necessário que a diferença de sexos esteja presente mas também que ela seja coroada pelo desejo verdadeiro e livre entre dois seres diferentemente sexuados e em seguida podemos falar da chegada dos filhos, do amor e finalmente da família.

 

« Peço desculpas pelo interrogatório. Isso reflete toda a minha ignorância sobre este assunto. Obrigada de todo meu coração pela sua cooperação. Aguardo noticias suas. Deus lhe abençoe. Paula« 

 

Paula, gostaria de lhe agradecer calorosamente de me ter proporcionado esta ocasião, através seu email cheio de interrogações, de abordar problemáticas centrais sobre a homossexualidade. Suas perguntas denotam em você uma fé viva, justa, afiada, em movimento fértil. É ótimo ! Você fez as perguntas certas e me permitiu pôr palavras naquilo que me habita desde muito tempo  e de forma diferente do que imaginava.

 

Há dois anos, um padre idoso e amigo de minha família, me sugeriu, após leitura de meu livro, de escrever uma cartilha propondo um guia prático para o acolhimento de homossexuais na Igreja.

 

Tive a impressão que graças ao seu questionário, o desejo dele se realizou. É impressionante perceber o quanto o tema homossexual é fator de discórdia, de divisões internas/externas e de afastamento da Igreja. Já tinha até observado isso entre os jovens adultos ainda presentes em nossas igrejas. Você, portanto, tocou num assunto crucial. Obrigada à você.

 

De quebra, vou publicar este email que lhe envio e no site internet do meu livro. Você me autorizaria ? Que Deus, que é onipotência de Amor, lhe abençoe. Seu (desde já) irmão. Philippe.

 

Philippe Ariño

Brief an Schwester Paula (Lettre à soeur Paula, auf Deutsch)

Brief an Schwester Paula

 

Drapeau-allemand

(auf deutsch – übersetzung : Teresa KAMMERLANDER)

 
 

Paula ist eine portugiesische Missionsschwester der Gemeinschaft der Diener des Evangeliums. Sie ist 46 Jahre alt und wohnt und arbeitet zurzeit in Japan. Eine gemeinsame Freundin hat uns miteinander in Verbindung gebracht und ihr meine Kontaktdaten gegeben. Ihre Mail, in der sie mit mir Kontakt aufgenommen hat, schien mir so reich an treffenden Fragen bezüglich der Position der Kirche zur Homosexualität und so aufschlussreich über das Unwissen und die Aufregung vieler katholischer Christen gegenüber dem homosexuellen Begehren, dass ich beschlossen habe, mir für die Antwort Zeit zu nehmen. Die Suche nach der Wahrheit dieser Frau und auch ihre Demut haben mich berührt.

 
 

Hier ist zunächst ihre E-Mail, und danach folgt mein Versuch einer Antwort:

 
 

Lieber Philippe, wie geht es Ihnen? Es freut mich, Sie kennenzulernen, selbst wenn es per E-Mail geschieht. Ich bin eine portugiesische Missionarin aus der gleichen Gemeinschaft wie Céline, den Dienern des Evangeliums. Ich heiße Paula und ich lebe und arbeite in Japan. Ich denke, Céline hat Ihnen bereits bezüglich des Themas, bei dem ich ihre Ratschläge bräuchte, geschrieben. Ich danke Ihnen im Voraus für Ihre Bereitschaft. Ich erkläre Ihnen ein wenig die Situation. Es handelt sich um einen japanischen jungen Mann, der katholisch ist und vor einigen Monaten entschieden hat, seinen Beruf aufzugeben, um besser über seine Zukunft nachdenken zu können. Denn als der den Jakobsweg gegangen ist, hat er sich die Frage gestellt, ob ihn Gott vielleicht dazu beruft, ihm als Priester zu folgen. Er ist sich noch nicht sicher, ob sein Platz bei uns, den Dienern, ist, aber er hat uns darum gebeten, ihn in seinem Entscheidungsweg zu begleiten. Uns wird bewusst, dass es ihm – auch wenn er seit seiner Geburt getauft ist (im Gegensatz zur Mehrheit der katholischen Japaner, die die Erwachsenentaufe erhalten) – schwer fällt, den Lehren der Kirche zu vertrauen und manchmal stellt sich das als wahres Hindernis im Hinblick auf die Vertiefung seiner Berufung heraus. Wenn ich ihm erkläre, dass man oft zwischen der offiziellen Position der Kirche und der Seelsorge unterscheiden muss, findet er das schwer verständlich, denn das empfindet er als Scheinheiligkeit. Kürzlich hat er seine Zweifel bezüglich der Lehre der Kirche über die Homosexualität ausgedrückt. Er hat uns gesagt, er sei nicht homosexuell und er kenne niemanden, der homosexuell sei. Dennoch will er die Lehre der Kirche zu diesem Thema verstehen, andererseits fürchtet er, dass er, wenn er Priester würde, nicht in der Lage wäre, das in die Tat umzusetzen, was die Kirche lehrt und schließlich den Weg des katholischen Priesters aufgeben würde. Im Moment ist er wirklich dabei, seine Berufung aufgrund dieses Themas in Frage zu stellen. Er hat Kommentare über den Brief der Kongregation für die Glaubenslehre über die Pastorale gegenüber homosexuellen Personen gelesen und er ist mit dieser Position nicht einverstanden. Er denkt, das sei keine barmherzige Position, wie jene Jesu. Sie stünde somit im Widerspruch zum Evangelium. Er denkt auch, es sei nicht gerecht, dass es für Heterosexuelle zwei Optionen gebe: das Eheleben und die Gott geweihte Keuschheit, für Homosexuelle allerdings nur die der Keuschheit. Nachdem ich nicht homosexuell bin, ist es für mich sehr schwierig, ein Urteil zu fällen. Ich habe mich ein wenig informiert, aber ich weiß nicht, welche Meinung ich als die Richtige annehmen soll. Ich gebe mein Unwissen in diesem Thema zu und deshalb bitte ich Sie um Hilfe. Nachdem Sie homosexuell und katholisch sind, könnten Sie mir einige Fragen beantworten? Beispielsweise, sind Sie einverstanden mit: „Die spezifische Neigung der homosexuellen Person begründet aber eine mehr oder weniger starke Tendenz, die auf ein sittlich betrachtet schlechtes Verhalten ausgerichtet ist. Aus diesem Grunde muss die Neigung selbst als objektiv ungeordnet angesehen werden.“ (laut dem Schreiben der Kongregation der Glaubenslehre über die Seelsorge für homosexuelle Personen[1]). Das heißt, ist die homosexuelle Neigung für Sie ungeordnet und betrachten Sie das homosexuelle Verhalten an sich als schlecht? Für mich ist das schwer zu verstehen, dass die Homosexualität, wenn sie eine menschliche Struktur ist, selbst wenn sie in den meisten Fällen nicht genetisch ist, etwas Schlechtes und Ungeordnetes sei. Um ehrlich zu sein, in meinem Unwissen würde ich bevorzugen, die Homosexualität könne mit irgendeiner Therapie geändert und Heterosexualität werden. Aber nach dem, was ich gelesen habe, wird das weder akzeptiert noch ist es empfehlenswert, selbst wenn es Gruppen gibt, die zur Umwandlungermutigen, indem sie das Bekehrung nennen, nicht wahr? Also, wie verstehen und leben Sie Ihre sexuelle Orientierung? Im Bezug auf den folgenden Satz desselben Briefes, sind Sie einverstanden mit dieser Behauptung? „In Wirklichkeit muss auch bei den Personen mit homosexueller Neigung jene grundlegende Freiheit anerkannt werden, welche die menschliche Person als solche charakterisiert und ihr eine besondere Würde verleiht. Wie bei jeder Umkehr vom Bösen kann, dank dieser Freiheit, das von der göttlichen Gnade erleuchtete und gestärkte Mühen es jenen Personen gestatten, homosexuelles Tun zu unterlassen.“ Glauben Sie, eine homosexuelle Person kann homosexuelles Tun vermeiden und muss es zu ihrem Wohlergehen tun? Sind Sie einverstanden mit der Option der Keuschheit für alle christlichen Homosexuellen? Oder aber, denken Sie, die Kirche müsse offener sein? In welcher Hinsicht? Beispielsweise, denken Sie, die katholische Seelsorge gegenüber Homosexuellen müsse sich in Richtung der Unterstützung der Treue fester homosexueller Paare orientieren? Haben Sie die Erfahrung einer Kirche gemacht, die anders ist als das Bild, das man erhält, wenn man nur diesen Brief liest? Könnten Sie mir auch Literatur empfehlen, die mir erlaubt, mich über dieses Thema weiter zu informieren? (entweder über die Homosexualität, oder über die Haltung der Kirche). Erlauben Sie mir bitte noch eine Frage: Was halten Sie von der Heirat zwischen homosexuellen Personen und der Adoption von Kindern ihrerseits? Ich entschuldige mich, weil mir bewusst wird, dass ich Sie regelrecht ins Verhör genommen habe. Das spricht von meiner Unwissenheit in diesem Thema. Ich danke Ihnen von ganzem Herzen für Ihre Zusammenarbeit. Ich warte auf Ihre Antwort, Gott segne Sie. Paula

 
 

Liebe Paula,

 

Ich werde dir schließlich schriftlich auf deine Mail antworten: Sie inspiriert mich zu vielen Antworten und es scheint mir wichtig, diese auszuführen, weil sie noch vielen anderen Menschen neben dir dienen können. Wir können am Telefon weiter darüber sprechen, wenn du möchtest… und vor allem, wenn wir es schaffen, unsere Terminkalender auf einen gemeinsamen Nenner zu bringen! ^^

 

Wenn du einverstanden bist, werde ich eine Art lineare Lektüre deiner E-Mail durchführen, um auch nicht das Geringste zu übersehen.

 

Du schreibst mir, diesem Jungen „ fällt es schwer, den Lehren der Kirche zu vertrauen und manchmal stellt sich das als wahres Hindernis im Hinblick auf die Vertiefung seiner Berufung heraus.“Aus Angst, schon am Anfang ein wenig hart und direkt zu erscheinen, würde ich sagen, dass ich glaube, dass man einen Weg in Richtung des Priesteramtes nicht einschlagen kann, wenn man die katholische Kirche nicht zutiefst liebt, wenn man Ihr nicht im Voraus volles Vertrauen schenkt, wenn man sich zu sehr von dem trügerischen und schimpflichen medialen Ruf inspirieren und beeinflussen lässt, der zur Zeit voller Kraft gegen sie wütet (wie die Kirche trotz allem ein wenig „zurückgeblieben“ sei hinsichtlich gewisser Themen, in Diskrepanz zu den sozialen Veränderungen, und im Geiste „verschlossen“). Die katholische Kirche ist menschlich, fehlerhaft, aber trotz allem von göttlicher Inspiration: Sie ist also geheiligt, trotz ihrer chaotischen Menschlichkeit. Und das, das darf nicht in Zweifel gezogen werden! Das Vertrauen hat notwendigerweise etwas Arbiträres und Blindes an sich, aber ich hatte die Gelegenheit, viele Male die Richtigkeit der Botschaft des Evangeliums, aber auch des Papstes und seiner vatikanischen Institution zu erleben. Beispielsweise, um von der Homosexualität auszugehen, habe ich immer der etwas abrupten und trockenen Botschaft des Katechismus der katholischen Kirche zu diesem Thema Vertrauen geschenkt, indem ich mir gesagt habe, die Kirche habe Recht, ohne bis dahin verstanden zu haben warum, dass ich später verstehen würde, dass ich mich selbst auf die Suche machen müsse um andere, persönlichere Worte zu finden und die Prägnanz des kirchlichen Diskurses wettzumachen. Und schlussendlich, am heutigen Tag, bedauere ich es nicht im Geringsten, in meiner Blindheit starrköpfig gewesen zu sein! Selbst wenn ich die Dinge nicht wie der Papst oder selbst ein Heiliger Paulus ausdrücken würde, selbst wenn ich mir seine Botschaft über die Homosexualität zu Eigen gemacht habe, um sie mehr zu humanisieren, greife ich schließlich wieder auf meine Kirche zurück, indem ich Ihr Recht gebe und Sie in ihren Positionen unterstütze. Sie sah richtig im Bezug auf die Homosexualität, als sie sagte, dass die homosexuellen Akte in sich ungeordnet seien. Sie sieht richtig, wenn sie ihr Misstrauen gegenüber homosexuellen Paaren und dem homosexuellen Begehren ausdrückt. Und das sagt jemand wie ich, der dieses Thema in vier Büchern bis ins Letzte studiert hat und der zehn Jahre in homosexuellen Verbänden und im „Homo-Milieu“ verbracht hat! Kein Junge, der seine Meinung aus der Ferne ausdrückt, weil er weder seine Homosexualität annimmt noch die Tatsache, sich ihr anzunähern. Das Vertrauen in die Kirche – das absolut kein Synonym ist für das Fehlen eines kritischen Blicks oder für die schulische Unterordnung unter alles, was gesagt wurde – enttäuscht niemals, denn ich glaube, dass sie zutiefst richtig und überraschend ist. Ja, ich akzeptiere immer mehr, Teil dieser Familie zu sein, die die katholische Kirche ist, und ich bin schockiert, dass man so meinen Großvater malträtiert, weil er den Mut hatte, laut auszusprechen, was über die Homosexualität gesagt werden muss, und übrigens auch über viele andere Themen der Sexualmoral. Erst, wenn man direkt die Texte und das, was Benedikt XVI. sagt, liest, wird man sich bewusst, dass es nichts von dem Frustrierenden an sich hat, worüber sich gewisse Medien das Maul zerreißen. Es steht in einem ganz besonderen Bezug zur Aktualität.

 

Wenn ich ihm erkläre, dass man oft zwischen der offiziellen Position der Kirche und der Seelsorge unterscheiden muss, findet er das schwer verständlich, denn das empfindet er als Scheinheiligkeit.“ Ich verstehe in der Tat, dass er diese Rede von der Trennung zwischen Theorie und Praxis, Kirche von oben und Kirche von unten nicht annehmen kann (selbst wenn ich sehe, in welchem Sinne du es gemeint hast: Der Vatikan ist durchaus verpflichtet, einen moralischen Rahmen zu setzen, einen allgemeinen Diskurs, auch wenn er ihn daraufhin je nach Fall anpasst, an Ausnahmen, an Personen, an unvorhergesehene menschliche Situationen). Es spricht für diesen jungen Mann, vor unserer Laschheit „zurückzuzucken“ oder vor unseren eigenen Versuchungen, uns von unserer Institution zu distanzieren, um nicht alles zu akzeptieren, was sie von uns verlangt oder das schlechte Image anzunehmen, welches das alles uns verleihen würde! Das bedeutet zumindest, dass er unbewusst an der Einheit der Kirche hängt, dass er auf der Suche nach der Wahrheit ist, dass er sich tief nach einer Kohärenz zwischen Wort und Tat sehnt, dass er sich entweder ganz mit der Kirche vermählen möchte oder gar nicht! Er muss vielleicht diesen schönen Teil beibehalten, den sein Aufstand beinhaltet (und zwar die Suche nach der Wahrheit) und darüber hinaus ins Mysterium des Gehorsams einwilligen. „Gehorchen“ bedeutet „lieben“, wenn man einem guten Herren Gehorsam leistet.

 

Kürzlich hat er seine Zweifel bezüglich der Lehre der Kirche über die Homosexualität ausgedrückt. Er hat uns gesagt, er sei nicht homosexuell und er kenne niemanden, der homosexuell sei. Dennoch will er die Lehre der Kirche zu diesem Thema verstehen, andererseits fürchtet er, dass er, wenn er Priester würde, nicht in der Lage wäre, das in die Tat umzusetzen, was die Kirche lehrt und schließlich den Weg des katholischen Priesters aufgeben würde.“ Ich finde das toll, dass dieser Junge sich danach sehnt, so ganzheitlich zu sein, dass er ebenfalls aus seinen Grenzen ausbricht um sich auf ein Terrain zu begeben, das er a priori nicht gut kennt (die homosexuelle Welt), dass er im Zentrum eines Apostolats in und nahe an den Realitäten der Welt sein möchte. Du kannst ihn beglückwünschen und ermutigen, „in der Scheiße zu wühlen“, sich nie gehen zu lassen oder einen Vertrag zu unterzeichnen, dessen Klauseln er nicht allesamt kennt. Hauptsache, er akzeptiert, dass man nicht alles am Verstand Gottes beherrschen oder erraten kann.

 

Im Moment ist er wirklich dabei, seine Berufung aufgrund dieses Themas in Frage zu stellen. Er hat Kommentare über den Brief der Kongregation für die Glaubenslehre über die Pastorale gegenüber homosexuellen Personen gelesen und er ist mit dieser Position nicht einverstanden. Er denkt, das sei keine barmherzige Position, wie jene Jesu. Sie stünde somit im Widerspruch zum Evangelium.“ Ich verstehe seine erste Reaktion. Aber dieser Eindruck einer fehlenden Offenheit liegt nicht so sehr am Inhalt, als vielmehr an der Kürze der Artikel dieses Schreibens der Kongregation für die Glaubenslehre. Es ist eindeutig, dass sich die Botschaft der Kirche, auch wenn sie nicht falsch ist, verfeinern und mehr präzisieren muss, um liebender zu sein. Ich persönlich finde, dass es sich noch nicht genug um das homosexuelle Begehren an sich handelt, noch um seine Verbindung mit der Vergewaltigung. Deshalb fällt es dem Text schwer, gegenüber dem gut durchdachten Diskurs der bedingungslosen Öffnung gegenüber dem Anderen ins Gewicht zu fallen. Der Junge, von dem du mir erzählst, darf nicht aus den Augen verlieren, dass die Liebe des Nächsten kein „Ja“ ohne Einschränkung bedeutet, sondern gelegentlich ein „Nein“ und eine Anforderung, die mit Entschiedenheit gestellt wird. Jesus empfängt den Anderen immer bedingungslos, aber die menschlichen Taten mit viel Vorbehalt und Forderung! Weil ihm die LIEBE genauso viel bedeutet wie die Menschen, die von dieser LIEBE geliebt werden. Und weil er uns verantwortlich macht, uns vor unsere menschlichen Grenzen und unsere Freiheit stellt. Wenn wir ihm nichts bedeuten würden, würde er sich nicht die Mühe machen, sich unseren manchmal wohlgemeinten Hirngespinsten, uns für Ihn zu halten, entgegenzustellen. Jesus empfängt jedoch die Ehebrecherin nicht mit einem faden Lächeln und einer relativistischen Geisteshaltung: Er liebt sie zutiefst, und deshalb sagt er ihr auch ohne Umschweife: „Geh, und sündige von jetzt an nicht mehr.“ Er empfängt die Person, aber er weist die Sünde zurück. Er formuliert explizit eine Forderung, die die Tat verurteilt und gleichzeitig der sündigen Seele aufhilft. Genau deshalb finde ich die Botschaft der Kirche über die Homosexualität fordernd, aber sehr evangelisch. Es ist die Bitterkeit des angebotenen Kelches.

 

Er denkt auch, es sei nicht gerecht, dass es für Heterosexuelle zwei Optionen gebe: das Eheleben und die Gott geweihte Keuschheit, für Homosexuelle allerdings nur die der Keuschheit.“Zunächst einmal, verstehen wir uns richtig in der Terminologie. Keuschheit ist nicht gleich Enthaltsamkeit oder Abstinenz: Sie muss auch im Herzen eines Paares zwischen Frau und Mann gelebt werden, oder zwischen Freunden, oder selbst zwischen einem Künstler und seinem Kunstwerk, denn sie ist die richtige Distanz, die die Beziehung ermöglicht, dieser Widerstand gegenüber einer zerstörerischen Verschmelzung. Darüber hinaus ist der Ruf zur Enthaltsamkeit für die homosexuellen Personen, um ehrlich zu sein, etwas schwer zu schlucken, das muss man zugeben. Mich selbst hat er eine Zeit lang sehr beschäftigt, als ich anfing, mein homosexuelles Begehren zu akzeptieren. Ich sah, wie ich an Messen teilnahm, in denen die homosexuelle Dimension absolut nicht behandelt wurde (beispielsweise der „jährliche Tag für die Berufungen“ oder der „Sonntag für die Familie“). Die Priester boten in ihren Predigten nur zwei Optionen möglicher Berufungen an, um Christus nachzufolgen: entweder die Ehe (die ich nicht leben konnte), oder den im Priesteramt gelebten Zölibat (den ich auch nicht leben konnte, denn der Eintritt in die Priesterseminare war homosexuellen Menschen versperrt). Ich fand diese Argumentierung etwas knapp und angsterregend; in dieser Zeit weinte ich beinahe deswegen und schrie in meinem Inneren zum Herrn: „Aber Herr, welcher Weg bleibt uns, den homosexuellen Personen??? Welcher Notausgang??? Warum sollte ich nicht auch das Recht haben, zu lieben, denn du hast mir ein Herz zum Lieben gemacht?“ Trotz dieser Auflehnung bin ich nicht aus der Kirche ausgetreten (mein Glaube war zu stark). Im Gegenteil, sie hat mir den Anstoß gegeben, mir Fragen zu stellen und einen neuen Weg einzuschlagen. Und darüber hinaus, im Laufe der Zeit, habe ich verstanden, dass dieser eingeschränkte und enge Weg der Enthaltsamkeit, der den homosexuellen Personen angeboten wird, nichts von einer Verurteilung der Liebe an sich hatte, sondern eben genau eine spezielle Anforderung war, die die Eigenheit von uns, den homosexuellen Personen, anerkannte, und auch, dass sie weder leichter noch schwerer zu leben war als die Ehe oder das Priesteramt: Sie beinhaltet den selben Verzicht, das selbe Sich-Ganz-Geben, die selbe Freiheit. Sie ist nicht weniger ein Weg, auf dem man wirklich lieben kann. Es ist nicht die Anzahl der Wahlmöglichkeiten, die uns angeboten werden, die unseren Grad an Freiheit oder unser Glück bestimmen, sondern unsere ganzheitliche Wahl einer einzigen Person, ob das nun eine Person des „anderen“ Geschlechtes ist oder Jesus. Und die homosexuellen Personen müssen Jesus nicht entbehren: Sie sind selbst, aufgrund der Grenzen, die ihnen durch ihr Begehren auferlegt werden, ganz speziell dem „besten Teil“ zugewandt. Also warum sollten sie sich darüber beklagen, oder darüber weinen, dass sie an den Rand des Paar- Modells gestellt werden, das unsere ultra-erotisierte Gesellschaft als die einzige Struktur wahrer Liebe darstellt? Irgendwie bereitet sie ihre Homosexualität direkter und härter auf die himmlische königliche Hochzeit vor. Wenn sie diese greifen können, ist das eine Chance für sie, in gewisser Weise von einem inneren Begehren, das sie nicht gewählt haben, zu einem ganzheitlichen Geschenk an die Person Jesu gedrängt zu werden, denn sie sind von der Kirche nicht dazu berufen, etwas Anderes mit einem Anderen zu leben. Die Kirche fordert sofort etwas Großes von ihnen, etwas vollkommen Verrücktes menschlich gesprochen, aber etwas Ruhmvolles in der Ewigkeit. Sie sollten sich darüber freuen! All das ergibt allerdings nur Sinn im Lichte des Glaubens und der Auferstehung.

 

Nachdem ich nicht homosexuell bin, ist es für mich sehr schwierig, ein Urteil zu fällen. Ich habe mich ein wenig informiert, aber ich weiß nicht, welche Meinung ich als die Richtige annehmen soll. Ich gebe mein Unwissen in diesem Thema zu und deshalb bitte ich Sie um Hilfe.“ Hab keine Angst vor deinen Eindrücken, deinen Meinungen, deinen durchdachten Urteilen, Paula. Die Homosexualität ist menschlich. Selbst wenn nicht alle sie hegen, fährt sie fort, allen anzugehören, und alle können darüber sprechen – auch „heterosexuelle“ Priester! – denn die Reflexion über das Begehren betrifft Jedermann. Die Homosexualität ist kein Thema, das speziell homosexuellen Personen angehört, auch wenn die gute Mehrheit von ihnen das glauben lässt, um nicht hören zu müssen, was die außenstehende Welt ihr zutreffendes über die zahlreichen Grenzen ihres Begehrens zu sagen hat. Wir haben als Christen die Verpflichtung, Stellung zu beziehen. Und ich habe sogenannte „heterosexuelle“ Menschen gesehen, die mit deutlich mehr Stichhaltigkeit und Distanz das Thema Homosexualität behandelt haben als diejenigen, die Scheuklappen aufhaben und so wenig Abstand zu sich selbst haben. Also hab Vertrauen in dich selbst!

 

Nachdem Sie homosexuell und katholisch sind, könnten Sie mir einige Fragen beantworten? Beispielsweise, sind Sie einverstanden mit: „Die spezifische Neigung der homosexuellen Person begründet aber eine mehr oder weniger starke Tendenz, die auf ein sittlich betrachtet schlechtes Verhalten ausgerichtet ist. Aus diesem Grunde muss die Neigung selbst als objektiv ungeordnet angesehen werden.“ (laut dem Schreiben der Kongregation der Glaubenslehre über die Seelsorge für homosexuelle Personen). Das heißt, ist die homosexuelle Neigung für Sie ungeordnet und betrachten Sie das homosexuelle Verhalten an sich als schlecht?“ Ja, ich bin einverstanden mit diesen Äußerungen. Sie sind sicherlich explizit, aber geradlinig. Als Zeuge des inneren und äußeren Chaos, das die Rechtfertigung des homosexuellen Begehrens im Leben von Personen hervorrief, die sich ihm blind unterwarfen, wie wenn es sich um ein Begehren handele, das sie vollständig definiere oder das gleichwertig sei der Liebe zwischen einer Frau und einem Mann, die sich wirklich lieben oder zwischen einem enthaltsamen Menschen und Gott, kann ich sagen, dass ich sie unterschreibe. Abgesehen davon würde ich diesen Äußerungen meine eigene Feldstudie hinzufügen. Ich habe in den homosexuellen Werken (Filme, Romane, Biographien, Reden über zahlreiche homosexuelle Themen) alle unbewussten Vorkommnisse gezählt, die über das Wort „Unordnung“ gemacht wurden, und sie sind zahlreich! (obwohl sie von Menschen gemacht wurden, die die Authentizität ihres homosexuellen Begehrens verteidigten!) Ich habe ebenso die zersplitterte, also mehr trennende als einende Natur des homosexuellen Begehrens beschrieben, durch das Studium von sich wiederholenden Symbolen in den Fiktionen, die von Homosexualität handeln: in zwei Teile geschnittene Gesichter, platzende Körper, Tiere mit zwei Köpfen, Zwillinge, zerbrochene Spiegel, doppelt Schizophrene, etc., all diese symbolischen Figuren der Trennung. Für mich sind diese Bilder die Sprache des homosexuellen Begehrens, ein Elan, der immer mehr in Richtung der Zerlegung führt und zu Handlungen, in denen die narzisstische Fantasterei und die Triebe Gesetzeskraft haben, mehr als in Richtung der Realität und der Wahrheit (was trotz allem nicht bedeutet, dass sie völlig von diesen beiden getrennt seien).

 

Für mich ist das schwer zu verstehen, dass die Homosexualität, wenn sie eine menschliche Struktur ist, selbst wenn sie in den meisten Fällen nicht genetisch ist, etwas Schlechtes und Ungeordnetes sei. Um ehrlich zu sein, in meinem Unwissen würde ich bevorzugen, die Homosexualität könne mit irgendeiner Therapie geändert und Heterosexualität werden. Aber nach dem, was ich gelesen habe, wird das weder akzeptiert noch ist es empfehlenswert, selbst wenn es Gruppen gibt, die zur Umwandlung ermutigen, indem sie das Bekehrung nennen, nicht wahr?“ Es ist wahr, dass es nicht wünschenswert ist, die Homosexualität auf das Feld der Genetik oder der Krankheit zu stellen aus dem einfachen Grund, dass sie keine Wahl ist. Dennoch, selbst wenn ich nicht vorgebe, zwischen dem Angeborenen und dem Erworbenen zu unterscheiden (denn für mich bleibt die Homosexualität ein Rätsel, das man nicht vollständig aufklären sollte, um demjenigen, der sie verspürt, vollständige Freiheit zu lassen, um sie nicht in Schicksal zu verändern, um das homosexuelle Begehren nicht zu „pathologisieren“ oder unentbehrlich zu machen und ihm zu viel Belang zu geben im Bezug auf die homosexuelle Person), habe ich festgestellt, dass das homosexuelle Begehren gleichzeitig das Merkmal einer Verletzung ist, die im Kontext einer reellen Gewalt steht (Vergewaltigung, Inzest, Selbstverachtung, das Begehren, Objekt zu sein, freundschaftliche Isolation etc.), als auch die Enthüllung von Zufällen und tragenden Feldern (bestimmend oder nicht), die durch die Abwesenheit von Begehren gekennzeichnet sind. Also muss man selbstverständlich sehr vorsichtig gegenüber kollektiven Therapien und all denjenigen Sekten sein, die „die“ Homosexuellen stigmatisieren und sie auf ihr homosexuelles Begehren reduzieren, um es ihnen besser wegzunehmen und an eine wundersame Bekehrung zur „Heterosexualität“ glauben zu machen. Ich persönlich glaube nicht daran, unter anderem weil ich die homosexuelle Orientierung nicht als das betrachte, was die Ganzheit der Person, die sie verspürt, bestimmt, noch als absolut Böses. Außerdem ist das, was sich auf dem Niveau der Sexualität abspielt, sehr mysteriös und tief: Ich glaube nicht, dass man sich komplett ändern könnte, wenn man homosexuell ist, außer diejenigen, die sich bisexuell fühlen. Das hängt von der Tiefe der Verankerung der Homosexualität in uns ab. Kurz gesagt, die homosexuelle Verletzung bleibt ein Rätsel, dessen Schlüssel ich nicht besitze. Abgesehen davon haben wir alle etwas in uns, das geheilt werden muss… und es ist eindeutig, dass das homosexuelle Begehren, wenn man sich ihm hingibt, verletzt, und eine Zerbrechlichkeit andeutet, die man berücksichtigen muss. Ich habe bei den homosexuellen Menschen in meinem Umkreis viel Frustration, Angst, Schüchternheit, Selbsthass, Misanthropie (abgewandelt in Misogynie oder Misandrie) oder Fehlen von Selbstvertrauen gesehen. Das ist nicht spezifisch für das homosexuelle Begehren (es gibt auch andere zerrüttende Begehren), aber das homosexuelle Begehren ist durch diese Unordnung gekennzeichnet.

 

Also, wie verstehen und leben Sie ihre sexuelle Orientierung?“ In dem Zeitpunkt, in dem ich Ihnen diese Zeilen schreibe, versuche ich, sie in der Enthaltsamkeit zu leben. Nach 29 Jahren kompletten Zölibats und einer anschließenden eineinhalb-jährigen Phase der Erprobung der körperlichen homosexuellen Beziehung mit Männern kehre ich langsam aber sicher zur Enthaltsamkeit zurück. Auf jeden Fall mit mehr Selbstsicherheit. Diese Verheißung bleibt durch Dauer und Freude zu bestätigen. Aber im Moment scheine ich auf einem guten Weg zu sein! Mein Herz brennt, und brennt stärker als zuvor!

 

Im Bezug auf den folgenden Satz desselben Briefes, sind Sie einverstanden mit dieser Behauptung?In Wirklichkeit muss auch bei den Personen mit homosexueller Neigung jene grundlegende Freiheit anerkannt werden, welche die menschliche Person als solche charakterisiert und ihr eine besondere Würde verleiht. Wie bei jeder Umkehr vom Bösen kann, dank dieser Freiheit, das von der göttlichen Gnade erleuchtete und gestärkte Mühen es jenen Personen gestatten, homosexuelles Tun zu unterlassen. Glauben Sie, eine homosexuelle Person kann homosexuelles Tun vermeiden und muss es zu ihrem Wohlergehen tun? Sind Sie einverstanden mit der Option der Keuschheit für alle christlichen Homosexuellen? Oder aber, denken Sie, die Kirche müsse offener sein? In welcher Hinsicht? Beispielsweise, denken Sie, die katholische Seelsorge gegenüber Homosexuellen müsse sich in Richtung der Unterstützung der Treue fester homosexueller Paare orientieren?“ Ja, ich bin einverstanden mit dem oben zitierten Satz, denn ich glaube an die Macht des Handelns Gottes in uns. Abgesehen davon ist diese Handlung weder spektakulär (man verlangt von keinem Verletzten, den 100-Meter-Lauf zu sprinten!), noch euphorisch, noch ein Aufruf zur erzwungenen Ehe, noch eine Ermutigung zur Aufgabe seines Homo-Begehrens. Im Gegenteil, je mehr man sich ohne Angst seinem homosexuellen Begehren und dem „Homo-Milieu“ nähert, um sie anzuerkennen und zu verstehen, wie sie ticken, desto weniger Risiken bestehen, mit ihm zu zerfließen und ihn unser Leben lenken zu lassen. Ansonsten ermutige ich selbstverständlich zum Respekt homosexueller Paare und zur Unterstützung der Treue innerhalb dieser Paare, ohne sich allerdings etwas über ihre objektive Zerbrechlichkeit vorzumachen. Es gilt nicht, die homosexuelle Liebe zu idealisieren, denn sie besitzt viele Grenzen (und nicht nur, weil die Gesellschaft ihr Steine in den Weg legt; es ist das homosexuelle Begehren, das von Natur aus schwach und gewaltsam ist). Es gilt aber auch nicht, ihm die Bezeichnung der „Liebe“ zu entziehen, denn selbst wenn es eine begrenzte Liebe ist, ist sie, in wenigen Fällen, der Ort des Austausches von Unterschieden, von Zärtlichkeit, von ernsthaftem Engagement, was man nicht in den Wind schlagen darf.

 

Haben sie die Erfahrung einer Kirche gemacht, die anders ist als das Bild, das man erhält, wenn man nur diesen Brief liest?“ Ich gebe zu, dass ich bis zum heutigen Tag noch nie ein Homo-Pärchen getroffen habe, das mich wirklich begeistert hat (und das liegt nicht daran, dass ich nicht die Gelegenheit gehabt hätte, welche kennenzulernen!). Aber man soll niemals nie sagen. Meine Skepsis ist nicht unzugänglich. Wenn ich eines Tages auf ein homosexuelles Paar treffe, das mir auf lange Sicht solide und glücklich erscheint, werde ich nicht zögern, dies auch auszudrücken. Zum aktuellen Zeitpunkt kann ich nur sagen, „Ich warte darauf, es zu sehen…“, selbst wenn ich immer noch nicht von der Kraft der Homo-Liebe überzeugt bin und immer mehr weiß, warum.

 

Im Bezug auf die eigentliche kirchliche Erfahrung bin ich bisher nicht wirklich auf homosexuelle Personen getroffen, die eine harmonische Kombination von Glaube und Homosexualität leben: entweder versuchen sie, eine gay Church zu bilden, indem sie sich von der Institution Kirche entfernen (wie in der christlichen Vereinigung David et Jonathan), oder ich habe einige isolierte Jungen getroffen, die ihre Homosexualität in einer religiösen Praxis unterdrücken, in der sie ihre Neigungen verschweigen (sehr seltene Fälle… und unter ihnen sind auch einige Geistliche…). Aber ich gebe zu, dass ich bis zum heutigen Tag keinen Jungen wie mich getroffen habe, der auf diese Weise öffentlich sowohl zu seinem gelebten katholischen Glauben als auch zu seiner Homosexualität steht.

 

Was die Annahme homosexueller Personen in der Kirche betrifft, empfinde ich die Priester noch als schüchtern, beinahe ängstlich, im Bezug auf dieses Thema. Dabei verhalten sie sich oft ungeschickt, sogar ein wenig urteilend. Die katholische Kirche hat auf diesem Gebiet noch Schwierigkeiten, das Thema Homosexualität anzupacken. Es wären eine Ausbildung nötig, eine Verlautbarung, ein festes Wort, auf das man sich stützen kann, um grobe Patzer und die Entfernung gewisser Personen von der Kirche allein aufgrund dieses Themas der Homosexualität zu vermeiden.

 

Könnten Sie mir auch Literatur empfehlen, die mir erlaubt, mich über dieses Thema weiter zu informieren? (entweder über die Homosexualität, oder über die Haltung der Kirche).“ Ich kann dich nur auf Xavier Thévenot, Jacques Arènes oder auch Xavier Lacroix verweisen; oder, in einem profanen und psychoanalytischen, aber weniger soliden Verzeichnis, auf Jean-Pierre Winter. Ich habe nichts besser gefunden! Und schließlich selbstverständlich mein eigenes Buch… 😉

 

Erlauben Sie mir bitte noch eine Frage: Was halten Sie von der Heirat zwischen homosexuellen Personen und der Adoption von Kindern ihrerseits?“ Genau darüber spreche ich in meinem Essay. Kurz gesagt bin ich weder der Heirat zwischen homosexuellen Personen, noch der Adoption von Kindern wohlgesinnt. In beiden Fällen geschieht es im Namen des Respekts des Geschlechterunterschieds (welcher die Ehe aus wahrer Liebe festigt) und der Familie, dass ich diese Meinung vorbringe. Achtung, wenn ich dies sage, warne ich inständig vor einer geburtenfördernden Sakralisierung der Prokreation, oder einer Idealisierung des Geschlechterunterschieds. Es genügt nicht, dass die Kinder physisch da sind, oder dass ein Paar aus einer Frau und einem Mann zusammengestellt ist, damit die Liebe da ist. Es muss nicht nur der Geschlechterunterschied vorhanden sein, sondern auch, dass er von dem wahren und freien Begehren zwischen zwei verschiedengeschlechtlichen Personen gekrönt ist, und schließlich von der Ankunft der Kinder, um wirklich von Liebe und anschließend von Familie sprechen zu können.

 

Ich entschuldige mich, weil mir bewusst wird, dass ich Sie regelrecht ins Verhör genommen habe. Das spricht von meiner Unwissenheit in diesem Thema. Ich danke Ihnen von ganzem Herzen für Ihre Zusammenarbeit. Ich warte auf Ihre Antwort, Gott segne Sie. Paula

 

Paula, ich möchte dir von Herzen dafür danken, dass du mir durch deine Mail voller Fragen die Möglichkeit gegeben hast, zentrale Problematiken der Homosexualität zu behandeln. Deine Fragen zeugen von einem sehr lebendigen, richtigen, scharfen, regen und fruchtbaren Glauben deinerseits. Das ist genial! Du stellst die richtigen Fragen, und du erlaubst mir, Worte zu finden für das, was mich seit Langem bewegt und ich so noch nie formuliert habe. Vor zwei Jahren hatte mir ein betagter Priester und enger Freund meiner Familie im Anschluss an die Lektüre meines Buches nahegelegt, eine kleine Broschüre zu schreiben, die einen praktischen Ratgeber für den Empfang homosexueller Personen seitens der Kirche bietet. Und ich habe dein Eindruck, dass sich sein Wunsch dank deiner Befragung erfüllt hat. Es ist beeindruckend, zu sehen, wie sehr das alleinige Thema der Homosexualität ein Faktor für Zwietracht, innere/äußere Spaltung und Entfernung von der Kirche ist. Das habe ich bereits selbst bei jungen katholischen Erwachsenen beobachtet, die noch in unseren Kirchen präsent waren. Du hast somit ein einschneidendes Problem berührt. Ich danke dir. Ich würde gerne die Mail, die ich dir schicke, und unseren Austausch auf der Homepage meines Buches veröffentlichen. Gibst du mir die Befugnis? Gott, der allmächtige Liebe ist, segne dich. Dein (bereits) Bruder Philippe.

 
 
 

N.B. Sie finden alle Reaktionen auf diesen Brief, wie auch meine Antworten, auf der Homepage Padreblog.fr. Er ist einer der meistbesuchten Artikel der Seite. Danke an Pater Pierre-Hervé Grosjean und sein Team an Priestern!

 


[1] Das Schreiben kann auf der Homepage des Vatikans in Originalversion gelesen werden: http://www.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_19861001_homosexual- persons_ge.html#top

Carta a sor Paula (Lettre à soeur Paula, en español)

Carta a Sor Paula

 

Drapeau espagnol

(en español – traducción : Philippe ARIÑO)

 
 

Paula es una hermana misionera portuguesa de la Comunidad de las Servidoras del Evangelio. Ella tiene 46 años, vive y trabaja actualmente en Japón. Es una amiga común quien nos puso en contacto, y le dejó mi dirección. Su correo electrónico me pareció tan rico en cuestiones relativas a la posición de la Iglesia sobre la homosexualidad, tan revelador de la ignorancia y la febrilidad de muchos creyentes católicos practicantes frente al deseo homosexual, que decidí contestarle sin prisa. La búsqueda de la verdad de esta mujer, su humildad también, me ha tocado la fibra.

 

En primer lugar, aquí está su correo electrónico y mi intento de respuesta :

 
 

« Estimado Felipe,

¿ Cómo está ? Es un placer conocerle, aunque sea por e-mail. Soy una misionera portuguesa de la misma comunidad que Céline, los Servidores del Evangelio. Mi nombre es Paula. Vivo y trabajo en Japón. Creo que Celine ya le ha escrito sobre el tema del cual quisiera sus consejos. Ante todo, le agradezco por su disponibilidad. Voy a explicarle un poco la situación. Se trata de un mozo japonés que es católico y que desde algunos meses ha decidido dejar su trabajo para pensar mejor en su porvenir, porque por el camino de Santiago, se preguntó si tal vez Dios le llamaba a seguirlo como sacerdote. Aún no está seguro de si tiene su lugar con nosotros, los Servidores, pero él nos pidió que le acompañáramos en su proceso de discernimiento. Nos damos cuenta de que, aunque sea bautizado desde niño (a diferencia de la mayoría de los católicos japoneses que reciben el bautismo de adultos), le cuesta confiar en las enseñanzas de la Iglesia, y a veces eso se convierte en un verdadero obstáculo para la profundización de su vocación. Cuando le explico que a menudo hay que distinguir entre la trayectoria oficial de la Iglesia y la acción pastoral, le resulta muy difícil entenderlo, porque lo interpréta como una hipocresía. Últimamente, ha expresado sus dudas en cuanto al discurso de la Iglesia sobre la homosexualidad. Nos dice que no es homosexual y que no conoce a nadie que lo sea. Sin embargo, quiere comprender el discurso de la Iglesia a propósito de este tema ; si no, teme que cuando sea sacerdote, quizás no pueda ser capaz de poner en práctica lo que defiende la Iglesia, y acabe por abandonar el camino del sacerdocio católico. Por el momento, está poniendo realmente en tela de juicio su vocación a causa de este tema. Leyó comentarios sobre la Carta de la Congregación para la Doctrina de la Fe, que trata de la acción pastoral respecto a las personas homosexuales, y no está de acuerdo de este mensaje. Él piensa que éste no es un mensaje de misericordia, como el de Jesús. Sería una contradicción con el Evangelio. También piensa que no es justo que para los heterosexuales haya dos opciones: la vida matrimonial y la castidad consagrada a Dios, pero para los homosexuales sólo hay la castidad. Puesto que yo no soy lesbiana, me resulta realmente difícil juzgar. Busqué unas cuantas informaciones, pero no sé qué opinión aceptar como justa. Confieso mi ignorancia sobre el tema y por eso le pido su ayuda. Dado que es usted homosexual y católico, ¿ aceptaría contestar algunas preguntas ? Por ejemplo, ¿ qué opina de la frase siguiente ? : «La inclinación homosexual, aunque no sea en sí misma pecaminosa, debe ser considerada como objetivamente desordenada, ya que es una tendencia, más o menos fuerte, hacia un comportamiento intrínsecamente malo desde el punto de vista moral» (según La Carta de la Conferencia Episcopal : Matrimonio, familia y uniones homosexuales, 1994) Es decir, ¿ la inclinación homosexual, para usted, es desordenada, y se puede considerar el comportamiento homosexual intrínsecamente malo ? Para mí es difícil entender que, siendo la homosexualidad una estructura de la persona, aunque no sea de origen genético en la mayoría de los casos, sería/es algo malo y desordenado. Si soy sincera, en mi ignorancia, yo preferiría que la homosexualidad pudiera cambiarse mediante alguna terapia y convertirse en heterosexualidad. Pero según lo que leí, en psicología, no lo aceptan ni lo aconsejan, aunque haya grupos que alentan el cambio llamándolo ‘conversión’, ¿ eso es ? Entonces, ¿ cómo comprende y vive su orientación sexual ? Con respecto a la frase siguiente en la misma carta, ¿ está de acuerdo con esta afirmación ? « En realidad, también debemos reconocer a aquellos que tienen una tendencia homosexual la libertad fundamental que caracteriza a la persona humana y que le da su dignidad especial. Debido a esta libertad, como cualquier rechazo del mal, el esfuerzo humano, aclarado y sostenido por la gracia de Dios, podrá permitirles evitar la actividad homosexual. ¿ Cree usted que una persona homosexual puede evitar la actividad sexual y debe hacerlo por su bien ? ¿ Está de acuerdo con la opción de la castidad para todos los homosexuales cristianos ? O también, ¿ piensa que la Iglesia debería ser más abierta ? ¿ En qué sentido ? Por ejemplo, ¿ cree que la acción pastoral católica a favor de los homosexuales debería orientarse hacia el apoyo de la fidelidad de las parejas homosexuales estables ? ¿ Conoce usted una experiencia eclesiástica diferente de la imagen que tenemos al leer únicamente aquella Carta ? ¿ Me puede aconsejar también una bibliografía que me permita interarme mejor del tema ? (sea sobre la homosexualidad, sea sobre el punto de vista de la Iglesia al respecto). Con permiso, aún tengo otra pregunta : ¿ qué piensa de los matrimonios entre personas homosexuales y de la adopción de niños por su parte ? Disculpe porque me doy cuenta de que le acabo de someter una verdadera entrevista. Eso muestra cuan grande es mi ignorancia en cuanto a este tema. Le agradezco de todo corazón por su cooperación. A la espera de noticias suyas, que Dios le bendiga. Paula »

 
 

Estimada Paula,

 

Finalmente, voy a tratar de contestar por escrito a tu correo : me inspira un montón de respuestas que me parecen importantes de  desarrollar, ya que podrán ser útiles para muchas más personas que tú. Podremos volver a hablar por teléfono si quieres … si por lo menos logramos coordinar nuestros calendarios ! ^^

 

Si quieres, voy a hacer una especie de lectura lineal de tu correo para no perderme nada.

 

Me escribes que a este muchacho « le cuesta confiar en las enseñanzas de la Iglesia, y a veces eso se convierte en un verdadero obstáculo para la profundización de su vocación ». A riesgo de parecer un poco duro y directo desde el principio, te diría que creo que uno no puede emprender un camino hacia el sacerdocio si no ama profundamente a la Iglesia Católica, si de antemano no confía en Ella en su totalidad, si se deja demasiado inspirar e influenciar por la fama engañosa y vergonzosa que los medios de comunicación dan de Ella con fuerza actualmente (por ejemplo, se dice que la Iglesia sigue siendo un poco « anticuada » a propósito de ciertos temas, tiene « retraso », está desconectada de los « progresos » sociales, tiene una mentalidad « cerrada »). La Iglesia Católica es humana, imperfecta, pero a pesar de todo inspirada por Dios : pues es santa, pese a su jodida humanidad. Y esto, ¡ no hay que ponerlo en duda ! La confianza es algo necesariamente arbitrario y ciego, pero ya he tenido la oportunidad de experimentar muchas veces la rectitud del mensaje del Evangelio, y también del Papa y de la institución vaticana. Por ejemplo, en cuanto al tema de la homosexualidad, siempre he confiado en el mensaje un poco áspero y seco del Catecismo de la Iglesia Católica al respecto, diciéndome que la Iglesia tenía razón sin que supiera todavía por qué, que lo entendería más tarde, que tenía que hacer mi propia investigación para encontrar otras palabras más personales y compensar la brevedad del discurso eclesiástico. Y, al fin y al cabo, a día de hoy, ¡ no me arrepiento en absoluto de haber sido tozudo en mi ceguera ! Aunque no me expresaría exactamente como el Papa o incluso un San Pablo, aunque me he apropiado su mensaje sobre la homosexualidad para humanizarlo más, vuelvo hacia mi Iglesia dándole la razón y sosteniéndola en sus decisiones. Acerca de la homosexualidad, Ella siempre ha hablado con acierto Cuando dice que los actos homosexuales son intrínsecamente desordenados. Tiene toda la razón de pedir el celibato continente. Tiene toda la razón de expresar su recelo a propósito de las parejas homosexuales y del deseo homosexual. ¡ Y es alguien como yo, que ha estudiado el tema a fondo a través de cuatro libros y que ha pasado 10 años en el mundo asociativo gay y en el « ambiente homosexual », quien lo dice ! No soy un chico quien expresa un punto de vista lejano, porque no aceptaría su homosexualidad ni el hecho de acercarse a ella. La confianza en la Iglesia – que no es sinónima en absoluto de ausencia de mirada crítica, ni de sumisión dócil a todo lo que está dicho – no defrauda nunca, porque La creo profundamente justa y sorprendente. Sí, voy asumiendo cada día más de formar parte de esta familia que es la Iglesia católica, y me escandalizo de ver que maltratan así a mi abuelo, porque tiene el valor de decir de viva voz lo que se ha de saber sobre la homosexualidad, y muchos más temas de moral sexual por otro lado. Al leer lo que dice realmente Benedicto XVI, uno cae en la cuenta de que no es para nada el hombre frustrado del cunal algunos medios de comunicación hablan. Está especialmente al tanto de nuestras realidades contemporáneas.

 

« Cuando le explico que a menudo hay que distinguir entre la trayectoria oficial de la Iglesia y la acción pastoral, le resulta muy difícil entenderlo, porque lo interpréta como una hipocresía. » Comprendo que no pueda acoger del todo el discurso que separa teoría y práctica, Iglesia superior e Iglesia inferior (aunque veo muy bien cómo lo has dicho : el Vaticano bien tiene que proponer un marco moral, un discurso generalista, adaptándolo luego a cada situación, a las excepciones, a las personas, a las situaciones humanas imprevistas). La resistencia de este muchacho lo honra. ¡ Tiene razón de no aceptar nuestras tibiezas y tentaciones de distancia con nuestra propias Institución para no asumir todo lo que nos pide o la mala fama que su defensa nos daría ! Al menos, eso significa que inconscientemente le importa mucho la Unidad de la Iglesia, que está en busca de la Verdad, que desea de manera tenaz la coherencia entre los discursos y los actos, que quiere abrazar la Iglesia ¡ completamente o para nada ! A lo mejor tiene que conservar la parcela de belleza que contiene su revuelta (a saber la búsqueda de la Verdad) y consentir por otro lado en el misterio de la obediencia. « Obedecer » significa « amar » cuando se da su obediencia al buen Maestro.

 

« Últimamente, ha expresado sus dudas en cuanto al discurso de la Iglesia sobre la homosexualidad. Nos dice que no es homosexual y que no conoce a nadie que lo sea. Sin embargo, quiere comprender el discurso de la Iglesia a propósito de este tema ; si no, teme que cuando sea sacerdote, quizás no pueda ser capaz de poner en práctica lo que defiende la Iglesia, y acabe por abandonar el camino del sacerdocio católico. » Me parece estupendo que este chico quiera ser tan entero, que se arriesgue también en un terreno que a priori no conoce mucho (el mundo homosexual), que anhele estar en el corazón de un apostolado dentro y cerca de las realidades de nuestro mundo. Lo felicitarás y lo animarás a que siga con fisgar, a que no se deje nunca torear a firmar un contrato sin conocer todas sus cláusulas. A partir del momento en que acepta que no se puede controlar o adivinarlo todo de la inteligencia de Dios…

 

« Por el momento, está poniendo realmente en tela de juicio su vocación a causa de este tema. Leyó comentarios sobre la Carta de la Congregación para la Doctrina de la Fe, que trata de la acción pastoral respecto a las personas homosexuales, y no está de acuerdo de este mensaje. Él piensa que éste no es un mensaje de misericordia, como el de Jesús. Sería una contradicción con el Evangelio. » Entiendo su primera reacción. Ahora bien, aquella impresión de falta de amplitud de miras estriba no tanto en el contenido como en la brevedad de los artículos de la Carta de la Congregación para la Doctrina de la Fe. Y está claro que el mensaje de la Iglesia, aunque no es falso, debe refinarse, ser más preciso, para ser más acogedor y amable. Personalmente encuentro que no se habla todavía bastante de la cuestión del deseo homosexual en sí mismo, ni de su relación con la violación. Por lo tanto, le cuesta dar la talla al discurso bienpensante de la apertura incondicional al otro. El chico del cual me hablas ne tiene que perder de vista que el amor al prójimo no es un « sí » sin reservas, pero a veces un « no » y una exigencia enunciada con firmeza. Jesús siempre acoge al otro sin reservas, ¡ pero los actos humanos con muchas reservas y exigencia ! Porque a Él le importa el Amor tanto como a las personas amadas por Éste. Y puesto que nos responsabiliza, nos pone frente a nuestros límites humanos y nuestra libertad. Si no importáramos para Él, no se molestaría para oponerse a nuestras ilusiones – a veces bien intencionadas – de hacernos pasar por Él. Pero Jesús no acoge a la mujer adúltera con ojitos de miel, una sonrisa remilgada, y un amplitud de miras relativista : Él la ama profundamente, y por eso también le dice sin rodeos : « Vete y no peques más. » Acoge a la persona, pero no acepta el pecado. Hace una petición explícita, que condena el acto mientras que pone de pie al alma pecadora. Por eso encuentro que el mensaje de la Iglesia sobre la homosexualidad es exigente, pero muy evangélico. Es el amargor de la copa derramada.

 

« También piensa que no es justo que para los heterosexuales haya dos opciones: la vida matrimonial y la castidad consagrada a Dios, pero para los homosexuales sólo hay la castidad. » Primero, expliquémonos con los términos. La castidad no es equivalente a la abstinencia o la continencia : también se ha de vivir en una pareja hombre-mujer, o entre amigos, e incluso entre un artista y su obra de arte, porque la castidad es esta justa distancia que permite la relación, esta resistencia a la fusión destructiva. Luego, es cierto que la petición de la continencia para las personas homosexuales es un poco difícil de beber de un trago. A mí también, me dio quebraderos de cabeza, sobre todo cuando empezaba a aceptar la realidad de mi deseo homosexual. Me encontraba en misas dominicanas durante las cuales la condición homosexual no era mencionada en absoluto (días especiales de ésos como « La Jornada de las Vocaciones » o « La Misa por las Familias »…). Durante las homilías, los sacerdotes no proponían más que dos opciones de vocaciones posibles para seguir a Cristo : sea la pareja casada (que yo no podía vivir), sea el celibato consagrado vivido en el sacerdocio (que no podía vivir tampoco, ya que la entrada en los seminarios era bloqueada para las personas homosexuales). Esta forma de pensar me pareció un poco restringida y espantosa ; en aquella época (a los 20 años), casi lloraba, y gritaba interiormente hacia el Señor : « Pero Señor, ¿ qué camino nos queda para nosotros, los homosexuales ? ¿¿¿ Qué salidas de emergencia ??? ¿ Por qué no tendría derecho al amor, yo también, ya que me diste un corazón para amar ? » Sin embargo, esta revuelta no me hizo abandonara a la Iglesia (mi fe era demasiado fuerte). Al contrario, me dio el impulso para plantearme las buenas preguntas e inaugurar un nuevo camino. Y encima, con el paso del tiempo, iba comprendiendo que aquel sendero limitado y estrecho de la continencia, propuesto a las personas homosexuales, no era ninguna condenación del Amor, sino que era justamente una petición específica que reconoce nuestra singularidad a nosotras, personas homosexuales, y también que no era ni más fácil ni más difícil de vivir que el matrimonio o el sacerdocio : la continencia entraña la misma renuncia, el mismo don total de sí mismo, la misma libertad. No deja de ser un camino por el cual se puede amar verdaderamente. No es el número de elecciones propuestas que determina nuestro grado de libertad y nuestra felicidad, pero sí nuestra elección completa de una sola persona, sea una persona del sexo supuestamente « opuesto », sea Jesús. Y las personas homosexuales no son privadas de Jesús : a causa de los límites impuestos por su deseo sexual, al fin y al cabo, quizás sean específicamente más orientadas hacia « la buena Parte ». Entonces, ¿ por qué deberían quejarse, llorar por ser marginadas del modelo de la Pareja presentado por nuestra sociedad ultra-erotizada como la única estructura de amor verdadero ? En cierta manera, su condición homosexual les prepara de forma más directa y más firme a las Bodas celestes. Si saben atraparla, es una suerte para ellas verse obligadas, a causa de un deseo interior que no han elegido, a entregarse a sí mismas completamente a la persona de Jesús, dado que la Iglesia no les propone vivir otra cosa con otra persona. La Iglesia les pide en seguida algo tremendo, totalmente surrealista humanamente hablando, pero glorioso en la Eternidad. ¡ Tendrían que alegrarse de esta Buena Nueva ! Sin embargo, ésta cobra todo su sentido únicamente a la luz de la Fe y de la Resurrección.

 

« Puesto que yo no soy lesbiana, me resulta realmente difícil juzgar. Busqué unas cuantas informaciones, pero no sé qué opinión aceptar como justa. Confieso mi ignorancia sobre el tema y por eso le pido su ayuda. » No tengas miedo, Paula, de tus impresiones, de tus opiniones, o juicios razonados. La homosexualidad es humana. Aunque todos no la sienten físicamente, sigue perteneciendo a todo el mundo, y cualquier persona puede hablar de ella – ¡ incluso los sacerdotes « heterosexuales » ! – porque la reflexión sobre el Deseo concierne a cada uno de nosotros. La homosexualidad no es un tema que pertenece específicamente a las personas homosexuales, aun cuando la mayoría de ellas lo hagan creer para no escuchar las verdades que el mundo exterior les revela en cuanto a los numerosos límites de su tendencia sexual. Es nuestro deber, como cristianos, de posicionarnos. ¡ Y he visto a gente supuestamente « heterosexual » tratar de homosexualidad con más pertinencia y mayor distancia que los que tienen los ojos cerrados y ninguna perspectiva sobre su propia condición homosexual ! Así que tú, ¡ tranquila ! 🙂

 

« Dado que es usted homosexual y católico, ¿ aceptaría contestar algunas preguntas ? Por ejemplo, ¿ qué opina de la frase siguiente ? : «La inclinación homosexual, aunque no sea en sí misma pecaminosa, debe ser considerada como objetivamente desordenada, ya que es una tendencia, más o menos fuerte, hacia un comportamiento intrínsecamente malo desde el punto de vista moral» (según La Carta de la Conferencia Episcopal : Matrimonio, familia y uniones homosexuales, 1994) Es decir, ¿ la inclinación homosexual, para usted, es desordenada, y se puede considerar el comportamiento homosexual intrínsecamente malo ? » Sí, estoy de acuerdo con esas palabras. Desde luego, son explícitas, pero rectas. Por haber sido testigo del desorden interior y exterior que provocaba la justificación del deseo homosexual en la vida de las personas que se sometían ciegamente a ello como si fuera un deseo que las definía por completo, y que fuera equivalente al amor entre una mujer y un hombre que se aman verdaderamente o entre un hombre continente y Dios, puedo decir que subscribo a éstas. Luego, me gustaría añadir al respecto mi propio estudio de terreno. He inventariado en las obras homosexuales (películas, novelas, biografías, discursos de muchos individuos homosexuales…) todas las citaciones inconscientes de la palabra « desorden », ¡ y hay muchas ! (y contra toda previsión, ¡ fueron hechas por personas que defendían la autenticidad de su deseo homosexual !) También he descrito la naturaleza dispersante, es decir más divididora que unificante, del deseo homosexual, a través del estudio de los símbolos recurrentes en las ficciones que tratan de la homosexualidad : las caras cortadas por la mitad, los animales con dos cabezas, los cuerpos quebrados, los gemelos, los siameses, los espejos rotos, los dobles esquizofrénicos, etc., todas estas figuras simbólicas de la división. Para mí, aquellas imágenes son el lenguaje del deseo homosexual, un impulso que conduce más a la dispersión y a actos donde dominan la fantasía narcisista y las pulsiones en vez de la Realidad y la Verdad (lo cual no significa que estén siempre totalmente desconectadas de las dos últimas).

 

« Para mí es difícil entender que, siendo la homosexualidad una estructura de la persona, aunque no sea de origen genético en la mayoría de los casos, sería/es algo malo y desordenado. Si soy sincera, en mi ignorancia, yo preferiría que la homosexualidad pudiera cambiarse mediante alguna terapia y convertirse en heterosexualidad. Pero según lo que leí, en psicología, no lo aceptan ni lo aconsejan, aunque haya grupos que alentan el cambio llamándolo ‘conversión’, ¿ eso es ? » Es cierto que no es deseable poner la homosexualidad en el campo de la genética o de la enfermedad por no ser simplemente una elección. Sin embargo, aunque no pretendo zanjar entre lo innato y lo adquirido (porque según yo, la homosexualidad sigue siendo una enigma que no hay que dilucidar por completo para dejar al individuo que la siente una libertad máxima, para no transformarla en destino, para no « patologizarla » ni esencializar el deseo homosexual y darle demasiada importancia en detrimento de la persona homosexual), he comprobado que el deseo homosexual era a la vez el indicio de una herida relacionada con un contexto de violencia real (violación, incesto, auto-desprecio, deseo de ser un objeto, aislamiento amistoso, etc.) y también la señal de coincidencias y de terrenos con futuro (determinantes o no), ambos caracterizados por una falta de deseo. Claro, hay que tener mucho cuidado con las terapias de grupo y todas esas sectas que estigmatizan a « los » homosexuales y los reducen a su deseo homosexual para quitárselo mejor y simular una conversión milagrosa a la « heterosexualidad ». Personalmente, no creo en la eficacia de aquellos métodos, entre otras cosas porque no considero la orientación homosexual como un factor determinante de la totalidad de la persona que la siente, ni como el mal absoluto. Además, lo que se juega a nivel de la sexualidad es muy misterioso y profundo : no creo que se pueda cambiar por completo cuando uno es homosexual, salvo los que se sienten bisexuales. Depende de la profundidad del arraigamiento de la homosexualidad en nosotros. En resumen, la herida homosexual sigue siendo un enigma con muchas incógnitas, incluso para mí. Dicho esto, todos tenemos algo en nosotros que curar … y está claro que el deseo homosexual, a partir del momento en que uno se entrega a él, hiere, e una fragilidad que hay que tomar en cuenta. He visto en las personas homosexuales que me rodean mucha frustración, miedo, timidez, odio contra sí mismas, misantropía (declinado en misoginia o androfobia), falta de confianza. Esto no es específico del deseo homosexual (existen otras clases de deseos dispersantes), pero el deseo homosexual está marcado por este desorden.

 

« Entonces, ¿ cómo comprende y vive su orientación sexual ? » En el momento en que te escribo estas líneas, trato de vivir la continencia. Después de 29 años de celibato total, y luego un período de un año y medio de experimentación de la relación homosexual carnal con hombres, vuelvo poco a poco a la continencia pero con más firmeza y pureza. En todo caso, con más seguridad. Esta promesa tiene que ser confirmada a largo plazo y por la alegría. Pero de momento, ¡ va por buen camino ! ¡ Mi corazón arde, y es más ardiente que antes !

 

« Con respecto a la frase siguiente en la misma carta, ¿ está de acuerdo con esta afirmación ? « En realidad, también debemos reconocer a aquellos que tienen una tendencia homosexual la libertad fundamental que caracteriza a la persona humana y que le da su dignidad especial. Debido a esta libertad, como cualquier rechazo del mal, el esfuerzo humano, aclarado y sostenido por la gracia de Dios, podrá permitirles evitar la actividad homosexual. ¿ Cree usted que una persona homosexual puede evitar la actividad sexual y debe hacerlo por su bien ? ¿ Está de acuerdo con la opción de la castidad para todos los homosexuales cristianos ? O también, ¿ piensa que la Iglesia debería ser más abierta ? ¿ En qué sentido ? Por ejemplo, ¿ cree que la acción pastoral católica a favor de los homosexuales debería orientarse hacia el apoyo de la fidelidad de las parejas homosexuales estables ? » Sí, estoy de acuerdo con la frase citada más arriba, porque creo en el poder de la acción de Dios en nosotros. Ahora bien, esta acción no es ni espectacular (¡ no se pide a una persona herida que corra los cien metros !), ni eufórica, ni una promoción para el matrimonio forzado, ni una incitación al abandono del deseo homosexual. Al contrario, cuanto más uno se acerca sin temor a su deseo homosexual y al « ambiente homosexual » para reconocerlos y entender cómo funcionan, tanto menos riesgos existen para él de confundirse con éste y de dejarlo dirigir su vida. Pero bueno, obviamente, alento al respeto de las parejas homosexuales y al apoyo de la fidelidad en su seno, sin que por ello nos engañemos sobre su fragilidad objetiva. No se ha de idealizar el amor homosexual, ya que tiene muchos límites (y no sólo porque la sociedad le pondría trabas ; es el deseo que es, por naturaleza, débil y violento). Tampoco hay que quitarle el calificativo de « amor », porque aunque sea un amor limitado, puede ser a veces el lugar del intercambio de diferencias, de ternura, de compromiso sincero, que no podemos dejar de lado.

 

« ¿ Conoce usted una experiencia eclesiástica diferente de la imagen que tenemos al leer únicamente aquella Carta ? » Confieso que, hasta el día de hoy, no he encontrado nunca a una pareja homosexual que me entusiasmó realmente (¡ y a parejas homosexuales, conozo muchísimas !). Pero jamás hay que jamás decir. Mi escepticismo no es definitivo. Si un día me toca encontrar a una pareja homosexual que me parece sólida y feliz a la larga, no dudaré en expresarlo. La única cosa que puedo decir ahora al respecto, es : « Lo veré más adelante », aunque sigo sin estar convencido de la fuerza del amor homosexual, y sé cada vez mejor por qué.

 

Desde el punto de vista de mi experiencia de Iglesia, no he encontrado verdaderamente a personas homosexuales que vivían una combinación armoniosa entre fe y homosexualidad : sea trataban de formar una Iglesia gay mientras se alejaban de la Iglesia institucional (como es el caso con la asociación cristiana David y Jonathán en Francia), sea me encontré con chicos aislados que reprimían su homosexualidad en una práctica religiosa en la que callaban sus tendencias (casos muy raros… y entre ellos, hay algunos eclesiásticos…). Pero confieso que, a día de hoy, no conozco a ningún hombre como yo, que asume de manera pública tanto su fe practicante católica como su homosexualidad.

 

Relativo a la acogida de las personas homosexuales en las iglesias, encuentro a los sacerdotes aún demasiado tímidos, timoratos, al respecto. Su actitud de miedo les hace a menudo torpes, incluso un poco condenadores. En el terreno, a la Iglesia católica todavía le cuesta tomar al toro homosexual por los cuernos. Haría falta una formación, un resumen completo, una palabra franca en la que basarse, para procurar no meter la pata y evitar el distanciamiento de ciertas personas de la Iglesia por la única razón de la homosexualidad.

 

« ¿ Me puede aconsejar también una bibliografía que me permita interarme mejor del tema ? (sea sobre la homosexualidad, sea sobre el punto de vista de la Iglesia al respecto). » Sólo puedo aconsejarte la lectura de intelectuales y teólogos tales como Xavier Thévenot, Jacques Arènes, Xavier Lacroix, o en un registro psicoanalítico y profano, Jean-Pierre Winter, muy sólido también. Es lo mejor que he encontrado. Y, por supuesto, mi libro … 😉

 

« Con permiso, aún tengo otra pregunta : ¿ qué piensa de los matrimonios entre personas homosexuales y de la adopción de niños por su parte ? » Trato del tema precisamente en mi ensayo. En pocas palabras, no soy favorable al matrimonio entre personas homosexuales, ni a la adopción de hijos por ellas. En ambos casos, es en nombre del respeto a la diferencia entre los sexos (la que consolida la unión de amor verdadero) y a la realidad de la familia, que defiendo este punto de vista. Ojo : cuando digo esto, quiero advertirte con insistencia contra una sacralización natalista de la procreación, o contra una idealización de la diferencia entre los sexos. No basta con que los niños existan físicamente, o que una pareja esté formada por una mujer y un hombre, para que haya amor real. No sólo tiene que estar presente la diferencia entre los sexos, sino que también aquella ha de ser coronada por un deseo verdadero y libre entre dos personas diferentemente sexuadas, y luego por la acogida de niños, para poder hablar realmente de amor y de familia.

 

« Disculpe porque me doy cuenta de que le acabo de someter una verdadera entrevista. Eso muestra cuan grande es mi ignorancia en cuanto a este tema. Le agradezco de todo corazón por su cooperación. A la espera de noticias suyas, que Dios le bendiga. Paula »

 

Paula, quiero darte las gracias calurosamente por haberme dado la oportunidad, a través de tu correo lleno de preguntas, de abordar cuestiones centrales sobre la homosexualidad. Tus preguntas atestiguan en ti de una fe muy viva, justa, incisiva, en marcha, fértil. ¡ Genial ! Me has hecho las buenas preguntas, y me permites expresar con palabras más sencillas lo que me habita desde hace mucho tiempo y que no había nunca formulado de esta forma. Hace 2 años, después de la lectura mi libro, un amigo de mi familia, un sacerdote ya mayor, me sugirió escribir un fascículo que propondría consejos prácticos para la acogida de las personas homosexuales por la Iglesia. Y tengo la impresión de que, gracias a tus interrogaciones, su deseo se ha cumplido. Es impresionante ver cómo el simple tema de la homosexualidad es por sí solo factor de discordia, de divisiones internas/externas, y de distanciamiento de la Iglesia. Ya lo he comprobado muchas veces con los recién adultos católicos presentes en nuestras iglesias. Entonces has llegado directamente al grano. Mil gracias. Por lo tanto, me gustaría mucho publicar en el sitio internet de mi libro nuestra entrevista que te mando ahora. ¿ Me lo permites ? Dios, que es todopoderoso, te bendiga. Tu (ya) hermano Philippe.

 
 
N.B. : Amigos lectores de lengua española, encontrarán todas las reacciones (desgraciadamente en francés…) a esta carta así como mis respuestas, en el sitio Padreblog.fr. Es uno de los artículos más leídos. ¡ Agradezco al padre Pierre-Hervé Grosjean y a sus compadres sacerdotes !

Letter to Sister Paula (Lettre à soeur Paula, in english)

Letter to Sister Paula

 

Anglais

(in english – translation : Dominique MACABIES)

 

 

Paula is a Portuguese missionary sister of the Community of the Servants of the Gospel. She is 46 years of age and currently lives and works in Japan. We have been introduced by a mutual friend, who gave her my address. Her mail struck me as being so pregnant in issues particularly relevant to the Church position on homosexuality, so indicative of the ignorance and uptightness of many faithful Catholics against the homosexual desire, that I decided to take the time to respond at length. I found this woman’s genuine search for truth touching, as well as her humility.

 

I will first copy her email and then attempt to answer her questions:

 
 

« Dear Philip,

How are you? It is a pleasure to meet you, even by e-mail. I am a Portuguese missionary in the same community as Celine, the Servants of the Gospel. My name is Paula and I live and work in Japan. I think Celine has already written to you about the subject I would like you to advise me about. Thank you for your time, first. Let me give you a little background information. A Japanese boy, a Catholic, has in recent months decided to quit his job better to do some thinking over his future because, while walking the Saint Jacques pilgrimage roads, he came to sense that maybe God was calling him to follow Him as a priest. He is not yet quite sure whether his place is with us, the Servants, but he asked us to accompany him on his path to discernment. We realize that, while he was baptized at birth (unlike the majority of Japanese Catholics, who receive the baptism of adults), he  finds it hard to trust the teachings of the Church and it sometimes becomes a real stumbling stone on the way to deepening his vocation. When I explained to him that often we must distinguish between the official position of the Church and Pastoral Care, he said it was very difficult to understand, because it feels hypocritical. He recently expressed doubts over the Church’s teaching on homosexuality. He says he is not gay and does not know anyone who is. However, he is keen on understanding the Church teaching on the subject, otherwise he fears that, once a priest, he may be unable to put into practice what the Church teaches and eventually have to give up the idea of the priesthood. “Right now, that is causing him to really put his calling into question. He has read the comments on the Letter of the Congregation for the Doctrine of the Faith on pastoral care for homosexual persons and it does not agree with his own views. He thinks it does not fit with Jesus’ attitude: a loving and merciful one. It would contradict the Gospel”. He also believes that it is not fair. Heterosexuals have the choice: matrimonial life or chastity dedicated to God, whereas gays only have the option of chastity”. Since I’m not gay, it’s really hard for me to form an opinion. I checked a little, but I do not know what opinion to accept as fair. I admit my ignorance on this subject and that is why I’m asking for your help: you are both gay and a Catholic; would you mind answering a few questions? For example, would you agree with the following?: “However, the homosexual person’s particular inclination is still a tendency, a more or less strong one, to adopt a conduct that is intrinsically evil from a moral standpoint. Therefore, that inclination itself must be seen as an objective disorder”. (Excerpt from the Letter of the Congregation for the Doctrine of the Faith on the pastoral care of homosexual persons). In actual fact, do you think the homosexual inclination is a disorder, and do you consider homosexual behavior as intrinsically evil? I personally find it difficult to understand this statement since homosexuality is part of the person’s structural makeup, even though it may not be genetic in most cases; why should it be a disorder? I am ignorant on the subject, but I sincerely had rather a homosexual could be changed into a heterosexual by means of a therapy of some sort. Yet, from what I’ve read, psychologists believe this is not acceptable, nor advisable, even if some groups support the change and call it conversion, am I right? So, how do you understand your sexual orientation and live by it? Do you agree with the following statement found in the same letter? “In reality, we must also acknowledge that those who have a homosexual tendency enjoy the fundamental liberty which characterizes the human person and gives it its special dignity. Because of this freedom, and the same applies to any other attempt at total rejection of evil, human effort, informed and sustained by the grace of God, will enable them to avoid homosexual activity”. Do you believe a homosexual person can avoid any sexual activity and should do so for their own good? Do you support the option of chastity for all gay Christians? Or, do you think the Church should be more open? In what direction? For example, do you think the Catholic pastoral care of homosexuals should be oriented towards supporting fidelity in stable homosexual couples? Is your personal experience of the Church different from the image that is presented just by reading that letter? Could you recommend a bibliography to enable me to become better informed about this? (Either concerning homosexuality or the Church standpoint). Allow me another question: what do you think about marriages between homosexuals and their adopting children? Please forgive me, as I realize I have been putting you through a tough questioning session! This should tell you how ignorant I am in these matters. Thank you wholeheartedly for your cooperation. I am looking forward to hearing from you, God bless you. Paula.« 

 
 

Dear Paula,

On second thoughts, I think I will try to reply in writing to your mail: it has stirred a lot of answers that I think are worth developing because they can be used by many other people, too. We can talk over the phone if you want… especially if we manage to coordinate our schedules!ˆˆ

 

If you don’t mind, I’ll read out your letter in a kind of linear fashion, so as not to miss a beat.

 

You write that the boy “finds it hard to trust the teachings of the Church and this sometimes becomes a real obstacle to deepening his calling”. At the risk of seeming a bit harsh and too straightforward from the start, I would say that I think one cannot consider going into the priesthood unless one loves the Catholic Church deeply and trusts it entirely; or if one accepts to be inspired and influenced by the misleading and shameful blotches on its reputation rumored around by the media these days (alleging the Church is still somewhat “backward” on some issues, out of step with social change and “narrow-minded”). The Catholic Church is human, flawed, but still divinely inspired: it is holy, despite all the human crap in it. That should never be doubted! Granted, confidence is something necessarily arbitrary and blind, but let me tell you I have oftentimes had the opportunity to experience how accurate the message of the Gospel is, and the same is true of the Pope’s and the Vatican institution’s. For example, let’s start talking about my homosexuality: I have always trusted the rather abrupt and dry message found in the Catechism of the Catholic Church on the matter, telling myself that the Church was right, though I could not yet understand why; that I would understand later; I had to do my own investigations to find other more personal words and compensate for the brevity of the Church standpoint. And finally, as of today, I do not regret such stubborn blindness at all! Even though I would not put things the way the Pope or even a St. Paul did, even though I have appropriated their message about homosexuality to express it in a more humane way, I have returned to the fold of my Church; I vindicate it and support its opinions. The Church is right when speaking against homosexuality, saying that homosexual acts are intrinsically disorderly. It is right to request continent celibacy. It is right when expressing its distrust of homosexual couples and homosexual desire. And who says so? A man like me, who has studied the subject thoroughly and written four books about it, while spending 10 years in homo associations! Not a boy who pays lip service to his opinions because he fails to accept his own homosexuality or to even approach it. Confidence in the Church – which is definitely not synonymous with absence of a critical mind or conscientious submission to any school of thought – is never disappointing, because I believe it, deep down, to be right and amazing. Yes, I claim more and more boldly that I am part of this family, the Catholic Church, and I am shocked at all the abuses my grandfather has to endure because he has the courage to air outloud what needs to be said about homosexuality, or about many other issues of sexual morality for that matter. It’s by reading his original texts and what Benedict XVI says that one realizes he is no way like the frustrated person the media make him out to be. Besides, he keeps tightly up to date with current events.

 

When I explain to him that often we must distinguish between the official position of the Church and Pastoral Care, he finds it very difficult to understand, because he feels it is hypocritical”. I fully understand he can’t go along with that line of thinking, separating theory and practice, the High Church and the Church for the rank and file (although I see which way you put it: the Vatican is in duty bound to articulate a moral framework, a general discourse, while afterwards adapting it on a case by case basis, allowing for exceptions, according to individuals and to unexpected human circumstances). This young man should be praised for “wincing” at our lukewarm attitudes and our temptations to dissociate ourselves from our institution to avoid living up to its demands, or from the bad image of ourselves that we would put across! At least, this is evidence that he is unconsciously keen on the Unity of the Church, that he is seeking truth, that he yearns for strong consistency between words and deeds, that he wants to fully embrace the Church, or not at all! I believe he should keep the share of beauty arising from his revolt (i.e. the search for Truth) while also consenting to the mystery of obedience. “Obeying” means “loving” when you pledge obedience to the right master.

 

Recently, he expressed his doubts over the Church teaching on homosexuality. He said he is not gay and he does not know anyone who is. However, he insists on understanding the Church teaching on this subject, otherwise he fears that, once a priest, he may be unable to put into practice what the Church teaches and might eventually have to give up committing to the Catholic priesthood”. It’s great that this boy is so intense, and that he is willing to get out of his comfort zone, to step into territory he a priori does not know much about (the gay world), and that he wants to exercise his apostolate by getting to grips with the real world. Please express my congratulations and encourage him to continue to “dig up the bullshit”, and never let himself be pushed around or sign a contract without being aware of all the provisions in it. So long as he accepts that we cannot keep control over everything, no more than grasp all God’s intelligence…

 

Right now, that is causing him to really put his calling into question. He has read the comments on the Letter of the Congregation for the Doctrine of the Faith on pastoral care for homosexual persons and it does not agree with his own views. He thinks it does not fit with Jesus’ attitude: a loving and merciful one. It would contradict the Gospel”. I totally understand this gut reaction. Then, one realizes that the impression we get of a lack of openness is not so much a matter of content as of the brevity of the articles in the Letter of the Congregation for the Doctrine of the Faith. Obviously, the message of the Church, even though it is not false, needs to be refined, made more precise, and it will then look more loving. I personally find that it still does not sufficiently deal with the matter of homosexual desire per se, nor with its connection with rape. That is why it can hardly carry much weight against the self-righteous discourse of unconditional openness to the other. The boy you speak about should not forget that “love thy neighbor” does not mean always approving people unreservedly, but may sometimes lead to saying “no” and expressing a requirement laid down quite firmly. Jesus would always welcome others unconditionally, but he assessed their acts with many reservations and demands, indeed! That is because he upholds Love as much as he feels for the people loved by this Love. Also because He empowers us, confronts us with our human limitations and our personal freedom. If he deemed us worthless, he would not bother to oppose our fantasies – though well-meaning as well, sometimes – when we believe we can take ourselves for Him. Quite the contrary: Jesus does not accept the adulteress with cutesy smiles and relativist open-mindedness: He loves her deeply, and that’s why He also tells her bluntly: “Go and sin no more”. He welcomes the person, but abhors sin. It makes an explicit request, which condemns the act, while uplifting the sinful soul. That’s why I consider the Church message on homosexuality as quite demanding but very evangelical, too. It is the bitterness that comes with the offered cup.

 

He also feels it is not fair. Heterosexuals have the choice: matrimonial life and chastity dedicated to God, whereas gays only have the option of chastity”. Well, first, let us agree on the meaning of words. Chastity is not equivalent to abstinence or continence: it is also to be experienced in a male-female couple, or with friends, or even between an artist and his work of art, because this is the right distance that makes the relationship possible, by resisting a destructive fusion-relationship. Then again, the call to continence for homosexuals is, admittedly, somewhat abrupt, I agree. It raised much doubt in me, too, at the time when I started to act in accordance with my homosexual desire. I would find myself attending masses where the homosexual condition was not even mentioned (on occasions such as the “Day for Callings” or “Family Sunday”). In their homilies, priest would suggest only two possible options to follow Christ: either the married couple (which I could not live by), or consecrated celibacy as experienced in the priesthood (which I could not opt for either, since homosexuals were barred from seminaries). This was somewhat narrow-minded and panicky, I thought. At the time, I almost shed tears over it and I silently begged the Lord, “But Lord, what path is there for us, gay people?? What is the way out?? Why should I be denied the right to love, too, since you gave me a heart made for love?” However revolted I used to feel, I did not leave the church for all that (my faith was too strong). It incited me to question myself, and opened a new path. Besides, over time, I understood that this limited and narrow path of continence offered to homosexuals was not a condemnation of Love, but rather a specific request that specifically acknowledged we homosexuals were unique; and also that it was a path that was neither easier nor more difficult to walk than marriage or the priesthood: it involves the same renunciation, the same complete gift of self, the same freedom. It is no less a way where one can truly love. The measuring rod of our degree of freedom and happiness is not the number of choices available to us, but indeed our exclusive choice of a single person, whether it be a person of the so called « opposite sex » or Jesus. Besides, homosexuals are not deprived of Jesus: on account of the limitations restricting their desire, they are specifically geared towards the “better part”. So why should they complain, or weep for being excluded from the model presented by our highly eroticized society as the only structure of true love? Somehow, their homosexual condition prepares them more directly and firmly to the royal wedding in heaven. If they know how to make the best of it, it is a chance for them to be somehow forced, by an inner desire that they have not chosen,  into dedicating themselves completely to the person of Jesus, since they are not called by the Church to experience something else with someone else. The Church asks them right away to do something great, crazy even by humanly terms, but glorious in eternity. They should rejoice! However, this only makes sense in the light of faith and the Resurrection.

 

Since I’m not gay, it’s really hard for me to form an opinion. I checked a little, but I do not know what opinion to accept as fair. I admit my ignorance on this subject and that is why I’m asking for your help: you are both gay and a Catholic; would you mind answering a few questions?” Don’t be afraid, Paula, of expressing your impressions, your opinion or reasoned judgments. Homosexuality is human. Even though not everyone is attracted to it, everyone is entitled to their own views about it, and everyone is entitled to talk about – including “heterosexual” priests! – since reflecting on desire concerns everyone. Homosexuality is not the special preserve of homosexuals, even though most of them suggest it is, to avoid having to hear what relevant views the outside world can express regarding the numerous limitations on their desire. It is our duty, as Christians, to position ourselves. Indeed, I’ve seen so-called “heterosexuals” deal with homosexuality with much more relevance and perspective than those who have their nose to the ground and so little perspective on themselves! So, do trust yourself.

 

You are both gay and a Catholic; would you mind answering a few questions? For example, would you agree with the following?: ‘However, the homosexual person’s particular inclination is still a tendency, a more or less strong one, to adopt a conduct that is intrinsically evil from a moral standpoint. Therefore, that inclination itself must be seen as an objective disorder’ (Excerpt from the Letter of the Congregation for the Doctrine of the Faithon the pastoral care of homosexual persons)”. In actual fact, do you think the homosexual inclination is a disorder, and do you consider homosexual behavior as intrinsically evil?”  Yes, I agree with that. Yes, these words are blunt to be sure, but they’re right. And yes I can say that I support that view, having witnessed the inner and outer chaos resulting from the justification of homosexual desire in the lives of those who blindly indulged it as if it was a desire that fully defined them or was equal to the love between a woman and a man who really love each other, or between a continent man and God. Let me add, besides, what my “field study” has enabled me to find out. In the works of homosexual (films, novels, biographies, speeches made by many gay people…), I have counted all the subconscious references made to the word “disorder”, and I found a great number of them! (And yet, they were made by people who claimed their homosexual desire was a genuine one!) I have also described the wasteful – i.e. more divisive than unifying, nature of the homosexual desire – through the study of recurring symbols in fiction dealing with homosexuality: faces cut in half, broken bodies, two-headed animals, twins, broken mirrors, schizophrenic doubles, and so on and so forth, all symbolically harping on division. As far as I am concerned, these images are the language of homosexual desire: an impulse that leads more to dispersion and to acts where narcissistic fantasies and impulses prevail, rather than Reality and Truth (which does not mean homosexuals are completely disconnected from the last two).

 

I personally find it difficult to understand this statement since homosexuality is part of the person’s structural makeup, even though it may not be genetic in most cases; why should it be a disorder? I am ignorant on the subject, but I sincerely had rather a homosexual could be changed into a heterosexual by means of a therapy of some sort. Yet, from what I’ve read, psychologists believe this is not acceptable, nor advisable, even if some groups support the change and call it conversion, am I right”. Truly, it is not desirable to justify homosexuality with genetics or passing it off as a disease simply because it is not a choice. However, even if I do not claim I am able to distinguish between nature and nurture (to my mind, homosexuality remains a mystery that is best left unsolved, so as to leave the one who feels it complete freedom, not to transform it into a destiny, and avoid “pathologizing” or “essentializing” homosexual desire, thereby conferring it too much importance relatively to the homosexual person), I found that homosexual desire is both an indication of an injury related to a context of real violence (rape, incest, self-contempt, desiring to be an object, social isolation, etc.) and the sign of coincidences and of personal leanings (be they determinant or not) marked by a lack of desire. Then again, one should of course be wary of those group therapies and of all those sects that stigmatize “the” gay person and reduce her to her homosexual desire so as to better eliminate it and pass it for a miraculous conversion to “heterosexuality”. I personally have no time for this, partly because I consider the homosexual orientation neither as a determinant of the whole person who feels it, nor as absolute evil. In addition, what is at stake in terms of sexuality is mysterious and profound: I do not think one can completely change when one is gay, unless one is bisexual. It all depends on how deeply homosexuality is anchored within us. In short, homosexual injury remains an enigma, and I don’t have the key to it. Moreover, we all have something in us to heal… and, clearly, homosexual desire, if indulged in, wounds the person, and indicates a weakness which should not be overlooked. I have noticed that homosexuals around me feel a lot of frustration, fear, shyness, self-hatred, misanthropy (aired in terms of misogyny or misandry), and lack of confidence. This is not specific to homosexual desire (there are other divisive desires), but homosexual desire is marked by this particular disorder.

 

So how do you understand your sexual orientation and live by it?” As I write, I try to remain continent. After 29 years of full celibacy, then a period of one year and a half of experimentation in homosexual carnal intercourse with boys, I am gradually but surely returning to continence. In any case, with more confidence. This is a promise that remains to be confirmed over time and using the joy I feel as a yardstick. But so far, I feel I am on the right path! My heart is burning, even more than it used to be!

 

Do you agree with the following statement in the same letter? « In reality, we must also acknowledge that those who have a homosexual tendency enjoy the fundamental liberty which characterizes the human person and gives it its special dignity. Because of this freedom, and the same applies to any other attempt at total rejection of evil, human effort, informed and sustained by the grace of God, will enable them to avoid homosexual activity”. Do you believe a homosexual person can avoid any sexual activity and should do so for their own good? Do you support the option of chastity for all gay Christians? Or, do you think the Church should be more open? In what direction? For example, do you think the Catholic pastoral care of homosexuals should be oriented towards supporting fidelity in stable homosexual couples?” Yes, I agree with the sentence quoted above, because I believe in the power of God’s work in us. Then again, His work is neither spectacular (it does not require a cripple to run the 100-meter race!), nor euphoric, nor a call for forced marriage, nor an encouragement to ignoring one’s homosexual desire. Quite the contrary. The closer we fearlessly acknowledge our homosexual desire and the “homosexual scene”, aiming at recognizing and understanding how they tick, the less likely we are to merge with it and let it control our lives. Nevertheless, of course, I encourage respect for same-sex couples and I support the loyalty they may have for each other, but have no illusions about their objective frailty. Homosexual love should not be idealized, as it has its own many limitations (and not just because society keeps throwing a spanner in the works; it is the homosexual desire which, inherently, is weak and violent). Conversely, there is no denying it is genuine “love” because, for all its limitations, it actually is, on rare occasions, a way to exchange differences, share tenderness and make sincere commitments, and that is not to be overlooked.

 

Is your personal experience of the Church different from the image that is presented just by reading that letter?” I admit that so far, I’ve never met a gay couple that I found really convincing (and not for want of meeting a great many!). But one should never say never. I am an open-minded skeptic. Should I one day meet a gay couple that seems strong and happy over time, I’ll be all too willing to mention it. For the time being, I can only “wait and see”… even though I’m still not convinced by the power of gay love and I know more and more the reasons why.

 

My experience in the Church itself has not really led me to meet homosexuals living a harmonious combination of faith and homosexuality: either they would try to start a Gay Church and pulling away from the institutionalized Church (I’m thinking of the “David and Jonathan Christian Association”), or I met lonely boys, who repressed their homosexuality while practicing a religion in which they kept their inclination to themselves (very rare occurrences… And I’m thinking of some church people as well…). But I confess that, to date,  I know of no boy like me, a practicing Catholic and homosexual, and publicly facing up to both.

Regarding the way homosexuals are treated in churches, I find priests are still shy, even bashful, on the subject. This often makes them awkward, or even somewhat judgmental. The Catholic Church, in practice, is still struggling to take the theme of homosexuality head-on. They’re in need of training, explanations, of a compellingly expressed opinion, on which to rely; this would help avoid blunders and keeping some people away from the church on account of the sole issue of homosexuality.

 

Could you recommend a bibliography to enable me to become better informed about this? (Either concerning homosexuality or the Church standpoint)”. I can only recommend works by the like of Xavier Thévenot, Jacques Arènes, or Xavier Lacroix; or, from a secular and psychoanalytical perspective (no less sound), by Jean-Pierre Winter. I have nothing better! Besides, of course, my own book … 😉

 

Allow me another question: what do you think about marriages between homosexuals and their adopting children?” As it happens, I have dealt with that issue in my essay. In short, I am neither favorable to gay marriage, nor to their adopting children. In both cases, my priority is respect for gender differences (which a truly loving marriage reinforces) and upholding the family; that’s why I put forward this view. Beware, however! When I say this, I mean to make it perfectly clear that it should not be misinterpreted: I do not sanctify procreation as a way to boost birth rates, and this is no idealization of gender differences either. For love to exist, it is not enough for children to be physically there, or for a couple to be made up of a woman and a man. Not only must the difference between the sexes exist but it must be crowned by a genuine and free desire between two people of different sexes, and then by the arrival of children: these are the prerequisites for it to be a love relationship and a true family.

 

Please forgive me, as I realize I have been putting you through a tough questioning session! This should tell you how ignorant I am in these matters. Thank you wholeheartedly for your cooperation. I am looking forward to hearing from you, God bless you. Paula.

 

Paula, I want to thank you for giving me the opportunity, through your questions-packed mail, to address central issues of homosexuality. Your questions show you have a vibrant faith, and a balanced, sharp, moving and fertile one. It’s great! You ask the right questions, and you allow me to put words on what has been inside me for a long time without ever articulating it that way. Two years ago, an elderly priest and close family friend, read my book and suggested I write a little booklet designed to provide a practical guide on how to welcome homosexuals in the Church. And I feel that through your questioning, his wish has come true. It is impressive to see how the mere mention of the topic of homosexuality triggers such discord, internal / external feuds, and causes so many to stay aloof of the Church. I have observed it even in young adult Catholics still present in our churches. So you’ve raised a critical issue. Thank you for this. So, as a result, I would like to publish the mail I’ve sent you, along with our exchange, on the website for my book. Would you mind? May God, who is all-powerful love, bless you. Sincerely yours, Your (already) Brother Philip.

 
 
Note: To find all the reactions to this letter along with my replies, consult this site: Padreblog.fr. This is one of the most visited articles on the site. I wish to thank Father Pierre-Hervé Grosjean and his team of priests for their kind support!

Bisexualité : le traître adoré

Bisexualité, le traître adoré

 

 

Quand on dit que l’homosexualité est « tendance » et que notre société actuelle encourage à la vivre, c’est à peine juste. Je crois plutôt qu’on essaie finalement de nous transformer tous en personnes bisexuelles pratiquantes qui ne doivent ni se définir en tant que telles ni assumer leurs actes sexuels. Selon le discours queerisant/bobo de nos contemporains et des prophètes de la Gender Theory, il ne faudrait plus se dire « homo », « hétéro », « bi », ou « trans », et encore moins « femme » ou « homme », mais juste « AMOUREUX ». Travail de « déconstruction », de  « lutte altermondialiste », et de « transcendance des normes culturelles » oblige. On assiste à une sorte de bisexualisation généralisée de la société, où débauche génitale et asexualité sont réunies au service de pratiques amoureuses violentes prétendument inexistantes et banales. Certes, à première vue, deux corps – voire plus si affinité ! – se rencontrent, les parties génitales se frottent concrètement, … mais pourtant, comme la conscience de l’autre et de soi, le respect du Réel, l’horizon procréateur, ne sont pas là, et que la différence des sexes n’est pas désirée, il n’y a pas de SEXUALITÉ à proprement parler. On est dans le génital ; non dans le sexué ni le sexuel.

 

 

Cette propagande du « tout génital sans le sexuel » montre bien l’écart schizophrénique qui se creuse entre intentions et actes, entre fantasmes et Réalité, entre sens et Sens : une bipolarité humaine caractéristique des phases de transition dans notre vie et qui n’est pas négative en soi tant qu’elle reste passagère et non-désirée (elle est justement le signe de notre liberté et de notre évolution !) mais qui peut devenir violente si et seulement si elle est considérée comme un absolu d’identité ou d’amour. L’ambiguïté pour l’ambiguïté conduit à la perte de sens, à l’angoisse, à la frustration, et à la violence. La psychanalyse nous redit que la bisexualité est un état transitoire, une phase enfantine qui, si nous accédons à une maturité d’adulte qui nous donne accès à l’Autre, n’est qu’une passerelle. En aucun cas elle est une identité éternelle. C’est pourquoi – et je vais majoritairement dans ce sens – la bisexualité, peut-être encore plus que l’homosexualité qui serait une réalité fantasmatique stable et définitive (ce qui reste encore à prouver…), est considérée comme un comportement et non une identité, comme une pratique ponctuelle, un « accident », une circonstance, une passade (d’ailleurs, les associations bis ne font pas long feu, en général ; et le courant idéologique actuel a tendance à présenter les bis comme des homos refoulés qui vont tôt ou tard choisir une homosexualité définitive), un papillonnage, une excuse pour l’infidélité et le non-engagement, une muflerie, un fantasme égoïste de toute-puissance (celle de l’Homme invisible androgynique), une hypersexualité surréaliste, que comme une réalité. Au fond, je crois qu’il est juste de penser tout cela sur la bisexualité, mais dans la mesure où on l’applique aussi à l’homosexualité. Car dans la communauté LGBT, on s’arrange de la faiblesse du statut bisexuel pour nier ses liens de parenté/fragilité avec le désir homo, et surtout pour ne pas remettre en cause l’idolâtrie (pour l’homme-objet et la femme-objet) que représente les désirs bisexuel/homosexuel.

 

 

Oui, j’ai bien parlé d’idolâtrie. C’est le point commun qui réunit personnes homos et personnes bis, et qui, de plus, est le nom de la relation qu’elles entretiennent les unes avec les autres. Les personnes bisexuelles recherchent autant qu’elles méprisent/utilisent les personnes homosexuelles : il y a en elles de l’homophobie intériorisée ainsi qu’une juste résistance à la caricature du coming out, à la parodie du couple homo, à la violence du désir homosexuel, au formatage du monde gay/lesbien. Du côté des personnes homos envers les individus bisexuels, c’est tout autant l’amour-répulsion. Elles les voient comme des faux frères, des honteuses, des gens instables, des dominateurs qui prennent et jettent, des hommes mariés avec qui il est impossible de s’engager, des êtres déchirés ne sachant pas ce qu’ils veulent, des clients, des dépressifs, des menteurs, des « papas » qui vont les entraîner dans les « enfers hétéros » (les exs, les possibles conquêtes féminines, les enfants, leur probable retour à une vie « hétéro » rangée), bref, comme des nids à inquiétude et à jalousie. Mais en même temps, pour les personnes homosexuelles, les hommes ou les femmes bis représentent malheureusement LE Fantasme sexuel et affectif par excellence ! Le rêve secret de la majorité des personnes homosexuelles, c’est de se trouver comme partenaire une personne « hétérosexuelle » (= un papa ou une maman de substitution ; quelqu’un de très masculin pour les hommes, ou de très féminin pour les femmes) qui par « amour » tomberait soudain amoureuse d’elles et deviendrait exceptionnellement bisexuelle. Généralement, les personnes homosexuelles n’aiment pas sortir entre elles : un mec trop efféminé, trop homo dans son mode de vie, (tout comme une femme trop « butch » côté femmes) coupe l’appétit. Elles attendent plutôt l’exception bisexuelle qui confirmera la règle homophobe de l’infamie amoureuse homosexuelle ! « On s’est rencontrés parce que c’était lui, parce que c’était moi… ; l’orientation sexuelle et les sexes n’avaient rien à voir, finalement ; s’ils avaient été prédéfinis, nous ne nous serions certainement pas aimés. »

 

 

Le seul grain de sable dans ce conte de fée bisexuel nommé « détournement des hétéros », c’est que la personne bisexuelle (et Dieu sait s’il y en a sur les sites de rencontres homos !), en acceptant de sortir avec une personne homosexuelle, devient fatalement avec le temps un petit peu voire beaucoup trop homosexuelle aux yeux des personnes homos ! Logique implacable ! Elle perd peu à peu le prestige de son titre vu qu’elle a agi en personne homo. La bisexualité n’avait la grandeur que de l’inaccessibilité et du désir homo non-acté. L’enchantement du début de relation s’évanouit. La faute du sujet bisexuel, ce n’est pas tant d’être double/illogique/encore un peu hétéro, que d’être trop homosexuel ! À un moment donné, il finit par être confondu avec une personne homo, et donc il doit dégager. Les personnes homos sont homophobes, y compris avec les individus bis !

 

Ce qui, aux yeux des personnes homosexuelles, paraît insupportable (mais qui est en réalité une bonne nouvelle), c’est que la bisexualité nous prouve que le désir homosexuel n’est ni essentiel ni profond pareil en chacun de nous. Elle met en lumière la caricature du coming out, nous oblige à ouvrir nos frontières vers l’autre sexe, nous rappelle à notre liberté profonde, nous dit : « Ne vous enfermez pas bêtement dans une homosexualité exclusive. L’Amour est une personne avant d’être une orientation sexuelle. N’ayez pas peur de vous laisser surprendre. » Car, en effet, quoi de plus beau que la bisexualité conjuguée à un engagement entier et fidèle dans une relation intégrant la différence des sexes ? Moi, personnellement, j’aime beaucoup rencontrer des personnes bisexuelles qui, après avoir vécu une phase homosexuelle, trouvent une stabilité conjugale durable avec une personne de l’autre sexe, car en général, la relation qu’elles vivent est réellement motivée par l’Amour, le risque, la confiance !

 

Pire que ça : la personne bisexuelle révèle aux personnes homosexuelles et à toute notre société que l’homosexualité est un désir de viol. Ben oui. Quand on dit qu’on est “bi” (souvent par peur d’avouer qu’on est homo ou hétéro), on porte à notre insu l’écriteau “Entrez, c’est ouvert ! Je suis prêt à toutes les expériences (sensuelles, sexuelles) !”… y compris le viol ! Bisexualité, tu nous trahit par l’appel inconscient au viol de ton choix d’ambiguïté !

Celui qui peace partout

Celui qui peace partout

 

L’Église la propose, je l’ose!

 

 

N.B. : Cet article, qui figure dans la revue Causeur de juillet-août 2011 a été initialement intitulé « La continence, orgasme du catho-homo !« . Je ne l’ai quasiment pas remodelé.

 
 

 

Que faire quand on est à la fois catho, homo, et au printemps de sa vie ? L’Église catholique propose une solution scandaleuse pour notre époque, une grosse blague bien sérieuse qui s’appelle CONTINENCE. Un truc qui ne s’oppose pas strictement au couple homo (le meilleur n’est pas l’ennemi du bien), un choix de vie qui ne ravit pas y compris les couples « hétéros » (qui sont loin d’être des modèles de vertu dans le domaine de la sexualité-engagement, c’est le moins qu’on puisse dire…), une solution à l’homosexualité qui paraît tellement irréaliste que peu d’ecclésiastiques osent seulement en prononcer le nom, de peur de passer une nouvelle fois pour les méchants-réac-ennemis-du-plaisir-et-de-l’Amour. Mais bon, tant pis ! L’Église propose. Le Peuple sanctifié que nous sommes dispose ! Et de toute façon, l’institution vaticane n’est plus actuellement à une « énormité idéologique » près, surtout quand cette énormité, une fois concrètement testée, procure un bonheur inédit et une joie d’exister qu’une vie de couple homo bien rangée ne donnera vraisemblablement jamais. J’en suis la preuve vivante, étant moi-même catholique, homosexuel, et vraiment continent !

 

Continence. Qu’est-ce que c’est que ce mot barbare ? – vous demandez-vous. La nouvelle trouvaille angéliste d’une Église catho soucieuse d’imposer sous une forme plus moderne ses interdits moraux sur la sexualité ? Sûrement pas. Qu’on L’écoute un peu parler de sexe, et on s’aperçoit vite que l’Église aime tellement le corps, les plaisirs, et le cul, qu’Elle leur offre des limites ! Un rapport avec l’incontinence ? On chauffe, on chauffe… Pour faire dans le jeu de mot trivial super illustratif et pédagogique, je dirais que l’incontinent, c’est celui qui pisse partout ; alors que le continent, c’est celui qui « peace » partout… c’est-à-dire qui donne sa sexualité à Dieu et aux autres pour mieux la vivre et lui donner sens, surtout quand il constate que le couple homosexuel, tout capable d’amour qu’il soit, est très limité, bancal, et peu idéal pour trouver le bonheur.

 

J’ose même dire que la continence dont l’Église parle est la Voie Royale proposée à des personnes qui, comme moi, ne se sentent appelées ni au mariage, ni au célibat consacré. Car il n’existe pas une seule et unique voie d’épanouissement sexuel dans ce bas monde. Et le célibat et l’abstinence ne sont pas des non-sexualités, mais au contraire d’autres expériences concrètes de la sexualité humaine, si riche et si diversifiée. Les enfants que nous avons tous été, les vieillards que nous serons peut-être, les célibataires que nous sommes universellement à un moment donné de notre vie, ne me contrediront pas : nous vivons tous de sexualité, 24h/24, de la naissance jusqu’à la tombe. Et même si nous sommes tous appelés à donner notre vie à une personne privilégiée, nous n’avons en revanche pas un destin de Roméo censé remplir avec sa « moitié » les restos les jours de st Valentin, ou les plateaux-télé en forme de camembert, dans l’optique de prouver au monde entier que l’amour-sentiment est plus fort que tout… et que l’Amour-engagement, éternel et unique, n’existe pas. La continence est à mon avis la meilleure façon d’assumer pleinement son désir homosexuel et d’en parler avec une réelle transparence, sans honte. J’ai remarqué qu’à partir du moment où on passait à l’acte homosexuel, à partir du moment où on justifiait son désir homosexuel – en tant qu’identité ou amour –, très vite on le dissimule et on ne cherche plus à le comprendre. On n’a plus la force de parler d’homosexualité. La continence, à l’inverse, nous sort de la justification, de la culpabilité, de l’idéologie, des mascarades, du mutisme, pour nous donner accès à l’explication, à la monstration, à la Vérité, à la liberté, à l’action. C’est en la goûtant qu’on se rend compte qu’elle est un véritable trésor, et qu’avant, l’ennui et l’anesthésie du cerveau nous engluaient dans la superficialité.

 

Alors si monsieur Tout-le-monde vous demande d’un air sceptico-bougon la définition de la continence, ne vous cassez pas trop la tête. Dites-lui d’abord (ça ira plus vite) tout ce qu’elle n’est pas : ni un appel à la chasteté (la chasteté n’est pas réductible à la continence : c’est la juste distance nécessaire à tout type de relation, y compris entre un homme et une femme, un artiste et son œuvre, un individus et ses amis, etc.), ni une sacralisation du célibat (le célibat en soi n’a pas de sens : il n’en trouve un que s’il est un don entier de son être à une autre personne UNIQUE, qu’on appellera Dieu ou individu de l’autre sexe), ni un synonyme d’abstinence (on peut s’abstenir pour tout et n’importe quoi, et pas forcément pour des buts louables). La continence, elle, vise à s’abstenir POUR quelqu’un… qui plus est Quelqu’un avec un « Q » majuscule puisqu’il s’agit de Jésus! Vous pouvez poursuivre en lui disant ce qu’est vraiment la continence : un don entier de sa personne à Dieu. Et si la pilule ne passe toujours pas, il ne vous restera plus qu’à balancer la comparaison pédagogico-vulgos entre continence et incontinence, que j’ai proposée plus haut, comparaison qui a son charme, sa clarté, et vous libèrera peut-être de l’indécrottable soupçon de « coincitude » qui pesait sur vous depuis que vous aviez prononcé le mot « Dieu ».

 

Qu’on se le dise ! La continence, ce n’est pas le bagne, ou une demande impossible. Cela ne devient inhumain que si on ne la vit pas pleinement ! Car ceux qui soi-disant se l’imposent à coup de martinet et de volontarisme de grenouille de bénitier, ne nous leurrons pas, ne la vivent pas : ils l’essaient mal, ou scolairement, et crient contre elle avant d’avoir mal ou de s’être laissé le temps d’y goûter avec leur cœur. Ce n’est pas ce que diront les détracteurs de la continence qui, dans une naïveté confondante, pensent vraiment que la sincérité affichée de ces faux continents vaut pour acte réel et pour preuve indiscutable que la continence est une démarche suicidaire et hypocrite ! Regardons les faits. Laissons de côté les intentions.

 

Vous me croyez si vous voulez. Les prophètes hédonistes de la jouissance sans entrave se foutent le doigt dans l’œil bien profond en pensant que les vrais coincés sont les cathos, que la sexualité-génitalité n’a pas vraiment d’enjeu ni de gravité (c’est vrai que la joie de l’accueil d’un enfant, c’est de la bagatelle…), ou qu’elle est forcément géniale d’être soi-disant proportionnelle au nombre d’expériences amoureuses accumulées dans une vie. Je n’ai jamais vu d’individus plus frustrés sexuellement que ces bêtes de sexe qui enchaînent fiévreusement, sans liberté aucune, les « plans cul » et les aventures de 6 mois avec différents partenaires. Les cathos, continents ou pas, sont à mes yeux, les serial-baiseurs les moins frustrés qu’il existe sur Terre. Il n’y a qu’à voir le nombre d’enfants et d’amis sereins qui gravitent autour d’eux ! C’est parce que les cathos aiment vraiment le sexe qu’ils se privent parfois de cul. Il ne faut jamais abuser des bonnes choses… sinon, on n’y goûte plus à force de s’en goinfrer.

SVP, ne nous donnez pas le mariage

SVP, ne nous donnez pas le mariage

 
 

Chers amis politiques français,

 
 

Nous voilà en route pour les présidentielles de 2012, à un virage décisif. Et comme vous devez le constater, la proposition de loi pour imposer le « mariage homo » comme légal – et tacitement « normal » – dans notre pays se fait de plus en plus pressante, impérieuse, surtout en ces temps de Gay Pride où certains preux défenseurs de la Cause homosexuelle s’activent à se trouver un nouveau cri de ralliement accrocheur, une excuse percutante à leur déni identitaire et amoureux, une légitimité médiatique, pour recoller les morceaux d’une communauté homo pourtant en mille morceaux. Ça circule déjà partout sur internet, sur Facebook. Ça se présente comme une évidence incontournable et logique. On s’indigne sur le « retard français » (tout dépend de ce qu’on met derrière le mot « progrès »…), sur « l’homophobie d’État » (nouvelle trouvaille idéologique, suite au tout récent NON de l’Assemblée Nationale il y a 4 jours, le 14 juin 2011 dernier). Et ça accule aux décisions hâtives.

 

C’est pourquoi je me permets de vous écrire cette lettre pour que vous entendiez une autre voix que celle de vos interlocuteurs homosexuels habituels. Quitte à passer pour un homophobe de première ou un traître à mon propre camp, je vous demande de ne pas défendre dans votre programme électoral le « mariage homo » pour les prochaines élections présidentielles. Peut-être que le cas français concernant l’avancée des droits des couples homos, qui vous est montré comme une eau stagnante et moribonde, n’est pas si honteux et désespéré que cela… Peut-être même qu’il est réellement révolutionnaire ! Moi, en tout cas, je le crois. Et j’aime chez certains membres de la classe politique – dont vous faites peut-être partie – la résistance, l’inquiétude intellectuelle, la prudence, l’entêtement, l’insupportable « lenteur ». Sans rien perdre de leur fougue révolutionnaire et de leurs ardents désirs de changement, quelques politiciens n’oublient pas que le vrai Révolutionnaire est aussi celui qui résiste aux slogans publicitaires du soi-disant « progrès », qui tient tête aux fausses révolutions de notre époque si gourmande de droits… et si réfractaire aux devoirs.

 

Alors, comme ces dirigeants souples et fermes à la fois, n’ayez pas peur d’être impopulaires, de rester lucides, et ne mettez pas toutes les personnes homosexuelles dans le même panier, je vous prie. Les membres de la grande famille Rainbow ne sont pas tous d’accord pour soutenir le projet de loi du « mariage homo », et loin de là ! (moi par exemple, je suis homosexuel, et je trouverais aberrant que l’Etat français donne aux personnes homosexuelles – même aux couples fidèles et durables – ce droit), et il est important que vous entendiez ces dissonances, car elles peuvent être plus justes que la partition simpliste des premières personnes auditionnées.

 

Avec force, je vous appelle à NOUS résister, nous, personnes homosexuelles. Je vous enjoins à tenir bon, à ne pas tout nous céder, même si notre chant coloré de sirènes pleurnichardes (« Avez-vous pensé à tous ces enfants malheureux dans les orphelinats ?… à tous ces malheureux ‘parents’ stériles, surtout…? ») a ses délices et offrira pour certains d’entre vous de nombreux avantages et applaudissements émus ! Je me doute que vous êtes en ce moment particulièrement pressionnés à créer un PaCS amélioré : pressionnés par votre conscience et votre narcissisme déjà… mais aussi par un entourage amical et politique de plus en plus « arc-en-ciel » ; tannés par certains médias (qui vous menacent de vous afficher comme des « réac’ » si vous n’applaudissez pas des deux mains au passage des sympathiques chars pink), par l’image séduisante de la « tolérance made in Gauche » (et par son antithèse, le Spectre du Conservatisme nommé « Christine Boutin et sa clique »), par les slogans Bisounoursscandés par les haut-parleurs des militants homosexuels hargneux, par de nombreux pays dits « démocratiques » et qui ont baissé leur garde pour « faire plaisir » à la minorité homosexuelle. Mais malgré tout, gardez la tête froide, suivez votre conscience et votre bon sens, en prenant toujours assise sur le Réel, et vous serez les plus forts. Durablement.

 

La Formalité

 

Pourquoi je vous demande avec insistance de ne pas nous accorder la loi du « mariage homo » ? Ne croyez pas que ce soit par pure provocation ou pour faire parler de moi. Ne croyez pas non plus que je refuse cette loi du fait que je la trouverais mauvaise. À mon avis, elle n’est ni mauvaise, ni impossible, ni désastreuse. Elle est juste inadaptée. Si je dis non à la loi du « mariage homo », c’est uniquement parce que d’une part, nous, personnes homosexuelles, nous ne la voulons pas vraiment (demandez-nous dans les yeux si notre requête est réellement réfléchie, ou le fruit d’un discernement longuement mûri, et vous aurez la réponse… : ceux d’entre nous qui réclament le mariage à cor et à cris le veulent en réalité « pour le droit de le refuser », ou bien « pour les autres mais pas pour eux-mêmes », et n’ont pas compris ce qu’était la réalité du mariage : un engagement ouvert sur la vie à travers la procréation, et non un petit arrangement entre amis, un banal contrat bourgeois et individualiste signé entre deux êtres non-procréateurs ensemble), et d’autre part parce qu’elle est inutile. Tout comme le PaCS, une telle loi n’apportera pas plus d’amour aux couples homos, ne changera rien à leur quotidien ni à la dualité déréalisante du désir homosexuel. Mais, en revanche, à échelle plus large, l’universalisation par voie légale du couple homosexuel, entériné socialement en tant que « famille » alors qu’il n’est objectivement pas une famille – puisque la vraie famille est fondée sur la procréation et la différence des sexes -, peut avoir, pour le coup, des conséquences beaucoup plus dramatiques que les récits idylliques ficelés par les quelques couples homos soutenant mordicus l’évidence qu’il est POSSIBLE qu’un binôme homo élève convenablement un enfant : quand le Droit s’éloigne du Réel, Il laisse le champ libre à des formes nouvelles de violence, et on s’en rend compte généralement sur le long terme. Le couple homo et le couple femme-homme aimant sont deux réalités sociales bien différentes – l’un est fermé à la vie donnée par la procréation, l’autre largement moins -, et n’aboutissent pas aux mêmes résultats, contrairement au couple homo et au couple hétéro qui sont des modèles conjugaux qui engendrent des violences et des divisions absolument similaires. Par conséquent, vous n’avez pas à les traiter de la même manière, ni à leur donner les mêmes droits/statuts sous couvert d’une égalité concrètement inexistante.

 

De plus, je crois que ce projet de loi du « mariage gay » est principalement le cache-misère de problèmes internes à la communauté homosexuelle que celle-ci ne veut pas regarder en face et régler… car la demande répétée de « droits presque inutiles » n’est chez elle qu’une stratégie du déni de souffrances. Comprenez bien que les personnes homosexuelles, en réclamant avec insistance des droits qui ne leur sont pas essentiels, qui sont surtout inadaptés à leur réalité et au bonheur de la société, trouvent la bienveillante indifférence sociale à leur égard finalement insupportable. C’est pourquoi elles en viennent à faire des appels inconscients, maladroits, capricieux, et de plus en plus agressifs, à leur société pour qu’elle leur dise enfin la vérité sur leur désir homosexuel. Aussi contradictoire que cela puisse paraître, elles ne demandent pas ce qu’apparemment elles demandent. Elles veulent plutôt que les ambiguïtés et les limites de leur désir homo-érotique soient démasquées. Elles espèrent (autant qu’elles craignent !) qu’on leur parle du viol réel qu’elles ont minoritairement subi, ou au moins du fantasme de viol qu’elles partagent toutes unanimement. Elles s’impatientent de voir dénoncés tous les manquements d’amour qu’elles ont vus dans les couples hétéros et les couples homos de leur entourage, toutes les souffrances que certaines lois « pro-minorités » irréalistes (qui fleurissent autour d’elles comme des champignons censés les combler… mais ça n’amuse/n’anesthésie qu’un temps Bébé) camouflent démagogiquement au nom de la tolérance et de l’égalité.

 

Le Cliché « profond »

 

Selon la poignée de militants homosexuels et de leurs démagogiques suiveurs gay friendly, qui se plait à nous caricaturer – nous les personnes homos réfractaires à cette loi du « mariage gay » – en obsédés de la famille ou de la procréation que nous ne sommes pas (il n’y a pas plus défenseur du célibat temporaire que moi ! ; et je précise que je n’idéalise absolument pas les familles avec enfants, ni tous les couples femme-homme, puisque pour moi la différence des sexes et la présence des enfants ne sont pas positives en soi, ni des absolus de bonheur), qui rêve de se racheter une image d’intellectuels progressistes tolérants et d’utiliser la communauté homosexuelle pour flatter leur narcissisme (… et surtout faire gonfler leur capital sympathie et leur porte-feuille !), le « mariage gay » s’impose comme la prochaine étape législative à conquérir en France. La « communauté homosexuelle », qui n’en est plus à son premier déni de souffrances ou cheval de bataille de pacotille, s’est trouvée le mariage comme marotte pour opérer un nouveau chantage aux sentiments… voire un chantage au spirituel, puisque l’institution du mariage entretient des liens étroits avec la religion (La corruption par la foi, c’est la plus sincère mais aussi malheureusement la plus malhonnête de toutes les corruptions ! Si les personnes homosexuelles étaient vraiment croyantes et pratiquantes, jamais elles ne demanderaient le « mariage »). Ne rentrez donc pas vous aussi dans le jeu de notre militantisme agressif gay. Vous le savez déjà, mais je le redis : ce qui doit présider à l’établissement des lois d’une société, ce n’est pas le sentiment, ni la compassion : c’est le Réel et le service du bien commun. Et dans le cas du « mariage gay », le Réel n’est pas respecté, étant donné que le couple homo n’est pas, par nature, procréatif ; et le bien commun n’est pas recherché par des individus homosexuels qui en règle générale méprisent la société et toute forme d’institution humaine traditionnelle. Si la justice et la loi française, pour faire comme « tout le monde » (mais quelle doxa se cache derrière cette soi-disant « Voix du Peuple » ?), s’amusent, sous la pression d’un certain lobby homosexuel et gay friendly (moi, je dirais plutôt inconsciemment homophobe !), si peu représentatif de ce que pensent réellement toutes les personnes homosexuelles, à donner artificiellement/législativement corps à un semi-mensonge anthropologique (je dis « semi-mensonge », car pris individuellement, les deux membres d’un couple gay pourraient très bien procréer chacun de leur côté, et fonder une famille), c’est le non-contrôle des fantasmes assuré, et la porte ouverte à l’expression sociale de la pulsion. Voulez-vous d’une société qui fonctionne à l’envie individuelle, où chacun fait ce qui lui plaît, où les limites civilisationnelles humanisantes qui nous rappellent la primauté et le respect de la Nature, du Réel, et des Autres, soient gommées ? Voulez-vous d’une barbarie institutionnalisée, dont on ne pourrait plus arrêter la course folle parce que les juges en seraient les gardes-fous ? Par pitié, ne soyez pas « sympas » avec nous les personnes homosexuelles ! Ne cherchez pas à nous faire plaisir ! Arrêtez de nous ménager ! Responsabilisez-nous plutôt ! C’est le meilleur moyen de nous respecter et de nous reconnaître vraiment. Ne nous enlevez pas notre identité. Réveillez les victimes de nous-mêmes que nous sommes devenus ! Vous ne devez pas cautionner nos revendications particularistes, même si elles s’avancent sous les hospices de la solidarité, du respect, et de l’ouverture universelle. Ce qui compte, ce ne sont pas les intentions : c’est la bonté en acte.

 

Depuis le début de mes recherches sur l’homosexualité, et dans toutes mes actions auprès des personnes homos, je n’ai de cesse de lutter en faveur de tous les exclus du « milieu homo », ceux dont la communauté homosexuelle ne parle jamais, et qu’elle maltraite, en plus : les hommes et les femmes bisexuels, les personnes transgenres et transsexuelles, les sidéens, les jeunes qui souffrent d’être exploités ou mal acceptés par le reste de leurs pairs homosexuels, les prostitués, les internautes malheureux, les pères de famille, les personnes homos discrètes (et fustigées par les militants), les mecs « casés » mais si seuls et si mal accompagnés. J’écris pour tous les coeurs brisés, pour les hommes homos maltraités non pas tant par la société « hétérosexiste et homophobe » que par leurs frères homosexuels, pour les suicidaires, pour tous ceux qui ne se reconnaissent pas dans le « milieu homosexuel » (… et pour ceux qui s’y reconnaissent trop pour ne pas s’y noyer). Je prête ma plume à tous ces sans-voix. Certainement pas pour leur inventer un « Malheur homosexuel » – qui, concrètement, n’existe pas -, ni pour m’écrire un destin de Pasionaria des Homos. Juste parce que cette souffrance-des-personnes-homos-créée-par-les-personnes-homos-elles-mêmes (et qui s’appelle homophobie) existe vraiment et reste intolérable ! Une loi en faveur du « mariage gay » enfonce encore plus dans le silence toutes ces personnes que je viens de citer. Alors de grâce : réfléchissez avant de proposer une loi qui efface nos repères anthropologiques fondamentaux.

 

Merci de m’avoir lu.

 

Courage ! La politique, c’est beau si vous l’exercez vraiment.

 
 

Philippe Ariño

 

Seigneur, je t’aime !

Seigneur, je t’aime !

 

 
 
 

Jésus, je T’aime ! J’ai le désir profond de T’aimer ! Comme un pauvre type, mal dans sa peau, parfois moche, con, maladroit, vieillissant, pas drôle, qui « craint du boudin », plein de contradictions, comme un malade mental légèrement impatient et psychopathe à ses heures, comme une tapette blessée qui ne sait pas aimer, comme un pécheur qui s’est servi parfois de Toi pour mal agir, je T’aime ! Comme un homme debout qui se sait aimé spécialement par Toi, je T’aime !

 
 

C’est toujours dangereux, raté, et inégal, de Te dire ouvertement « Je t’aime », Seigneur. Parce que si je Te dis mon amour sans aimer les autres (et à coup sûr, je les aime toujours mal, et moins bien que Toi), j’avoue finalement que je suis un menteur. Mais bien plus orgueilleux et menteur est celui qui, par obsession de la perfection et par refus de se tourner vers Toi, ne se risquera jamais à une déclaration. Alors je me lance ! Je suis sûrement un moins-que-rien, mais je m’en fous : je suis un moins-que-rien AIMÉ ! Et ça me suffit pour être pleinement heureux. J’ai fait des erreurs, j’en referai sûrement, je suis incorrigiblement orgueilleux, je ne sais pas pardonner comme Toi tu pardonnes, je ne serai jamais parfait. Je peux juste me laisser sanctifier par Toi, et cet abandon, ça ressemble bien à un vrai « Je t’aime » ;-).

 
 


 
 

Comment Te rendre et Te dire le bien que Tu fais dans ma vie ? Ta présence, c’est grisant comme une caresse. C’est chaud comme une soirée d’hiver en compagnie des SDF, comme du bon pain sorti du four du boulanger, comme le soleil de Pâques, comme un feu de cheminée interminable partagé entre amis (lors d’une soirée « sans alcool et sans clope » ;-)). C’est charmant comme la mer en Bretagne. C’est surprenant comme un miracle. C’est excitant comme un effort pour faire plaisir. C’est entraînant comme un bon zouk. C’est généreux comme mon père. C’est culotté comme Saint François d’Assise. C’est brillant comme un éclair dans la nuit. C’est fou comme Saint Antoine de Padoue. C’est efficace comme une chanson de Mylène Farmer. C’est paternel comme Jean-Paul II. C’est responsabilisant comme une promesse amicale, un rôle de poids dans une pièce de théâtre, un débat politique dense et respectueux, un voisin à aller saluer, une injustice à dénoncer. C’est rafraîchissant comme l’Esprit Saint. C’est dynamisant comme un clip de Britney Spears. C’est noble comme un texte de Michel Berger. C’est spirituel comme la Vierge Marie. C’est beau comme un ciel étoilé, comme la voix de Claire Litvine, comme un élève jadis paresseux qui se met au travail, comme un homme qui pardonne. C’est doux comme la compassion, les yeux, et la compréhension, de Véronique Labadie. C’est drôle comme un rire d’enfant, comme une blague de personne handicapée, comme une homélie de Paul Dollié, comme quelqu’un qui marche sur une merde de chien. C’est joyeux et grave comme Ta Croix.

 
 

Ta Parole me bouleverse tellement Elle touche au vrai et au concret de ma vie, de mes rencontres, instantanément. Elle sonne et tombe toujours juste. Elle est actuelle, tranchante, adaptée à tous les instants et les contextes. Elle me transperce l’âme, me fait pleurer de joie aux moments où je m’y attends le moins. Elle me fait taper du poing sur la table quand je vois Ton humanité bafouée. Elle me bouscule et me pacifie à la fois. C’est généralement pendant les baptêmes d’enfants ou d’adultes que j’exulte intérieurement de la Joie du Ciel.

 
 

Jésus, comme dirait Lorie (la célèbre philosophe), Tu me fais voir l’Amour autrement, et c’est ça que j’aime. Avec Toi, tout prend un éclairage différent. La recherche de Sens devient première. L’action plutôt que l’intention, urgente. Même le laid, même la connerie humaine (et ma propre connerie !), même la souffrance, même la mort, me paraissent dérisoires à côté de Ta solide et discrète Victoire. Tu es ma plus belle paire de lunettes, celle qui m’empêche de voir la vie en rose ou bien en noir, celle qui me permet de regarder le monde tel qu’il est, avec le feu puissant de l’Espérance. Un feu inextinguible, dévorant, exigeant. Tu rends sage le plus crétin d’entre nous, profond le plus superficiel des garçons (j’en sais quelque chose !), drôle le plus grossier des personnages, aimante la plus « Marie Salope » des personnes homosexuelles. J’aurais pu devenir une vraie pétasse homosexuelle (je le suis peut-être encore, et je ne suis pas à l’abri de le rester toute ma vie !)… mais Tu m’as libéré, Tu me libères encore pour un peu de temps, Tu m’accordes, à travers Tes saints prêtres catholiques et le Sacrement de la Réconciliation qu’ils administrent, la Miséricorde qui me nettoie le coeur. Sois béni pour Ta patience et Ta confiance ! Sois béni pour Ton Intelligence qui dépasse la mienne ! Merci de T’être servi de ma blessure homosexuelle pour manifester Ta Gloire ! Merci de m’avoir permis de Te servir tout en partant de ce que je suis, de ce que je T’ai proposé, sans chercher à me changer fondamentalement !

 
 

Quand Tu n’es pas là, je me fais chier comme un vieux rat mort. J’ai l’impression de brasser du vide, de « parler bête », de profiter égoïstement de la vie sans y goûter pleinement. D’ailleurs, j’ai de plus en plus de mal à comprendre ceux qui prétendent se faire chier à la messe : ils ne T’ont pas rencontré, ce n’est pas possible ! Maintenant, la messe à l’église, c’est le seul moment de ma semaine où je ne m’emmerde pas, où je n’ai pas l’impression de perdre mon temps. Si, pendant l’enfance et l’adolescence, je regardais ma montre, aujourd’hui, c’est à peine si je ne trouve pas la messe dominicale trop courte ! Avec Toi, je ne m’ennuie jamais. Et si j’ai l’impression de m’ennuyer, c’est qu’en réalité je m’éloigne de Toi. Pareil pour la prière : elle ne devient rasoir que si je ne prie pas, en fait ! La Bible se convertit en tissu de mensonges et amas glacial de tables de Loi que si je ne L’ouvre pas ou que je La survole. C’est l’éloignement de Toi qui est horrible ; pas le rapprochement. Tu es LE VIVANT, de toute éternité ! S’il-Te-plaît, Seigneur, fais-moi toujours vivre de Ta Vie.

 
 

Sans Toi, tout me paraît pâle, sans saveur, sans sel, « bien/sympa/cool » mais pas « meilleur ». Le monde athée, laïcard, hédoniste, pseudo humaniste, et « publicitairement solidaire », s’agite autour de moi, panique, s’offusque, s’indigne, me montre son visage grimaçant de clown qui pleure et qui rit pour masquer sa dépression et ses actions mauvaises. Il m’entraîne dans un abîme de vanité car il ne se laisse pas aimer par Toi et ne veut pas Te connaître. Et il suffit que je Te vois à travers Tes prophètes actuels, Tes Sacrements, Ton Pape, Tes messes, Ta Bible, Tes pauvres, pour que ma vie retrouve toute sa saveur. Récemment, je suis allé voir le film dont on fait grand cas, « Le Discours d’un Roi » (de Tom Hooper), mais qui, à côté de Ta Parole, me semble un pet de lapin. Toi, Jésus, Tu n’as pas besoin d’une armada de violons, d’images montrant un public nombreux fasciné par ce que Tu dis, pour que Tes mots aient du poids. Ta Parole est naturellement vraie, forte, juste, sans que Tu aies besoin d’en faire des caisses. Elle a autorité sur nos recherches puériles d’émotion, de spectaculaire, de magie : Elle est concrètement plus magique que magique, plus réelle que le réel. Tes paraboles, tes duretés d’Ancien Testament, tes serpents qui parlent (et pourtant, je ne crois pas aux serpents qui parlent !) et tes mers qui se scindent en deux, sont plus vrais que nos journaux télévisés, que nos « vérités scientifiques », et que nos valeurs humanistes anthropo-centrées (si sincères et si peu vraies !). Tu es LA Vérité en partage pour tous les Hommes. Ce n’est pas parce que Ta lumière est reflétée dans d’autres religions et sur des personnes qui ne sont pas officiellement croyantes que Toi et Ton incarnation humaine en l’Église catholique romaine cessez d’être l’unique et le seul vrai soleil de l’Humanité. J’ai goûté à Votre chaleur, et je rends témoignage à ce Plaisir que vous m’offrez en abondance ! Amen.

 
 

UPD. (… pardon… UDP)

 
 

Philippe

 
 

Je suis plus gay friendly que ces militants-là !

Je suis plus gay friendly que ces militants-là !

 

 

Tout comme il existe beaucoup plus de Noirs racistes qu’on n’imagine, je ne rencontre quasiment que des personnes homophobes parmi les personnes homosexuelles de mon entourage, et ceci d’autant plus parce qu’aucune ne semble faire le lien (pourtant logique) entre adoration de soi et haine de soi. Sans doute sont-elles trop occupées à se sacraliser elles-mêmes et à s’innocenter dans la victimisation, trop focalisées sur leurs « bonnes » intentions et leur combat pour les « droits des homos » plutôt que sur la réalité, pour s’aimer vraiment elles-mêmes et se voir agir/parler… Méfiez-vous donc de l’homophobie inconsciente des soi-disants « plus grands défenseurs homos de l’homosexualité ». Elle est redoutable. Pas pour les autres. Mais d’abord pour eux-mêmes et leurs « semblables ». Méfiez-vous de ceux qui vous veulent du bien sans le faire.

 

Contrairement aux apparences ou à ce que j’ai pu entendre dernièrement d’ « amis » homos qui voient d’un très mauvais oeil mes investigations sur l’homosexualité, ou bien le lien – insensé et douteux à leurs yeux – que je fais entre ma foi catholique et mon désir homosexuel (ou entre fantasme de viol/viol réel et homosexualité : pour eux, un pur délire paranoïaque…), je suis bien plus pro-gay que la grande majorité des personnes homosexuelles. Je le clame haut et fort. Non pour cultiver un paradoxe identitaire provocateur et faire mon intéressant ; mais juste parce que je pense que c’est vrai. En essayant, par mes travaux et mes prises de position (que peu de mes pairs cherchent à comprendre et à découvrir) de dire aux personnes homos les limites de leur désir homo et de leur(s) amour(s), en les aidant à comprendre leurs créations artistiques et leurs propos, en mettant en résonance et en lien leurs vécus, en les invitant à s’écouter elles-mêmes et à se respecter plus, je fais davantage oeuvre de salut de l’homosexualité que tous ces gens – les membres de la communauté homo en première ligne – qui applaudissent à l’homosexualité sans réserve, et qui, au moment où l’on s’y attend le moins, retournent leur veste et se montrent d’une cruauté homophobe sans nom. Certains militants LGBT – que je côtoie maintenant de près grâce à des réseaux associatifs explicitement homosexuels -, qui se croient très gay friendly et homosexuels assumés du simple fait de défendre aveuglément une identité homosexuelle et un amour homosexuel qu’ils ne questionnent jamais (défense qui, en plus, s’est révélée historiquement désastreuse pour la communauté homo : les camps d’extermination nazis « pour homosexuels » suite aux thèses essentialistes et très « gay friendly » d’Hirschfeld, ça vous dit quelque chose ? et quid de l’effacement progressif de la spécificité du désir homosexuel dans la pensée « gender » et « queer » actuelle ? et la défense égalitiste et libertaire des « droits des homos » opérée au nom de tous les personnes homosexuelles à qui on n’a pourtant jamais demandé l’avis réel et dont on ne tient pas compte ? et la défense eugéniste et pourtant « pro-gay » d’un gène homo pour prouver que l’homosexualité n’est pas une anomalie ni un choix ? et que dire des outing via l’encouragement « généreux » et pressant au coming out ?), commencent ces temps-ci à me soupçonner de plus en plus d’homophobie. D’où viennent ces accusations infondées ? D’une part, je crois que ces fondamentalistes du désir homosexuel sentent inconsciemment et à raison que je suis 100 fois ami des personnes homos qu’eux, et que par mon amour/ma connaissance de la culture homosexuelle je suis capable de prouver leur homophobie inconsciente et l’incroyable censure qu’ils exercent sur la production artistique et intellectuelle de leur communauté. Et d’autre part, je pense qu’ils ne supportent pas de voir que leur amour des personnes homos est bien plus intentionnel qu’effectif. C’est en effet tellement contradictoire et douloureux d’admettre qu’on est son pire ennemi, qu’on aime mal quand on aime trop, et qu’on se cache derrière l’affichage de prétentions pro-gay sans consistance pour mieux se haïr soi-même à travers le soutien de ses soi-disant « camarades » qu’on ne cherche pas à connaître et qu’on n’aime que de loin…

 


 

Ces militants LGBT zélés et convaincus du bien-fondé indiscutable des « actions » de leur(s) Front(s) de Libération, ces animateurs-radio « bénévoles » (mais qui paradoxalement ne sont pas du tout là gratuitement, dans un esprit de service), ces journalistes de la presse communautaire (cyniques et insipides), ces porte-drapeaux d’une opérette nommée Gay Pride, ces libraires lâches et inquisitoriaux (qui se permettent de mettre à l’index des oeuvres qu’ils jugent « homophobes » pour ne privilégier que les navets narcissiques d’auteurs homos qui n’intéressent personne et qui vendront « beaucoup » juste le temps d’une rentrée littéraire), ces pseudos intellectuels/artistes qui croient défendre la culture homo de tout leur coeur (parce qu’ils côtoient des « stars » et empilent dans leur bibliothèque des ouvrages qu’ils ne questionnent pas au-delà de leurs petits goûts et leurs « impressions de 4ème de couverture ») mais qui en réalité en sont les premiers censeurs, me traînent en procès d’homophobie… alors que ce sont eux les véritables personnes homophobes ! Ils n’y connaissent pas grand-chose à la culture homo, appauvrissent les oeuvres qu’ils « lisent » (de travers) pour n’y entendre que ce qui les rassure, et vont diaboliser les seules consciences qui leur montreront leur auto-censure homophobe en les traitant d’ « homophobes » et en cherchant dans l’entourage de ces dernières les amitiés suspectes pour les diaboliser. Ceux qui ont vraiment lu mes écrits savent que je défends la culture homo comme personne. Ceux qui me voient en présence de mes amis homosexuels savent que non seulement je ne suis pas homophobe, mais que de surcroît je suis plus gay friendly qu’eux, que j’ai plus à coeur de les unir qu’eux, que j’ai la blague et la convivialité faciles, que je n’ai aucun complexe à me dire homo et à entrer en contact avec mes semblables d’orientation sexuelle (contrairement à eux qui se disent en général « hors milieu », anti-efféminés, anti-clichés homos, anti-ghetto gay, qui n’organisent jamais de soirées, et qui se haïssent sans se déclarer encore une guerre ouverte), que j’aime le Marais et les gens qui s’y trouvent, que je crois plus que la grande majorité d’entre eux en la force de l’amitié entre personnes homosexuelles. J’ai vu, à travers mes deux années à la radio, l’ignorance, et surtout la complaisance dans l’ignorance, de ces militants homosexuels qui se présentent comme les défenseurs de leur communauté, mais qui concrètement ne font rien pour l’aider à sortir de la victimisation, qui ne cherchent pas à comprendre le désir homosexuel tel qu’il est (dans son ambiguïté idolâtre et violente), qui n’aiment pas leurs auditeurs ni la culture homosexuelle (je me suis assez fait taper sur les doigts dès que je proposais des pistes de réflexion sur le désir homosexuel qui sortaient de l’habituelle justification/sacralisation bien-pensante de l’identité homo éternelle ou de l’ « incroyable beauté » des amours particulières, pour le dire!). J’ai vis à vis des personnes homosexuelles le même rapport que je pourrais avoir avec les membres de ma propre famille : je ne suis pas toujours d’accord avec eux (c’est peu de le dire…), parfois même je les trouve très cons et ne me sens pas compris par eux, mais malgré tout cela, ils restent quand même des frères dont je me sens solidaire, responsable, redevable, des frères que j’aime. Le conflit n’est pas que la haine : c’est parfois la vie et l’intérêt que l’on porte à l’autre. Le débat n’est pas qu’une opposition : c’est souvent le dialogue avec un enjeu de vie. La résistance n’est pas que le signe d’une rupture relationnelle : elle est parfois la condition à la relation, le refus d’une fusion mortifère. Et quand je m’oppose à l’amour homo et au désir homosexuel, j’aime vraiment les personnes homosexuelles. Bien plus qu’elles ne le croient !

 


 

On aime en vérité quand on prend le risque de dire parfois « non » à l’autre. Dans notre société actuelle, on veut nous faire croire à tort que l’amour est un « oui » béat et aveugle. Rien de plus faux ! L’amour vrai n’est pas un « oui » inconditionnel et démago. C’est un « oui » désirant et exigeant. C’est un « oui » qui propose une direction, un engagement entier et unique qui n’est pas confortable. C’est un « oui » du partage mais aussi un « oui » de l’unité dans ce partage (et cette unité restreint fatalement, regroupe, délimite, balise, nous frustre, qu’on le veuille ou non !). Les parents du monde entier, ou les histoires d’amitié vraie, nous apprennent que l’amour fort et juste, même s’il fait du « oui » sa priorité, sait parfois dire « non » avec fermeté pour guider et soutenir ceux qu’il aime. Et je pense que les militants homosexuels, qui ne savent pas se dire de temps en temps « non » parce qu’ils sont terrorisés d’apprendre qu’ils se détestent eux-mêmes et entre eux, non seulement ne s’aiment pas mais cherchent inconsciemment à se détruire… quand bien même ils jouent pour un temps très limité la comédie de la complicité amicale « entre pétasses », ou la parodie de l’amour-passion avec des amants de passage. Pour ma part, je pense aimer beaucoup plus les personnes homosexuelles en ne leur cédant pas tout, en m’opposant parfois avec poigne à leurs revendications irréalistes, à leur gourmandise égalitiste et mégalomaniaque, qu’en leur laissant tout faire et en validant passivement leurs utopies collectives, aussi sucrées et belles cinématographiquement soient-elles.

 


 

C’est très facile d’être intentionnellement pro-gay. Tout le monde, même le pire des hommes homophobes, peut être pro-gay et sincèrement tolérant, s’il s’agit simplement de signer une pétition et d’afficher pendant 5 minutes ses intentions humanistes sans avoir à les faire suivre des actes qui leur correspondent, s’il suffit de se dire ennemi du mal et preux défenseur de l’amour sans avoir à aimer concrètement, s’il faut juste sourire sur la photo rainbow en « faisant sa follasse » et continuer d’être ignoble avec soi-même et ses semblables en toute bonne conscience ! Moi aussi, je peux le faire ! Sauf que je ne suis pas assez homophobe – ces ignorants de militants LGBT diraient « assez gay friendly » – pour ça. Je rends véritablement service aux personnes homosexuelles en les bousculant dans leurs certitudes, car le désir homosexuel pose objectivement/moralement problème, et les encombre concrètement dans leur vie, quand bien même elles l’idéalisent et le défendent pour faire bonne figure et arborer l’orgueilleux visage du « Réconcilié-avec-lui-même ». L’homophobie des hommes/femmes publics identitaristes homosexuels ne se réduit pas à l’affichage télévisuel ou radiophonique de leurs intentions gay friendly : elle s’étend, à mon sens, au refus, chez eux, de se considérer comme possiblement homophobes parce qu’ils refusent de remettre en cause le violence qu’ils sont capables de déployer pour justifier la légitimité de leurs bonnes intentions au détriment des actions justes qu’ils pourraient poser… mais qu’en général ils ne posent pas. Combien de militants homosexuels je vois crier sur les toits le bonheur d’aimer homosexuellement, réclamer à cors et à cris le mariage gay… alors qu’ils trompent régulièrement leur copain ! Pour moi, les personnes homosexuelles les moins homophobes qui existent sont finalement celles qui ne se présentent pas uniquement comme « des » homosexuels, qui n’imposent pas l’amour ou le « couple » homo comme idéal, et qui savent tenir tête à la course folle aux « droits LGBT » conçus pour tuer l’ennui et certains différences fondatrices du Réel. Je les invite à lutter contre l’homophobie, mais cette fois en l’entendant comme ce qu’elle est vraiment : la haine de soi (déclinée en fierté publicitaire d’être homo). Pas un prétexte qui colporte le mensonge, qui est une parodie d’amour de soi à travers la victimisation, et qui encourage à la haine des autres.

Décryptage des « chats » internet gay

 

 
 

INTERNET,

LE NOUVEAU « MILIEU HOMOSEXUEL »

QUI N’OSE PAS DIRE SON NOM

 
 
 

On entend dire de plus en plus que la communauté homosexuelle a du mal à faire bloc, à ne pas se disperser, que la convivialité des lieux de drague est en perte de vitesse parce que « les » homos ne sortent plus. En France, elle aurait les espaces de sociabilité suffisants pour accueillir tous ses membres, mais ceux-ci, en bons enfants gâtés, déserteraient les locaux associatifs, les bars de tous les Marais du monde, et les endroits étiquetés gay friendly ; ils ne se déplaceraient plus (ce qui est assez vrai) dans les festivals culturels qui leur sont dédiés ; ils privilégieraient les rencontres inter-personnelles plutôt que les rassemblements en grand groupe, et fuiraient au plus vite leurs semblables une fois qu’ils auraient trouvé chaussure à leur pied ; les centres LGBT n’attireraient pas foule (on y voit les bottes de foin rouler… Il ne manque plus que le miaulement du chat de gouttière et l’harmonica des films de western pour que le tableau soit complet !). La Gay-Pride, jugée « trop caricaturale et communautariste » est fuie comme la peste (d’ailleurs, elle s’hétérosexualise à grand pas !). Le « milieu homosexuel » est-il donc en train de mourir alors même qu’il vient à peine d’être reconnu ? Où sont donc passés « les momosexuels » ? Et surtout, si ces derniers n’ont pas disparu par l’opération du Saint-Esprit, quels sont ces nouveaux lieux où ils entrent en contact ? Comment les définissent-ils, et quel rapport entretiennent-ils avec eux ? Car je ne suis pas loin de penser que toutes ces personnes homos, qui se définissent à l’unisson « hors milieu » alors qu’elles ont pourtant les deux pieds dedans puisqu’elles ont majoritairement élu domicile dans l’espace faussement virtuel, faussement éclaté, et faussement mouvant, qu’est Internet (que je définirais volontiers comme le « Petit Milieu » homo), ont construit un nouveau milieu homosexuel qui ne veut pas en porter le nom, l’endroit le plus homophobe et donc le plus homosexuel qui soit : les sites de rencontres homosexuels. GayRomeo, Citegay, Gboy, Gaypax, Gayvox, etc. : la gamme des supermarchés de l’amour homo est étendue… sachant que, pour multiplier leurs chances, beaucoup d’utilisateurs s’inscrivent simultanément sur plusieurs d’entre eux, et surfent de l’un à l’autre, … comme des caméléons schizophrènes agents doubles.

 
 

 

Je me permets d’insister sur l’importance qu’occupe Internet dans la vie de nombreuses personnes homosexuelles. Parce que, même si leur présence derrière les écrans n’est pas assumée (elles diront souvent qu’elles y vont en dilettante) et qu’elle peut être très épisodique, la fréquentation des sites de rencontres reste une pratique très courue dans les sphères relationnelles homosexuelles. Internet est à l’heure actuelle l’outil n° 1 choisi pour la recherche d’amour. Il est plébiscité par la grande majorité des communautaires. Il mobilise énormément de leur énergie et de leur temps, et génère beaucoup de mal-être en eux, en dépit de l’aspect ludique et interactif qu’il présente.

 

Alors certains me rétorqueront : « Ouais, mais ce que tu dis sur le milieu homo sur Internet, c’est pareil pour les hétéros. C’est pas propre aux homos ! » Cependant, je maintiens que même s’il y a des points communs indéniables entre les sites de rencontres amoureux dits « hétéros » et les sites homos, il existe néanmoins une attraction plus marquée du désir homosexuel et des personnes homos pour l’outil virtuel. Je citerais volontiers l’Enquête sur la Sexualité en France (2008) de Nathalie Bajos et Michel Bozon pour appuyer cette idée : « Les femmes et les hommes homo-bisexuel-le-s rencontrent plus fréquemment des partenaires par Internet que les femmes et les hommes hétérosexuel-le-s : 24,5 % des femmes homo-bisexuelles et 41,6 % des hommes déclarent ainsi avoir déjà eu un partenaire rencontré par Internet contre 2,7 % et 4,3 % chez les femmes et hommes hétérosexuels. » Que cette attraction pour le virtuel s’explique par un phénomène d’oppression sociale due à un statut minoritaire ou à une invisibilité de survie ne change rien à la donne. Internet séduit particulièrement les personnes homos. Et c’est pourquoi j’ai eu envie, dans ce nouveau Phil de l’Araignée, d’aborder le monde virtuel comme une métaphore de la communauté homosexuelle, et, pourquoi pas, du désir homosexuel aussi.

 

Les sites de rencontre homos sont en train d’évoluer à la vitesse de l’éclair. En gros, on va vers plus d’immédiateté et de consommation. Je pense notamment à l’influence croissante de Facebook, de MSN, des I-Pad, des webcams, d’autres sites de rencontres généralistes tels que Meetics, ainsi qu’aux applications I-Phone (comme Aka-Aki, GrindR, No Pic No Dial, etc.) qui sont très courues par les personnes homos (ces applications permettent à leurs utilisateurs de se rencontrer très vite dans leur champ géographique le plus proche. Elles les transforment mine de rien en prostitués, avec une chaîne autour du coup ou une puce électronique greffée dans la peau, prêts à l’emploi, à consommer sur place, détectables et joignables à tout moment…) Tous ces médias parallèles servent de relais « bonne conscience » aux sites de rencontres communautaires connus, et élargissent considérablement les frontières du « milieu homo ». C’est pour cela que la définition du « milieu gay » que j’ai donnée dans mon livre il y a quelques années se vérifie : il est finalement réductible à tout lieu où une personne ressent un désir homosexuel, qu’elle se retrouve dans la solitude d’une discothèque bondée à Paris ou dans le calme d’une maison campagnarde de province.

 

 
 

CODES ET SYMBOLISME DES « CHAT » GAY

 
 

Je vais vous proposer maintenant un petit tour symbolique des sites de rencontres Internet gay, à travers la grille de lecture des codes de mon Dictionnaire des codes homosexuels. Ce sera un peu une sociologie des « chat » homos que vous allez lire, avec des observations personnelles à propos des points communs que j’ai pu relever sur les profils des internautes. Et fort de mon expérience (je les ai fréquentés deux années, de 2000 à 2002 ; puis 3 ans, de fin 2008 à début 2011, avant de les quitter définitivement en février 2011), je pense pouvoir dire que les dangers du surf sur les sites de rencontres homos ne me sont plus totalement inconnus… même si, dans ce domaine-là, plus on se targue de bien les connaître afin de se justifier d’y rester inscrit, plus on tombe dans le panneau ! La longévité sur les sites de rencontres internet n’est nullement un gage de distance et de maturité. C’est le détachement définitif qui, à mon sens, dira réellement la grandeur d’âme d’une personne, et non simplement la bonne connaissance intellectuelle et empirique de l’espace virtuel.

 

Je vous épargnerai donc le laïus pleurnichard habituel de ceux qui se plaignent d’Internet, et qui disent que les « chat » homos « c’est trop cul, trop superficiel, trop cul, trop marchand » parce qu’ils les ont trop fréquentés (et qu’ils continuent de les fréquenter chroniquement), et parce qu’ils se comportent généralement comme les autres internautes, même s’ils jouent un moment les dandys esthètes qui sortent du lot et qui aiment la Nature. Ce qui m’intéresse, ce sont les dénominateurs communs que partagent inconsciemment les utilisateurs de ces sites de rencontres, leurs tics de langage, les réactions étranges et tragicomiques, les « perles » langagières, les attitudes aberrantes ou saugrenues qu’on peut y entendre. En voici quelques exemples, avec leur notice interprétative qui n’engage que moi :

 

–       Code de « l’homosexuel homophobe » : Presque tous les internautes homosexuels se disent « hors milieu », et ne supportent ni les folles ni les efféminés. C’est très curieux, le fait que ces sites soient tout à la fois la fois des concentrés d’homosexualité et des concentrés d’homophobie ! Ça veut bien dire ce que ça veut dire sur la nature idolâtre du désir homosexuel, qui est pour et contre lui-même. Par ailleurs, il est amusant de constater que malgré la revendication d’une originalité absolue, la grande majorité des inscrits s’auto-proclame athée, agnostique, de gauche (politiquement parlant), et disposée à faire du sexe sans sentiments si l’occasion se présente. L’anticonformisme est bien le mot d’ordre et le conformisme des communautés nouvelles qui se sont pliées tacitement à l’idéologie individualiste ambiante. Ah oui ! J’allais oublier ! L’internaute gay lambda, dans ses lignes de profils où il se présente, se sent obligé en général de sortir cette phrase d’anthologie hyper militante : « J’aime pas les cons. » Normal… quand on ne s’aime pas soi-même.

 

–       Code « extase » :  Voici un tic de langage que j’ai souvent remarqué chez les internautes de ces sites : c’est qu’ils nous renvoient presque toujours la balle quand on leur pose une question, même quand celle-ci est hyper informelle et pas du tout inquisitrice. Comme des automates, ils finissent leurs petites phrases laconiques par : « Et toi ? » (ex : « J’en ai parlé juste à quelques amis. Et toi ?»). Ce « Et toi ? », grotesque et risible tellement il est systématique, est une béquille qui leur permet de ne jamais parler d’eux. Ceux qui l’emploient bannissent toute introspection. En plus d’être un aveu de paresse, et de témoigner d’un faux intérêt pour l’interlocuteur en face, il illustre qu’ils n’ont rien à dire et qu’ils s’extériorisent systématiquement pour ne pas avoir à constater leur vide intérieur.

 

–       Code du « chien » : En lien avec le cannibalisme, on observe que dans la majorité des profils, les internautes choisissent en conclusion pseudo comique de leur pourtant clinique présentation d’eux-mêmes, cette phrase : « Vous pouvez venir me parler : je ne mords pas (lol). » Les je-ne-mords-pas, mieux vaut ne plus les compter tellement on les lit partout ! Ce trait d’humour m’énerve autant qu’il m’interroge. Je me suis toujours dit qu’il décrivait symboliquement des instincts canins. D’ailleurs, quand on lit certains pseudos, on comprend que l’association injurieuse entre homosexualité et zoophilie n’est pas le fait de prétendus « méchants homophobes », mais bien des personnes homosexuelles elles-mêmes. Il n’est pas rare qu’un internaute se définisse comme un « garçon sage », un « mec gentil », un « gars sympa et cool », un « homme trankil qui ne mords pas (quoique…) » Autrement dit un bon toutou, bien obéissant et soumis…

 

–       Code « parodie de mômes » : Quiconque vient sur les chat homos a l’impression de débarquer sur une grande cour d’école avec des adultes illettrés restés au stade de l’enfance. Je vais vous citer les lignes de profil d’un gars de 25 ans que j’ai lues textuellement en février 2011… et ce n’est malheureusement pas un cas isolé : « Je veux me trouver un gentil doudou qui prendra soin de moi et dont je prendrais soin ! Un doudou poilu, avec qui je partagerais plein de centres d’intérêts et qui aime faire la grasse mat le dimanche matin. » Dans ce genre de sites, même les hommes mûrs de plus de 40 ans écrivent comme des élèves de CE2. Orthographiquement, c’est pathétique. On se demande s’ils le font exprès pour se donner un style jeune… mais on se rend vite compte que non, en fait ^^. (Je précise, pour les utilisateurs de ces sites qui auront la force de lire ces lignes – et ils ne l’auront vraisemblablement pas – que le verbe « chercher » ne s’écrit pas « ch » ; que le mot « amitié », ça ne finit pas par « -er », même si phonétiquement c’est le même son ; et que l’abréviation « sa » pour remplacer le pronom « ça » n’est pas une vraie abréviation ;-)).

 

–       Code du « désir désordonné » : Je définis souvent le désir homosexuel comme un manque de désir. Et sur les sites de rencontres homos, l’absence de désir et d’engagement amoureux est très marquée. Il y a un nombre incalculable de personnes bisexuelles, d’hommes mariés, et de personnes homos semi-célibataires ou en «couple libre » (joli euphémisme pour dire « infidèles » et « mal casés »…). Personne ne semble vouloir être là pour quelque chose de précis, ni savoir ce qu’il veut : les habitants des sites s’évertuent à dire qu’ils sont « cools », « sympas », « tranquilles »… pour ne pas à avoir à s’interroger sur leur désir profond. Le plus drôle, ce sont ceux qui disent qu’ils veulent du sérieux et qu’ils sont exigeants, alors que leurs phrases sont bourrées de fautes. Ou alors ceux qui expriment, avec des conjonctions de coordination « ou » partout, tout et son contraire : « Je veux ça OU pas ; Je veux idéalement du sérieux, mais entre temps, je n’ai rien contre un plan Q… ; Pour une nuit OU pour la vie. » Nous pouvons lire sur les profils toutes les expressions de l’hypothèse, qui marquent le manque de désir et d’engagement : « On verra bien… Qui vivra verra… au feeling… voire plus… à vos claviers… En attendant… Et plus si affinités… » Les internautes employant ces formules évasives te promettant la lune (ou plutôt l’un de ses quartiers !) sont les mêmes qui vont pourtant te proposer un verre dans la seconde, en méprisant Internet. En fait, ils veulent masquer que s’ils n’ont rien à dire dans le virtuel, c’est qu’ils n’en auront pas plus à dire dans le réel.

 

–      Code de « artiste divin » : Bien souvent, les internautes homosexuels se prennent pour des oeuvres d’art ou des artistes demi-dieux. En d’autres termes, ils se confondent avec leurs goûts. Ils ne parlent pas de leur avis sur la vie, de leurs opinions, de leurs valeurs, du sens de l’existence et de leurs actions : ils se contentent de déblatérer tout ce qu’ils aiment (et généralement, leurs goûts sont liés à ce qu’ils consomment, non à ce qu’ils font concrètement pour les autres). Ils pensent que quand ils ont dit qu’ils aimaient la musique, le ciné, les voyages, la cuisine, le sport, les expos, ils ont tout dit d’eux, ils ont parlé d’amour de la manière la plus belle qui soit. C’est toujours la navrante confusion entre goûts et amour, ou entre esthétique et éthique : j’aime le glace au chocolat comme j’aimerais un homme. D’ailleurs, les pseudonymes choisis sont souvent des paroles de chansons ou des titres de films. Je m’appelle « Bleu-Noir », j’aime Almodovar ou François Ozon… donc j’ai vachement de personnalité. Les Carpe diem (comme je les appelle), ces hédonistes épicuriens qui confondent les sens et LE sens de la vie, ou bien leurs émotions et l’amour (« je bande… donc je suis et j’aime »), adoptent un optimisme de façade pour cacher leur état dépressif et leur manque de confiance en eux. Ils se servent de l’excuse de l’art, de l’ésotérisme, et de la recherche de bien-être, pour édulcorer et colorer leurs instincts sexuels (ex : ils proposeront des massages tantriques ou des visites de musées… juste avant de passer « comme par enchantement » au plan cul.)

 

–       Code « se prendre pour le diable » : Beaucoup d’internautes se prennent pour le diable. Ils puisent abondamment dans le lexique démonologique pour le choix de leur pseudonyme (Ex : « Angeldevil », « Sans-Logique », « Satanas75 », « Mephisto », etc.). Ils se mettent à la place de satan pour exagérer leur mépris d’eux-mêmes et le nier par une auto-suffisance ironique. Mais généralement, cette identification à Dieu ou au diable exprime chez eux la croyance qu’ils ne peuvent pas aimer et être aimés véritablement.

 

–       Code des « bonbons » : Certains internautes se définissent eux-mêmes comme des bonbons, des biscuits, des friandises (« Crunchyboy », « Lollypop », « Sugarbabe », « Ptibiscui », etc.). Ce ne sont pas des denrées de première nécessité, mais des aliments qui ne nourrissent pas, qui expriment le jeu et la culture de consommation de masse. Bref, un désir de viol.

 

–      Code du « milieu psychiatrique » : Une critique revient très souvent dans les lignes de profils des internautes homos : ils souhaitent éjecter de leurs dials tous les « mythos, psychos, schizos, et dépressifs en tout genre »… parce qu’en effet, il est vrai qu’au fil des discussions, on rencontre extrêmement souvent des personnes inconstantes, dont le discours ne tourne pas rond, dont l’identité est incertaine, dont la souffrance et les pathologies crèvent l’écran. Les gros handicapés de la relation et de la communication sont légion sur ces sites. On a l’impression certains soirs de se promener dans un asile psychiatrique non-agréé, où la pulsion et les émotions sont reines, où les propos raisonnés et l’humour simple n’ont plus droit de cité. D’ailleurs, la grande majorité des internautes en parlent tellement, de ces « mythos psychopathes », qu’on douterait presque qu’ils se dénoncent eux-mêmes…

 

–      Code de l’ « amant narcissique » ou de l’ « amant photographique » :  Les garçons qui se prennent en photo devant leur glace, dans une piscine ou un reflet aquatique, avec leur téléphone à la main (= les Statues de la « Libertine »), sont nombreux. On a droit au cortège de photos pseudo artistiques avec des poses de divas (genre « je suis une star, je suis original, je fais des shooting photos design ultra-conceptuelles, parce que je suis un bibelot pas comme les autres »), ou bien carrément des clichés indécents (genre « je fais l’amour à la caméra et je prends des positions de chiennasse ») qui seraient à mourir de rire si elles ne traduisaient pas un désir de viol bien souvent actualisé.

 

–       Code de la « prostitution » : Non seulement il y a énormément d’usagers de ces sites de rencontres homos qui se montrent nus (ou bien torse-poil), mais en plus beaucoup qui proposent des « plans cul » (moyennant parfois finances, ou plus souvent consentement de consommation mutuelle et désengagée – je me suis concentré pour la trouver, celle-là…). En se baladant sur les chat gay, on pourrait parfois penser qu’on se trouve vraiment dans une maison close, tellement les attitudes et les comportements s’apparentent à ceux qu’on observe dans les sex-shop et le milieu prostitutif… sauf que sur Internet, la monnaie d’échange sera l’émotionnel, la tendresse, le sexe, les sentiments, les mots doux. Chaque internaute a son box (= son trottoir), sa fiche technique, ses mensurations, le descriptif de ses « besoins » et « envies de prince charmant ». Certains se choisissent d’ailleurs des noms de putes (« jhTBM », « mec-chaud », « beurcoquin », « Hotnight », j’en passe et des meilleurs…). C’est le règne de l’auto-pornographisation, de l’auto-érotisation par l’outil-Internet… même si cette forme de prostitution, qui transforme tout participant de ces sites en bout de viande sur un étalage, s’est démocratisée au point de faire oublier sa violence car l’utilisateur se choisit lui-même comme « mac », et se prostitue apparemment de plein gré.

 

–       Code du « conte » : Paradoxalement, les internautes qui passent leur temps à dire qu’ils ne croient pas aux contes de fée et au prince charmant, et qui critiquent le plus sévèrement les idéaux d’amour, sont ceux qui chantent à tue-tête qu’ils attendent de vivre « une belle histoire », ou bien – je cite – « un petit bout de chemin » avec leur partenaire amoureux. L’amour est saucissonné en minuscules rondelles. Et l’existence humaine, en « tranches de vie » (j’adore cette expression… elle est tellement poétique…). Ils disent qu’ils ne croient pas en l’amour, et je pense en effet que c’est vrai : ils restent dépendants de leur croyance aux « coups de foudre », ces simulacres d’amour qui poétisent la pulsion.

 

–       Code « promotion canapédé » : Parmi les occupants de ces sites, il y en a qui rédigent carrément pour leur profil une offre d’emploi, qui avec humour écrivent un CV, ou bien qui se proposent en amant-objet ou en bébé à la recherche d’un baby-sitter (Se rendent-ils d’ailleurs compte que leur « déclaration d’amour », derrière la blague qui sent la déformation professionnelle et la consommation future, insulte déjà celui qui la lit, et prouve leur arrogance d’employeurs / leur soumission de prostitués opportunistes ?). Je suis dispo, prêt à l’emploi, je mesure tant, je suis actif ou passif ou auto-reverse, je recherche quelqu’un qui soit d’accord pour m’entretenir. Voilà ma notice. Tu peux m’acheter si t’as les moyens, ou me remettre sur le rayon / à la poubelle une fois que tu te seras lassé de moi. Je te jugerai selon tes compétences professionnelles, en tant que gigolo ou escort boy, même si ton contrat se résume à un CDD. C’est beau l’amour…

 

–       Code de « l’étrangère » : Beaucoup d’internautes anglicisent leur nom, se choisissent des pseudos avec des chiffres (moi, j’appelle ça des codes barres), ou bien des prénoms à consonance étrangère. C’est à mon avis une manière de se rendre exotiques, de se présenter comme des objets, et puis surtout de se considérer comme hors de soi, comme un électron libre, un errant, une personne qui a fui sa sphère de conscience, qui est étrangère à elle-même. Il est d’ailleurs souvent question d’extase, quand on les écoute.

 

–       Code « plus que naturel » : Comme pour masquer leur superficialité de romantiques qui surchargent leurs manoeuvres amoureuses d’intentions et d’esthétisme, beaucoup d’internautes vont jouer les bobos et revendiquer leur côté « nature », leur exceptionnelle authenticité. Par exemple ils aiment bien se photographier dans plein d’endroits bucoliques et exotiques, dans des destinations de rêve assez roots. Ils se métamorphosent en nains d’Amélie Poulain, et rêvent d’apparaître comme des Citoyens du monde éloignés des stéréotypes du gay classique qu’ils vomissent. On les voit avec le Taj Mahal en toile de fond, ou alors vêtus d’une combinaison de plongée (genre je suis un grand aventurier, cultivé et simple à la fois), ou bien avec le Machu Picchu derrière eux (à mon avis, il doit y avoir sur ce site touristique péruvien un cercle blanc marqué au sol avec l’inscription « Reservado a Gayvox y Gboy »…). Ou alors ils se prennent en photo avec une pose de poète face à la mer, ou d’intellectuel assis à son bureau et entouré d’une bibliothèque très fournie et prouvant leur bon goût. Genre moi je suis hors milieu, et ma présence sur ces sites de débauchés est purement accidentelle. Ils semblent oublier un peu vite que tous leurs voisins virtuels jouent la même comédie esthétisante du poète va-nus-pieds maudit et supra-naturel…

 

–       Code de « Frankenstein » : Je pense en particulier à tous ces internautes qui s’expriment comme des robots. On pourrait les baptiser « les sex-machines ». Ils écrivent parfois tout en majuscules (c’est assez étonnant). Leurs phrases sont à peine compréhensibles. Ils adoptent un style télégraphique. Ces êtres venus de je ne sais quel espace ne semblent vouloir qu’une chose : du CUL. Avant d’en croiser quelques-uns en vrai sur la toile, je ne pensais pas que ce genre d’androïdes analphabètes aux discours insensés pouvaient exister (et je continue de croire qu’il y a un coeur chaud qui bat en eux, malgré les apparences ^^). Quand ils daignent échanger quelques mots de conversation, ce qui est plutôt rare, ils déversent toujours les mêmes phrases : « Tu ch koi ? » ; « sa va ? » ; « Tu fè quoi de bo ? » ; « No pic, no dial ». Contrairement à ce qu’on pourrait croire, ce ne sont pas eux qui emploieront les tant décriés « lol » et autres « mdr » (personnellement, j’ai toujours trouvé que ceux qui osaient justement employer les « lol » étaient les internautes les plus sympathiques de tous.) Ils ne sont justement pas assez drôles pour cela. Eux, ce qu’ils veulent, c’est s’oublier et devenir des hommes bioniques. C’est pourquoi ils se présentent en pièces détachées (on ne voit d’eux qu’un torse, un buste sans tête, un sexe, un corps morcelé en somme).

 

–      Code « éternelle jeunesse » : Ce n’est un secret pour personne : sur ces sites de rencontres, en dépit du mépris des vrais jeunes – abruptement taxés de « minets idéalistes et sans cervelle » -, c’est la jeunesse physique (surtout pas la jeunesse de coeur) qui est sacralisée, au détriment des corps réels et vieillissants. Les chat sont les royaumes des hommes mentant sur leur âge et présentant des photos très datées d’eux-mêmes. On ne veut plus d’éternité, mais d’une immortalité qui ne trouve son incarnation que dans l’homme-objet inerte et déshumanisé.

 

 
 

CELA VAUT-IL LE COUP D’Y RESTER ?

 
 

Il n’y a pas tant de monde que cela sur les sites de rencontres gay, il ne faut pas croire. Les chiffres indiquant le nombre de connectés, c’est comme les statistiques de manifestants affichées par certains syndicats ultra-politisés : ils sont souvent grossis, publicitaires, incitatifs. Internet n’est pas loin de ressembler à un faux lieu habité, à un parc d’attractions fantôme. Entre ceux qui sont connectés pleinement et ceux qui sont connectés de loin, on a peu idée de qui est vraiment là. En tout cas, EN DÉSIR, il n’y a pas grand-monde… donc au final, ces sites restent des centres commerciaux trop luxueux et trop spacieux pour nous, des maisons inhabitées (… ou semi-habitées). Néanmoins, ils sont plus habités que ce que ses consommateurs en disent. Car ils sont le lieu de toutes nos schizophrénies, de nos fuites, de nos manques de désir, de nos absences, de nos secrets… puisqu’on s’y rend idéalement pour en partir ou pour y être invisible, on assume très peu d’y aller. On y est pour ne pas y être.

 

Internet n’est pas assez aimé. Sûrement parce que nous n’en sommes pas assez détachés, nous n’y sommes pas assez humains et investis, nous lui laissons nos âmes (à défaut de notre corps), et que nous ne l’utilisons pas pour les bonnes raisons/actions. Beaucoup d’internautes homos préfèrent maudire leur P.C. (= Parti Communiste ^^) plutôt que de se regarder calmement agir et assumer leur présence sur le réseau. Or il y a de l’humain dans Internet. Il y a des gens de chair et de sang derrière leur écran. Il y a des âmes qui vivent, qui agissent pour le monde, et qui sont capables d’aimer. C’est pour cette raison qu’il ne faut pas mépriser l’outil dit « virtuel » ; nous avons même à être ses fervents défenseurs. Évidemment, le Réel reste à privilégier… mais Internet, en tant que reflet et serviteur du Réel, est un des chemins qui peut nous conduire à l’amour du Réel. Le discours que je tiens à propos des sites homos n’a donc rien du pamphlet anti-technologique, anti-Internet, ni même anti-ghetto gay. Les personnes homos doivent continuer de pouvoir se retrouver librement sur le net, selon leur orientation sexuelle. C’est maintenant les raisons premières de la création de ces sites, ainsi que le « pour quoi » (= les actions) qu’ils encouragent, qu’il convient de revoir et de changer radicalement.

 

 

Une croyance tenace (je serais tenté de dire magique et idolâtre, car il y a de l’idolâtrie dans le mépris) habite la majorité des utilisateurs des sites homos : ils vont prétexter qu’ils ne doivent rendre compte d’aucun de leurs agissements, de leurs mots, de leurs sentiments, parce qu’Internet, qui occupe pourtant une place non-négligeable de leur quotidien, « ce n’est pas si important que cela car ça n’est, au final, que du virtuel », qu’une illusion de Réel. Ce n’est que du virtuel ? Bien sûr que non ! Cela ne devient « que du virtuel » (= comprendre superficiel, destructeur) seulement si nous le voulons ! L’instrument multimédia, aussi abstrait qu’il soit quand nous n’en usons pas, et aussi limité qu’il soit quand nous en usons (parce qu’il n’aura jamais le pouvoir d’agir à notre place ni la force de se substituer au Réel : il n’est qu’une loupe qui décuple l’image du Réel et surtout nos fantasmes, nos sentiments, nos émotions – qui, quant à eux, peuvent agir si nous ne les contrôlons pas), parle de nos actes réels et peut aussi nous encourager à agir concrètement. Ceux qui décrètent que tout ce qui se passe via internet n’est que mensonge, illusion, irréalité, sont en réalité ceux-là mêmes qui démissionnent de leur responsabilité d’en faire quelque chose de bien, de cet outil, et qui laissent leurs fantasmes agir à leur place dans la vie concrète. En méprisant ainsi le virtuel, ils ne voient pas qu’ils se méprisent eux-mêmes, vu qu’ils vouent paradoxalement un culte au Dieu-Machine qui aurait vaincu l’Homme de toute éternité et qui le manipulerait comme une marionnette. Mais les marionnettes vivantes et sans liberté qu’ils désirent devenir n’existent pas.

 

 

Alors plusieurs questions se posent par rapport à la relation que nous devons adopter avec les sites de rencontres homos tels qu’ils nous sont proposés aujourd’hui. Faut-il accepter cette forme de mise en relation ? ou bien carrément la rejeter en bloc ? Parfois, il m’est arrivé de justifier la sauvegarde de mes profils Internet sur ces sites par des excuses plus ou moins bidon. Je me disais que si je les supprimais, ça serait un peu théâtral, et que je passerais tout de même à côté de belles rencontres amicales. Je m’inventais une grande famille fraternelle homosexuelle dont je me sentais redevable et que je ne voulais pas abandonner (un peu comme un tamagotchi qu’il fallait nourrir régulièrement pour ne pas le faire crever…). Je pensais également que le maintien d’une distance de sécurité avec les chat ne me ferait aucun mal, après tout. Je croyais naïvement, comme la majorité des utilisateurs de ces sites de rencontres, qu’on pouvait rester connectés de loin (loin des yeux, loin du coeur)… ce qui se révèle parfaitement faux sur la durée, car le fait de se savoir inscrit, le fait de savoir qu’on peut retourner se baigner dans le fleuve narcissique à tout instant, le fait d’enfiler son maillot de bain virtuel et de se préparer à la baignade, ça nous fait effectuer un discret va-et-vient entre notre monde réel et notre monde virtuel, ça nous enlève de la disponibilité dans notre coeur, ça nous laisse un substrat de petit espoir d’amour mal placé, qui grossit, grossit, quand on s’y attend le moins. Personnellement – et je parle par expérience -, je crois que le mieux est de couper radicalement avec ce genre de sites. Ce n’est pas le fait que ce soit des sites homos qui pose problème, mais bien l’abord amoureux et sexuel qu’ils imposent, le climat de drague qui d’emblée biaise les discussions et court-circuitent les échanges gratuits, désintéressés, non-consommateurs, entre internautes. L’ennemi n°1 des chat gay, c’est bien l’amitié (Quand celle-ci est vantée, les rares fois où ça arrive, ce n’est qu’en tant que passerelle à l’amour, qu’en tant que prétexte au plan cul, et non véritablement pour elle-même) parce qu’elle est justement le symbole de Gratuité et de Réalité par excellence. Les sites de rencontres amoureux homos, à mon sens, sont à plus ou moins long terme des « pièges à cons », tout autant pour les esprits naïfs et faibles que pour les gens solides intellectuellement mais flattés dans leur narcissisme par leur talent à naviguer mieux que les autres dans l’océan virtuel. Ils savent manier et absorber nos sens et nos sentiments en anesthésiant et en se servant insidieusement de notre intellect pour nous empêcher d’aimer et de nous incarner pleinement.

Pourquoi y reste-t-on ? D’une part parce qu’on se dit que c’est le seul moyen efficace, pour nous, personnes homosexuelles, de nous identifier entre nous, de nous rencontrer, et de trouver l’amour… même si on sait au fond que ce n’est pas l’idéal (mais on fait contre mauvaise fortune bon coeur : on se convainc que c’est le prix à payer de toute minorité sexuelle ! Argument de merde s’il en est… mais tellement justifié par la victimisation !). Et puis d’autre part, il faut croire qu’il y a une jouissance et une forme de plaisir à fréquenter ces sites. Sinon, on n’accepterait pas d’y moisir aussi longtemps ! Cela s’appelle tout bêtement le plaisir du jeu, de la séduction, de l’état euphorisant que génèrent la passion et les pulsions narcissiques (être amoureux, se faire bander, se faire flatter, déballer sa vie à un inconnu sans avoir à se freiner, etc.). Mais quand on y pense, c’est bien le fantasme éphémère et notre état dépressif de « drogué en manque affectif » qui nous font nous accrocher aux sites de rencontres. Nous restons à cause d’un « Et si… » négatif (« Et si je passe à côté de l’homme de ma vie si je n’y allais pas… ? ») ou d’un conditionnel irréaliste (« Et si je rencontrais l’amour homo de ma vie ? »)… donc finalement nous suivons une logique purement paranoïaque. Nous végétons sur les chat surtout à cause d’une absence de désir, qui se traduira par un ennui, ou par un goût du jeu pour tuer ce même ennui (« Je n’ai pas envie d’aller sur ce site… pas ce soir… je n’ai rien à y faire… je ne dois pas logiquement y être… C’est donc que je dois absolument rencontrer l’amour. L’amour sera sûrement là où mon désir n’est pas, où les rencontres et les événements s’imposent à moi, où je ne contrôle plus rien, où ma liberté est proche du zéro, où le coup de foudre peut surgir à tout instant. »). C’est exactement le discours des couples qui se sont formés dans des saunas.

Alors peut-on trouver l’amour sur Internet ? Grande interrogation généraliste à laquelle il est difficile de répondre… en tout cas pour le cas des couples composés d’une femme et d’un homme. Concernant le cas spécifiquement homosexuel, ma réponse sera plus assurée, car je crois que la problématique du média n’est pas première, et que c’est plutôt la question de la différence entre l’amour homo et l’amour intégrant harmonieusement la différence des sexes qui mérite d’être traitée (et en l’occurrence, je me demande même si le sujet d’Internet ne permet pas d’esquiver les vrais problèmes : la focalisation sur l’efficacité de l’outil multimédia en matière de recherche d’amour – sachant qu’en posant cette question, on met un peu vite tous les types d’« amours » dans le même panier – me fait dire que ce sont les apports de la différence des sexes ainsi que les faiblesses de l’amour homo qui sont esquivés grâce à Internet. Le sujet de l’efficacité de la rencontre amoureuse homosexuelle via les sites, ou la question du « pour ou contre les sites gay ? », est un faux débat, car il nous faut déjà parler de ce qu’on entend par « amour »…). Quoi qu’il en soit, qu’on se sente homo ou attiré par les personnes de l’autre sexe, le plus grand danger des sites de rencontres, c’est qu’ils nous enjoignent à délaisser le corps réel (corps + cœur + esprit) pour lui préférer des corps-objets, des corps-épiderme, des corps-sincérité, des corps-sentiments, des corps immatériels en somme ; et ainsi, ils nous découragent d’aimer vraiment, car sans Réel, sans amour des corps et des sexes, sans incarnation, la désespérance arrive bien vite.

J’ai senti cette fatigue de l’amour chez tous les amis que j’ai rencontrés sur les sites de rencontres homos (je dis « amis », car malgré tout, ces sites ne m’ont pas uniquement fait perdre mon temps : ils m’ont aussi fait connaître des personnes de grande valeur que je n’aurais peut-être pas eu la chance de côtoyer dans la vie 100 % réelle). J’ai moi-même senti très fort le dégoût d’aimer, la lourdeur de mon espoir d’amour homo, à l’époque pas si lointaine où je traînais sur Gayvox et Rezog/Gboy, quand je me débattais en vain dans la semoule… et cette fatigue n’avait pas grand-chose à voir avec la culpabilité ou une désespérance profonde en l’Amour (J’ai toujours cru en l’Amour, je n’ai jamais cessé d’y croire… mais pas « celui-là », pas cet amour homo tel qu’il m’était présenté et vécu par mes pairs ! Le désir homosexuel m’a toujours déçu, au final). De manière générale, s’il y a une chose à laquelle les internautes des sites Internet homos ne croient pas, c’est bien en l’amour unique et éternel (non-homosexuel). Parce qu’ils sont tétanisés par l’idée d’engagement, et qu’ils n’ont fait concrètement aucune place pour quelqu’un dans leur vie. Les sites de rencontres gay, si je devais en faire une définition condensée, je dirais que c’est le Royaume des Sans-Désir, des Sans-Ambition. Certes, beaucoup croient en l’éternité de l’Instant, ce dernier étant la seule chose qui les maintient en vie et qui ne leur demande pas un don entier de leur vie ni de leur personne. Ils pensent qu’ils donnent complètement de leur personne (au moment du coït sexuel surtout), mais ce don « total » est partiel et éphémère, soit parce qu’il ne se destine pas à une seule personne (il m’arrive d’entendre certains hommes volages soutenir mordicus qu’ils peuvent aimer entièrement et sincèrement plusieurs personnes à la fois, « comme une mère aime différemment mais avec une égale intensité ses enfants » : se greffe en toile de fond à leur analogie un inquiétant amalgame entre inceste et amour, ou entre amitié et passion amoureuse…), soit parce qu’il n’est pas lié à un temps durable, non-saucissonné, unifié à l’échelle d’une vie unique. C’est pour cela que l’expérience de la recherche d’amour sur les sites gay est si décourageante. On ne se retrouve quasiment que face à des lâches (miroirs de notre propre lâcheté !), qui disent vouloir ce qu’objectivement ils ne sont pas prêts à donner. Ils content fleurette, mais il n’y a rien derrière leur joli discours appris et télévisuel.

Concernant plus spécifiquement le désir homosexuel, je dirais que le fait de s’inscrire sur un site de rencontres Internet homos, même si nous ne consultons notre compte que très épisodiquement, que nous n’y revenons que par périodes, et que nous y restons très peu de temps par jour, c’est une démarche épuisante et inutile. Car ce petit lien que nous gardons en intra-veineuse avec le monde de la drague homosexuelle, c’est mine de rien un refus de s’engager pleinement et librement pour une option plus libérante et plus entière d’amour. C’est s’accrocher un boulet au pied, le boulet en question étant un « espoir d’amour » qui se révèle avec le temps illusoire et inaccessible. C’est s’épuiser petit à petit sous l’action d’une sangsue qu’on banalise mais qui nous grignote le moral et le coeur, nous fait perdre notre temps et nos énergies. À un moment donné, même si ça coûte sur le coup de couper le cordon, il faut dire STOP définitivement aux sites internet. Et c’est en les regardant de l’extérieur et en vivant pleinement notre vie avec des gens réels, dans la réalité concrète, qu’on peut un jour comprendre qu’on a bien fait de privilégier le Réel et de s’éloigner « pas qu’un peu » du net (Quand on ne s’éloignait pas franchement, on restait dans la « simulation-bonne-conscience » d’éloignement). Larguer les amarres, partir pour guérir : voilà les maîtres-mots concernant les « chat » gay. Et en plus, c’est vraiment pas dur (même si ça demandera sans doute un effort sur-humain à certains !) : ça ne coûte qu’un clic sur l’icône «désinscription » 😉

 

 

Alors, oui, je l’écris sans détour. Internet ou pas Internet, nous toutes, personnes homosexuelles, avons le temps. Car dans la course à l’amour homo, nous sommes tous égaux : nous serons tous moyennement bien servis, nous serons tous « bien/bof » avec notre compagnon/compagne. Il n’y a pas de retardataires, de privilégiés, de délaissés de l’Amour vrai. Il n’y a pas de drame à supprimer son/ses comptes sur les chat gay et à ignorer qui seront les prochains clients qui viendront se ranger au rayon « Nouveautés » de nos habituels sites de rencontres communautaires, quand on a l’assurance que l’homme de notre vie ne s’y trouvera jamais. Au sein de la communauté homosexuelle, on est tous beaux et moches à la fois, on a tous plus de 60 ans, y compris ceux qui ont apparemment un physique et un âge avantageux ! Il n’y pas de personnes homosexuelles nées sous une meilleure étoile que d’autres, quand bien même certaines aient objectivement et temporairement plus de succès, dorment avec quelqu’un à côté d’elles chaque nuit, ou habitent dans un pays très gay friendly. Le couple homo réussi ou l’homosexualité épanouie sont des créations majoritairement cinématographiques et publicitaires ; pas des réalités concrètes durables et rayonnantes. Alors pas de regrets à avoir, de stress à ressentir, d’angoisse de perte de temps ou de jeunesse qui fane, pas de raison de se suicider. Qui qu’on soit, où qu’on soit, même au bras d’un compagnon « adorable », qu’on ait 20 ans ou beaucoup plus, qu’on soit né sous une dictature ou dans un pays plus permissif, qu’on soit moins à plaindre que d’autres, l’amour homo, tout possible qu’il soit, n’en est pas moins limité, décevant, non-idéal. Nous sommes tous égaux dans la médiocrité du désir homo. Donc pas de quoi se jalouser entre nous ni pleurnicher un bonheur de vie conjugale homosexuelle qui ne viendra qu’au prix d’une fatigue et d’une amertume qui ne remplissent pas une existence. Regardons ailleurs que dans une seule et unique direction (celle du Couple), et empruntons d’autres chemins moins poussiéreux et moins proches des illusions d’amour collectives de notre époque.